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O Desafio Profissional

Por:   •  23/5/2017  •  Trabalho acadêmico  •  3.164 Palavras (13 Páginas)  •  198 Visualizações

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ANHANGUERA EDUCACIONAL

FACULDADE DE TECNOLOGIA DE JARAGUÁ DO SUL

CURSO: PEDAGOGIA – EAD

DISCIPLINAS: DIDÁTICA, LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS, PSICOLOGIAS DA EDUCAÇÃO E TEORIAS DA APRENDIZAGEM, REDES SOCIAIS E COMUNICAÇÃO, RESPONSABILIDADE SOCIAL E MEIO AMBIENTE

DANIELA APARECIDA DECHAMPS - RA 3505240664

LUANA RAFAELA BRUNS  - RA: 9328717438

PRISCILA BELARMINO ARNOLD – RA: 8135391713

THARINY AMANDA ZAPELLA – RA: 3092268032

VANESSA DIAS GARCIA – RA: 6001006623

TUTORA EAD: MARIA EUGÊNIA MARANHO DE AGUIAR

LIBRAS EM SALA DE AULA

JARAGUÁ DO SUL

NOVEMBRO DE 2016

SUMÁRIO

  1. INTRODUÇÃO .................................................................................................3
  2. O INTÉRPRETE DE LIBRAS...........................................................................4
  3. MUDANÇA COMPORTAMETAL.....................................................................8
  4. EDUCAÇÃO BILINGUE..................................................................................10
  5. TRABALHANDO LIBRAS EM SALA DE AULA............................................11
  6. CONCLUSÃO..................................................................................................13
  7. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS...............................................................14

INTRODUÇÃO

Portadores de deficiências ou não, todos por direito, devem ter acesso ao trabalho, saúde, lazer e demais recursos que lhe são necessários no desenvolvimento e convívio social, inclusive e especialmente o direito à educação. Mas os surdos, muitas vezes são julgados incapazes de realizarem algumas atividades. Eles são então excluídos da sociedade e têm seus direitos, inclusive o da educação, desrespeitados. Sendo assim, é de fundamental importância discutir sobre a aprendizagem de alunos com deficiência auditiva no ensino regular.

A inclusão desses alunos surdos deve ocorrer para garantir oportunidades para os mesmos iguais aos dos alunos ouvintes, ainda que existam dificuldades. A presença de um aluno surdo em sala requer mudanças e adaptações no sistema educacional, novas estratégias, formas de ensino e métodos adequados à forma de aprendizagem deste aluno. Muitos profissionais da educação não estão preparados ou desconhecem a Língua Brasileira de Sinais. Sendo assim, não conseguem manter um diálogo com os alunos.  

Mediante a esta realidade e as grandes dificuldades encontradas, qual é a metodologia que vem sendo utilizada em sala de aula na educação de alunos surdos?

Nesta pesquisa serão tratados temas como a importância da inclusão dos deficientes auditivos na escola regular, e uma análise sobre as estratégias pedagógicas para a melhoria de aprendizagem e comportamento dos alunos surdos em sala de aula.

O INTÉRPRETE DE LIBRAS

Nos tempos de hoje, vemos o maior espaço que o tradutor e intérprete de Libras está ganhando no cenário da educação brasileira, em especial depois da Lei nº 10.436 de 24 de Abril de 2002 e do Decreto nº 5.626 de 22 de Dezembro de 2005, que regularizaram a Língua Brasileira de Sinais como a segunda língua oficial do país. Com isso, se tornam obrigatórias as políticas de inclusão de surdos e o uso da Língua Brasileira de Sinais em todas as áreas sociais e da educação, em todas as modalidades e níveis de ensino existentes. As mesmas leis, principalmente o Decreto nº 5.626,12/05, deram ênfase ao papel deste profissional como uma garantia de fazer acontecerem propostas de inclusão do surdo que estão previstas nas leis. Assim, a atuação do profissional intérprete é muito importante para o desenvolvimento do surdo e da sociedade. Porém, com esses novos recursos de inclusão nasceram novas necessidades que foram muito além de apenas disseminar a LIBRAS e formar intérpretes. Pois a oficialização da mesma, no ano de 2002, afirmou com certeza que o sujeito surdo será participativo com seus deveres e direitos próprios defendidos por lei e marcou o surgimento legal de um mercado de trabalho que precisa de tradutor e intérprete de Libras que se expande a nível nacional. Isso não quer dizer que antes disso os órgãos competentes não se esforçavam para promover a inclusão de surdos e que não existiam profissionais já atuantes no Brasil, é confirmada a presença de intérpretes em trabalhos religiosos em meados dos anos 80 e nesta mesma época FENEIS (Federação Nacional de Educação e Integração de Surdos) promoveu o Encontro Nacional de Intérpretes de Língua de Sinais com o objetivo de promover a interação entre alguns intérpretes do Brasil e a avaliação da ética deste profissional. 
O foco deste trabalho não é abordar uma corrente do tempo para esse profissional e sim, fazer uma reflexão sobre os anseios, as inquietações e os desafios desse profissional nesse período que se sucedeu à homologação da lei federal que reconheceu a língua brasileira de sinais como língua oficial das comunidades surdas e que representou um passo importante "no processo de reconhecimento e formação do profissional intérprete da língua de sinais no Brasil, bem como, a abertura de várias oportunidades no mercado de trabalho que são respaldadas pela questão legal" (QUADROS, 2004 p. 15). 
Com as comunidades surdas se relacionando cada vez mais e de forma mais presente com as comunidades ouvintes, as expectativas de atuação do intérprete de Libras vem crescendo e, como consequência, a demanda por esse tipo de profissional e sua melhor formação e capacitação à medida que o sujeito surdo passa a interagir com grupos, com tipos de informações e de conhecimentos que antes não tinham acesso por causa das barreiras de linguagem estabelecidas tanto pelo desconhecimento da Língua de Sinais pelas pessoas que não são surdas, quanto pela ausência do intérprete.
Com isso, o profissional intérprete tem que atuar em quaisquer espaços onde estiverem surdos presentes para possibilitar o acesso à informação e à cidadania estabelecidos por lei. Todavia, este trabalho visa dar ênfase ao campo que define e resume toda a proposta e finalidade da lei nº 10.436,04/02 e o decreto nº 5.626,12/05, a saber, o campo da educação.
Neste caso, temos que destacar a presença obrigatória do profissional intérprete nas instituições públicas estaduais, federais e privadas de ensino superior a fim de garantir aos alunos surdos o acesso à comunicação, à informação e à educação. Sendo assim, vários surdos tomaram iniciativa para começarem a cursar ensino superior sabendo que vão ter a assistência necessária para sua formação. A partir disso, surgiram novas necessidades, entre elas: preparação e qualificação dos intérpretes de Libras, preparação e qualificação dos intérpretes de Libras, fornecimento de materiais para uma boa formação e cada vez mais conhecimento sobre a sua profissão, incluindo vários recursos, entre eles tecnologia.
Na verdade, para muitas instituições de ensino superior receber um aluno surdo tem sido um fato novo e inédito, nesses casos geralmente gerando um desafio para a instituição, por geralmente estar despreparada para esse tipo de aluno e faltando profissionais de educação com capacitação em Língua de Sinais, cometendo o erro de garantir que o problema será resolvido só contratando um profissional. Assim, muitos professores que recebem um aluno surdo e que tem a presença de um intérprete na sala de aula acabam achando que não estão lá para exercer outra função, transferindo para o intérprete a responsabilidade do ensino, não sabendo que na verdade, sua atribuição é de ser o intermediário entre o professor e o aluno tornando possível o entendimento dos dois. E não esquecer que a responsabilidade de ensinar é do professor. É nítido que não se pode jogar para as instituições de ensino superior toda a responsabilidade de ter as melhores condições para um bom aproveitamento do aluno surdo. Garante sim, de acordo com a lei, incluir a Libras como disciplina nas grades curriculares dos cursos de licenciatura.
Outro “problema” externo ao intérprete é o que se encontra no próprio surdo, não o de caráter econômico, cultural ou social, mas sim, no que diz respeito à sua formação nos ensino fundamental e médio. Tendo em mente que as propostas de escolas bilíngues para surdos no Brasil seguem o modelo de surdos inclusos em salas de maioria ouvintes. Esse modelo requer que existam na sala dois professores, um ouvinte e outro surdo, ou um professor ouvinte e um intérprete. Mas com a falta de formação desses profissionais, na maioria das vezes ficam em sala um professor ouvinte e um intérprete, apenas. Nesse caso, o aprendizado do surdo é mais demorado, porque requer mais atenção do que os alunos ouvintes, sendo assim pode atrapalhar na aula e até na sua formação.
Assim, quando esse aluno surdo começar a estudar no ensino superior ele será prejudicado na questão do raciocínio do conteúdo,  mesmo que o intérprete faça uma tradução ótima e fiel dos conteúdos passados pelo professor, pois o mesmo tem uma dificuldade nos conteúdos básicos do ensino médio, não conseguindo acompanhar os demais, e não reconhecendo alguns conceitos, cálculos e termos que o professor espera que seus alunos já dominem principalmente na área das ciências exatas.
Existem ainda não fazem parte do sujeito intérprete e do sujeito surdo, são as barreiras encontradas nos discursos a serem interpretados. Segundo Quadros (2004 p. 27, 28):
Intérprete de Língua de Sinais é o profissional que domina a língua de sinais e a língua falada do país e que é qualificado para desempenhar a função de intérprete (...) precisa ter qualificação específica para atuar como tal. Isso significa ter domínio dos processos, dos modelos, das estratégias e técnicas de tradução e interpretação. O profissional intérprete também deve ter formação específica na área de sua atuação (por exemplo, a área da educação). 

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