O Desafio Profissional
Por: nathaliasichi • 2/11/2019 • Trabalho acadêmico • 3.427 Palavras (14 Páginas) • 180 Visualizações
PEDAGOGIA – LICENCIATURA
ANA BEATRIZ YURI OGATA - R.A: 2234266201
ANA LETICIA FERREIRA MARTINS - R.A: 2203378901
ANA PAULA FERREIRA TIEPPO - R.A: 2233488201
EDILMA MARIA SARAIVA – R.A: 2234514901
LUCIMARA DO NASCIMENTO BARBOZA – R.A: 2189693801
BAURU-SÃO PAULO
2019
Sumário
1 INTRODUÇÃO 6
2 DESENVOLVIMENTO 7
3 LUTA PELOS DIREITOS 9
4 CONTEXTO ESCOLAR 11
5 EMBASAMENTO LEGAL 12
6 ESCOLA CIDADÃ 13
6.1 Educação Infantil 13
6.2 Fundamental I 13
6.3 Fundamental II 13
7 RESOLUÇÃO DA SP 14
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS 15
9 REFERÊNCIAS 16
INTRODUÇÃO
A Situação Geradora de Aprendizagem (SGA) aborda o tema Desafios e Possibilidades da Igualdade de Gênero no espaço escolar. Após um debate em sala sobre a Copa do Mundo de Futebol Feminino, a professora Alessandra se vê diante de uma discussão entre os alunos e alunas sobre que tipos de esportes que deveriam ser praticados por meninos e meninas. A professora então tem a ideia de promover um campeonato de futebol feminino, que acaba gerando discussão entre os alunos e professores que se mostraram contrários à situação. Com isso a professora Alessandra fica responsável em desenvolver um dia de formação docente para abordar a temática e apontar caminhos para que possa se efetivar na escola.
Por que o ser humano em geral ainda tem pontos de vista distintos, mesmo em contextos tão parecidos? Por que tratamos meninos e meninas de maneiras diferentes? E o que tudo isso significa para a escola?
Para se entender tantas diferenças quando tratada a questão de gênero, deve-se entender o significado dessa expressão, como surgiu e qual sua importância de fato, para isso a pesquisa feita para esse trabalho, aborda a origem do termo gênero e explica os “padrões” impostos pela sociedade para determinar o gênero feminino e masculino.
O conteúdo da pesquisa também revela a importância da família e escola no desenvolvimento da criança e do adolescente diante de tantos estereótipos e crenças pré-determinados, o papel da escola se torna indispensável na quebra desses “padrões”.
Além disso, o respaldo da legislação brasileira norteia as ações e a forma de como o assunto deve ser tratado nesse contexto, auxiliando professores e contribuindo para a formação de meninos e meninas com pensamento crítico e livre de conceitos pré-estabelecidos. A possibilidade de se implantar tais práticas no espaço escolar pode ser feita de maneira simples e com ações que envolvam toda a comunidade.
DESENVOLVIMENTO
ORIGEM DO TERMO GÊNERO
O termo gênero vem do Latim Genus que significa “nascimento”, “família”, “tipo”. Porém em 1955 o sexólogo John Money introduziu a distinção terminológica entre sexo biológico e gênero como um papel social. No entanto, o significado da palavra dado por Money não se generalizou até a década de 1970, quando as teorias feministas abraçaram o conceito da distinção entre o sexo biológico e a construção social de gênero.
Gênero é uma categoria relacional do feminino e do masculino. Considera as diferenças biológicas entre os sexos, reconhece a desigualdade, mas não admite como justificativa para a violência, para a exclusão e para a desigualdade de oportunidades no trabalho, na educação e na política. É um modo de pensar que viabiliza a mudança nas relações sociais e, por consequência, nas relações de poder. É um instrumento para entender as relações sociais e, particularmente, as relações sociais entre mulheres e homens.
(MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL, 2008).
O termo gênero “nasceu” diante do questionamento das desigualdades entre homens e mulheres, quando falamos em igualdade de gênero, não podemos deixar de procurar nas raízes históricas o porquê vivemos nessa desigualdade entre homens e mulheres dentro da nossa sociedade. Em quase todos os países temos estrutura patriarcal, ela é baseada na figura do homem, e trata a mulher como uma cidadã de segunda classe, e assim firmando que a função da mulher na sociedade seja basicamente cuidar da casa, do marido, gerar filhos e etc.
“O patriarcado refere-se a milênios da história mais próxima, nos quais se implantou uma hierarquia entre homens e mulheres, com primazia masculina. […] o conceito de gênero carrega uma dose apreciável de ideologia. E qual é esta ideologia? Exatamente a patriarcal, forjada especialmente para dar cobertura a uma estrutura de poder que situa as mulheres muito abaixo dos homens em todas as áreas da convivência humana. É a esta estrutura de poder, e não apenas à ideologia, que acoberta que o conceito de patriarcado diz respeito”.
(Heleieth Saffioti, 2004, p. 136).
Na edição de 2015 do ENEM uma questão chamou atenção, uma pergunta da prova de ciências humanas fez referência a uma das citações mais famosas de Simone Beauvoir.
“Ninguém nasce mulher: torna-se mulher. Nenhum destino biológico, psíquico, econômico define a forma que a fêmea humana assume no seio da sociedade; é o conjunto da civilização que elabora esse produto intermediário entre o macho e o castrado que qualifica de feminino.”
(BEAUVOIR, Simone, 2015 p. 13-14)
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