O Desenvolvimento Emocional

UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS-UFLA

Departamento de Educação - DED

Disciplina: Gestão Educacional

Docente: Paulo Henrique

Discentes: Ana Lúcia Borges, Cristiane Paula de Souza, Lavynea Carvalho, Letícia Silva, Milena Faria, Thayná Serafim.

Data: 20/05/2019

Dimensões da Gestão: O Cotidiano Escolar

Introdução

O presente trabalho tem como intuito principal apresentar e discutir algumas concepções de gestão do cotidiano escolar, baseadas em estudos bibliográficos dos livros: Gestão Educacional e Dimensões de Gestão Escolar e suas Competências. Também foram realizadas algumas discussões em sala de aula sobre a temática e em consequência dessas discussões houve uma entrevista feita com a gestora da escola municipal Guilherme Henrique de Carvalho, situada em Lavras (MG), no bairro Serra Verde. Essa entrevista deverá ser discutida e apresentada no seminário.

A entrevista foi realizada com intuito de problematizar e esclarecer algumas considerações sobre a gestão do cotidiano escolar que permeiam entre a teoria e a prática e como elas são efetivadas atualmente na realidade de nossas escolas. Visando uma reflexão na avaliação das metodologias, técnicas administrativas e sobre o trabalho de gestão escolar. Desse modo, podemos pensar melhor a respeito sobre a ''qualidade'' do ensino e da educação e sobre os desafios que impedem que a qualidade de fato se efetive em nosso país.

Mudança de Paradigma

De acordo com Lück(2009): "A gestão educacional se trata da proposição de um novo conceito de organização educacional". Ela implementa as políticas, pois sozinha ela não é capaz de alcançar resultados eficientes, mas, ao mesmo tempo, sem ela não podem ser pensadas as ações a serem realizadas em diversos setores. Já a administração educacional “é vista como um processo racional de organização, de influência estabelecida de fora para dentro das unidades de ação”. No entanto, o relacionamento com o corpo docente e discente é uma ação fundamental que deve ser adquirida por um gestor educacional. Dese modo, podemos perceber que um conceito não surge para substituir o outro, mas na verdade, a gestão surge para incorporar a administração. Pois sem a gestão, a administração não daria conta de alguns fatores. Em comparação, a administração educacional age só no interno, enquanto a gestão educacional dialoga no contexto interno e externo. Portanto, para uma boa administração se faz necessário uma boa gestão.

Com a mudança de paradigma pode-se concluir que antes não era tão complexo, pois as responsabilidades do gestor eram apenas ligadas a questão de administração e tomadas de decisões de forma individualizada. Atualmente o processo exige certas posturas e obrigações em relação ao processo globalizado, pois gestor deve saber usar a internet, estabelecer uma convivência com familiares e estudantes, além de estar atento aos programas sociais que estão sendo encaminhados para as escolas por meio do MEC.Portanto, uma nova realidade, com um novo modelo de educação, já está sendo implementado nas escolas municipais, estaduais e, até mesmo, particulares. Na LDB, em seus artigos 14 e 15, são expostas as seguintes determinações:

Art. 14 - Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios:

I. participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola;

II. participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes. Art. Art.15 - Os sistemas de ensino assegurarão às unidades escolares públicas de educação básica que os integram progressivos graus de autonomia pedagógica e administrativa e de gestão financeira, observadas as normas de direito financeiro público.

A Constituição de 1988 que define a “gestão democrática do ensino público, na forma da lei” como um de seus princípios (Art. 206, Inciso VI). É primordial ressaltar que a educação brasileira está voltada para atender de um modo geral a todos que vão à busca da mesma, garantir a todos os acessos livres e sem distinção de raça, credo ou cor.

Art. 206. VI - Gestão democrática do ensino público, na forma da lei.

A partir disso, podemos pensar o princípio da autonomia delegada, pois esta lei decreta a gestão democrática com seus princípios vagos, no sentido de que não estabelece diretrizes bem definidas para delinear a gestão democrática, apenas aponta o lógico, a participação de todos os envolvidos. Nesse ínterim, o caráter deliberativo da autonomia assume uma posição ainda articulada com o Estado. É preciso que educadores e gestores se reeduquem na perspectiva de uma ética e de uma política no sentido de criar novas formas de participação na escola pública, tais como ouvindo, registrando e divulgando o que alunos e comunidade pensam, falam, escrevem sobre o autoritarismo liberdade da escola pública e as desigualdades da sociedade brasileira.

Gestão do Cotidiano Escolar

''A gestão do cotidiano escolar deve promover no cotidiano da escola a adoção de regularidades e rotinas de procedimentos, capazes de maximizar os efeitos positivos, práticos que fazem parte dos processos educacionais. '' (Lück, 2009). O gestor deve estar ciente sobre o seu papel de educar para a cidadania, desenvolver noções do trabalho coletivo e proporcionar o senso de responsabilidades.

A vida cotidiana da escola engloba a vida cotidiana de todos os alunos. E cada um desses estudantes possui uma história de vida, uma vida cotidiana que é trazida para a escola. Portanto, podemos concluir que não se trata apenas do dia a dia da escola, mas da inter-relação dos dias de cada estudante, além de professores e funcionários com os dias da escola.

A estrutura do cotidiano escolar é formada por questões ligadas a globalização, novas tecnologias e sociedade pós-moderna. Por isso o papel do diretor escolar é de extrema importância, devendo estar atento ao contraste que existe entre o cotidiano de seus alunos com o cotidiano escolar, para que as conexões entre eles se estabeleçam de forma saudável e respeitosa, contribuindo assim para grandes saltos qualitativos na aprendizagem dos estudantes e na parceria escola/família.

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