O Estágio Curricular Obrigatório I: Educação Infantil

Instituições Filantrópicas: A importância delas na base da educação infantil

Autor: Daiane Floriano

Isabel Cristina dos Santos Stolf^[1]

Tutor externo: Maycc Camilo^[2]

Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI

Pedagogia  (5345) – Estágio Curricular Obrigatório I: Educação Infantil

06/06/2023

RESUMO

O presente trabalho trás relatos sobre a importância e as dificuldades enfrentadas pelas instituições filantrópicas. Através de pesquisas, buscamos esclarecer o que se entende por filantropia, como são adquiridos os recursos e a funcionalidade dessas instituições. Utilizamos como base de pesquisa, artigos já publicados sobre o tema, sites e importantes relatos de pessoas que trabalham em centros filantrópicos e vivenciam essa realidade diariamente. Em suma, pudemos perceber que, por maior que seja a importância dessas instituições, elas não recebem o devido valor da sociedade, a destinação de recursos governamentais é precária, as doações de pessoas físicas e jurídicas, não recebem incentivos e são dificultadas por impostos e não existe a união entre as instituições, o que desfavorece a possibilidade de uma “palavra forte” diante do governo. Um movimento de tão grande importância para nosso país, e não tem o reconhecimento e valorização que merece.

Palavras-chave: Filantropia. Instituições. Reconhecimento.

1 INTRODUÇÃO

A filantropia pode envolver diversas áreas de interesse público, como por exemplo, meio-ambiente, educação, cultura e saúde. Existem objetivos diversos, como a promoção do desenvolvimento econômico local, o combate à degradação ambiental, a defesa de direitos civis, o acesso à educação, entre outros. A intenção da filantropia é atender objetivos da sociedade que ainda não tenham sido realizados ou que apresentem lacunas sob a responsabilidade do Estado.

Sobre as Instituições Filantrópicas sabemos que são organizações sem fins lucrativos, criadas para realizar ações que beneficiam famílias e comunidades. Estão presentes em varias áreas, sendo que, na educação proporcionam um ensino de qualidade, regado de afeto e atenção às necessidades particulares das crianças de famílias menos favorecidas.

As instituições de educação infantil podem ser públicas ou privadas. As públicas são mantidas e administradas pelo poder público federal, estadual, distrital ou municipal. As instituições privadas são mantidas e administradas por pessoas físicas ou jurídicas de direito privado e se organizam em dois grupos: os particulares com fins lucrativos e as comunitárias, confessionais e filantrópicas sem fins lucrativos.

(...) a filantropia é a doação de tempo individual ou dinheiro privado, sem compulsão, para benefício daqueles que estão fora da família, destinados a fazer melhorias na sociedade. Embora às vezes sejam difíceis de separar do comportamento auto interessado, dos interesses pessoais e do lobby, as ações filantrópicas têm a intenção de melhorar o bem-estar dos seres humanos, aliviar a miséria ou melhorar a qualidade de vida por meio de atos pessoais de apoio. A filantropia compreende uma ampla gama de atividades, que vão desde doações individuais e coletas até fundações institucionalizadas. Quer se trate de obrigações comuns que criam um sentimento de pertença ou de laços comuns que formam a base da democracia, a doação individual de tempo e valores tem desempenhado um papel importante, não só na criação de relações interpessoais, mas também na formação de conexões societais. Desta forma, a filantropia relaciona-se estreitamente com o desenvolvimento de laços independentes que se tornam um baluarte para a sociedade civil. Em nível normativo, além disso, as atividades filantrópicas cumprem valores cruciais da sociedade civil: empatia, tolerância, apreciação do outro e envolvimento com questões sociais. No entanto, as investigações empíricas demonstraram que as normas de civilidade vão de mãos dadas com a busca de interesse e objetivos particulares. Como a sociedade civil, a filantropia é um termo e conceito multifacetado, ambivalente e até ambíguo (Witkowsky e Bauerkämper, 2016: 3).

Através desse trabalho, abordamos como é o funcionamento e um pouco sobre a história dessas instituições no Brasil. Descrevemos como é feita a arrecadação de verbas e o incentivo para a doação de recursos á essas instituições que abrigam milhares de crianças por todo o território brasileiro. Relataremos nossa primeira vivência de estágio na educação infantil, que foi dentro de uma instituição filantrópica, e quais foram às experiências e impressões que experimentamos durante esse processo de estágio.  

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 O FUNCIONAMENTO E A HISTÓRIA DA FILANTROPIA NO BRASIL

Através desse trabalho, teremos a oportunidade de esclarecer o funcionamento das escolas filantrópicas. Essas escolas são assim denominadas, pois não possuem nenhum fim lucrativo, elas funcionam como uma forma de desafogar o sistema educacional municipal, e contam com apoio do governo e ajuda da comunidade para manter seu funcionamento.

O vocábulo “filantropia” vem do grego: philos – amor; anthropos – homem, e significa “amor à humanidade”. Esse amor deve ser entendido não apenas como uma ajuda ao próximo, mas também como uma ação no sentido de tornar possível a prática da inclusão social do cidadão, transformando a sociedade como um todo. A filantropia não se restringe as entidades da sociedade civil organizada, mas também as pessoas físicas de todo o País que doam recursos, tempo e esforços. (FEHOSC, 2017).

A filantropia no âmbito institucional é de extrema importância para o desenvolvimento do país. Elas são verdadeiras ajudantes do Estado, abrangendo pessoas que o próprio Poder Público não é capaz. É importante também salientar que as organizações sociais atuam (muitas vezes) em lugares de difícil acesso para não dizer impossível, com pessoas em situação de vulnerabilidade e possibilitam oportunidades de melhoria contínua e desenvolvimento da própria sociedade, por meio de geração de renda, emprego, investimento em pesquisa, entre outros. (CENTRO PAULA ELIZABETE, [s.d.]