O Gênero e Ambiente Escolar

Falar de gênero em ambiente escolar deve-se partir do nascimento, pois é notável que ao saber o sexo de um bebê a mãe já estrutura o seu enxoval com a cor de acordo ao sexo, sendo assim já vai sendo definido algumas particularidades da criança.

Gênero é uma constituição da construção cultural, quando através de detalhes formamos definições de uma criança e isso perpassa para o ambiente escolar, quando as crianças entendem que a saia é o certo do uniforme as meninas e o shorts aos meninos, que as meninas não devem misturar-se aos homens para jogar futebol, diferenciando assim e intitulando para cada um o local do qual devem se enquadrar e ali estará correto e não podendo mudar.

Índices trazem que meninos saem da  escola para trabalhar e as meninas permanecem para que consigam ser  algo mais do que apenas dona de casa, e isso é notável em diálogos com adolescentes que tem consigo também a relação de o pai trabalha e a mãe cuida dos filhos e da casa, de que a mulher também não deve trabalhar e nem envolver-se com atividades que dizem masculinas.

Na escola tudo está melhorando com a valorização do gênero, pois entendem que as atividades devem ser para todos, independente se envolve bola, ferramenta, maquiagem  e boneca, e isso sempre deve ser reforçado aos alunos que não deve haver limitações, e que brincar ou pintar uma unha, que jogar bola ou brincar de mecânico não altera o gênero sexual de ninguém , que isso é apenas uma cultura enfrentada e imposta por todos.

Ocorre uma grande divergência quando trata-se de gênero no ambiente escolar, pois a escola é um ambiente disciplinado e normativo, e ao impor algumas regras de conduta e comportamento acaba tendo uma distinção, acaba causando uma indiferença entre meninas e meninos,  no comportamento quando meninos são curiosos, perguntam, participativos, as meninas sempre quietas caladas, mas esse tradicionalismo está se encerrando nas escolas,  as mulheres principalmente estão começando a ganhar espaço e respeito.

Olhando pela forma de trabalhar na escola sobre gêneros, o despertar de questionamentos vindos dos alunos é o  mais interessante, pois através de ambiente e atividades que os intriguem a questionar e a terem duvidas é um método mais fácil de explicar e trabalhar, e por fim criando situações das quais submetam os mesmos a trocas de papeis para que entendam que isso não irá afetar o seu gênero e que é possível que ambos tenham capacidade e oportunidades de fazer tudo o que é de direito, entendendo que o rosa é uma cor para todos e que homens também choram.

Referência

MOREIRA, Antonio F. B.: CANDAU, Vera Maria. Multiculturalismo. 1ª ed. Petrópolis,

RJ: Vozes, 2008.