O Letramento e Alfabetização
Por: jaquelinecs31 • 14/4/2015 • Trabalho acadêmico • 10.275 Palavras (42 Páginas) • 230 Visualizações
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ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS
4ª série – Letramento e Alfabetização
Ângela Maria Borges da Silva - RA 6751284202
Jaqueline Costa Silva - RA 6790422570
Silvia Maria Alves de Oliveira - RA 6790426356
Professoras à distância
Denise F. B. Marquesin
Faculdade Anhanguera de Jundiaí
Maria da Graça Torres Bagne
Faculdade Anhanguera de Jundiaí
Prof.ª Presencial
Faculdade Anhanguera São Paulo
Nayara Pavani
SÃO PAULO – SP
Lembranças do Processo de alfabetização dos integrantes deste trabalho
O objetivo do relatório a seguir é a compreensão sobre o a alfabetização que cada membro que compõe este trabalho durante a infância. Cada aluno foi entrevistado em uma roda de conversa sobre o tema que se segue.
São Paulo - SP
Relembrando como foi o processo de alfabetização da equipe nem todas frequentaram a pré-escola, algumas foram alfabetizadas com cartilha e outras não, depois de refletirmos as memórias, lembramos que tínhamos muito carinho por nossos cadernos e atribuíamos significados de personagens a eles. As que usaram cartilha que consistia em método de memorização e padronização de silabário com imagens, a encapavam com plásticos ou tecidos, era colocado em uma sacolinha dentro da mochilinha para não estragar. O sistema de escrita era bem tradicional com silabas para decorar, os irmãos nos ajudavam com os números e os pais nos ensinavam conselhos sobre a vida. Lembramo-nos do B da Babá e do texto sagrado “A Baba cuida do bebê e “O bebê baba.”. O Hino Nacional foi bem marcante, era entoado toda quarta-feira e era escolhido um aluno para estiar a Bandeira Nacional e ninguém errava a letra. Ainda nesse período conseguimos rememorar as cantigas de roda que as professoras faziam na saída porque fazia parte da lição do dia. Se a lição fosse sobre o G da Galinha a musiquinha era “O galinho” e no dia seguinte fazíamos recortes e colagens de vários tipos de G, completávamos palavras, pintávamos as sílabas, circulávamos as palavras de jornais e revistas e depois montávamos frases com elas. Nossa maior dificuldade era matemática, mas na interpretação, nas contas soltas éramos ótimas. Quando a professora passava problemas tínhamos que descobrir se era adição, subtração, multiplicação e divisão e era um sofrimento, porque algumas vezes acabávamos perguntando se era de mais ou menos.
Anos mais tarde adquirimos professores amáveis, que nos ensinaram a refletir sobre a linguagem matemática e suas tecnologias, tínhamos uma professora em comum de Geometria que usava as formas geométricas com o que tínhamos em sala de aula, giz, caixinhas, lousa, parede, cartazes. Essa professora amorosa foi nossa referência para que tivéssemos o desejo de ensinar, ela era muito divertida, uma pena termos perdido o contato. Uma integrante do grupo ingressou no Magistério em uma escola estadual e desde então atua na área completando 21 anos de alfabetização e letramento com as séries iniciais. As outras duas tomaram outros rumos, mas a paixão pelos alunos sempre permaneceu e resolveram estudar pedagogia para realizarem o sonho de serem professoras alfabetizadoras.
Estes relatos do grupo foram um meio para reconhecermos que a alfabetização de hoje está mudada e as normas tradicionais não são mais aceitas, com isso elaboramos um relatório que nos fez refletir a cerca da aprendizagem que segue:
Estar alfabetizado é saber ler e escrever, é “brincar” com as letras, formar palavras, frases, textos; transmitir ideias e sentimentos. E além de tudo, exige habilidade apurada da coordenação motora fina. “Ninguém escreve se não escrever”. (Paulo Freire, 1993, p 267).
Com base no raciocínio de Paulo Freire, remetemos ao que diz Magda Soares:
“Se alfabetizar significa orientar a criança para o domínio da tecnologia da escrita, ler significa levá-la ao exercício das práticas sociais de leitura e escrita. Uma criança alfabetizada é uma criança que sabe ler e escrever, uma criança letrada ( tomando este adjetivo no campo semântico de letramento e de letrar, e não com o sentido que tem tradicionalmente na língua, este dicionarizado) é uma criança que tem o hábito, as habilidades e até mesmo o prazer de leitura e de escrita de diferentes gêneros de textos em diferentes suportes ou portadores em diferentes contextos e circunstâncias” ( Soares 2009).
Dessa forma, devemos considerar que letrar é direcionar, conduzir a criança ao exercício das práticas sociais da leitura e da escrita e inseri-la ao campo das letras em seu sentido e contexto social, ajuda-la a tomar gosto pela leitura e ter o hábito de ler. A alfabetização é a codificação dos signos linguísticos e sobre esse assunto analisamos abordagens diferentes sobre o signo linguístico. Nas palavras de Dubois et all (1998, p. 541), “O signo, no sentido mais geral, designa, assim como o símbolo, ou o sinal, um elemento A de natureza diversa substituto de um elemento B.” Na linguística saussuriana, signo é definido como uma unidade linguística constituída de dois elementos indissociáveis: o significado e o significante, sendo que o primeiro diz respeito ao conceito do objeto referenciado pelo signo e o segundo à imagem acústica que “...é por excelência, a representação natural da palavra enquanto fato de língua virtual, fora de toda realização pela fala.” (SAUSSURE, 1975, p. 80).
No entanto o codificar signos linguísticos na alfabetização inicial refere-se a atribuição de dar as letras um significado para as palavras, dessa forma a criança que inicia suas aprendizagem pode atribuir letras sem vocalização para se referir a uma palavra inteira como CVL para definir CAVALO, ou KVL, ou ainda usar apenas vogais para justificar sua escrita AO, dificilmente usará AAO, porque a crianças parece não aceitar repetição de letras nessa fase, causando-lhe um conflito de escrita e referência. Ferreiro[1] e Teberosky[2] (1985) mostraram, por exemplo, que uma criança de pré-escolar, ao tentar descobrir o que está escrito abaixo de uma figura, procura estabelecer uma relação entre os elementos significativos da figura e as palavras. Citou inclusive um exemplo na frase “O PATO NADA NO LAGO” pode ser lida como “PATO, LAGO, FLOR, PLANTA, PLANTA” é a relação que elas fazem por querer identificar o significado diretamente com a palavra, porque ainda não compreende o sistema de escrita ou os meios que estão intimamente ligados a ela.
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