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O MÉTODO PAULO FREIRE

Por:   •  30/1/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.481 Palavras (6 Páginas)  •  353 Visualizações

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  1. O MÉTODO PAULO FREIRE

        O Método de Alfabetização, proposto por Paulo Freire, surge quando no Nordeste, onde mais da metade da população era analfabetos e todas as vivências impostas por uma realidade de opressão, imposição, limitações e muitas necessidades. Paulo Freire então trouxe um método de educação construído em cima do diálogo entre educadores e educandos, onde há sempre participação de ambas as partes. Nessa proposta, o educador não traz pronto seu material, seu mundo o seu saber. Um dos pressupostos do método de Paulo Freire é que ninguém educa e ninguém se educa sozinho, educar deve ser um ato de amor, ato solidário.

Ao fundar-se no amor, na humildade, na fé nos homens, o diálogo se faz uma relação horizontal, em que a confiança de um polo no outro é consequência óbvia. Seria uma contradição se, amoroso, humilde, e cheio de fé, o diálogo não provasse este clima de confiança entre os sujeitos (FREIRE, 1977, p. 96).

         Educar é uma tarefa de trocas entre educadores e educandos, não se pode ser   isolados e também não se pode ser como despejo de saberes. Todo processo de educação tem que haver o diálogo entre educadores e educandos, assim começa o processo de troca de saberes, ninguém sabe mais, todos estão em processo de aprendizagem. Esta é umas das razões do método, que é construído coletivamente dentro de um círculo de cultura de educadores e educandos (BRANDÃO, 2013, p 23-25).

        A educação tem como na conversa, a comunicação entre professor, aluno e os colegas, assim a educação se tornará uma educação para libertação onde todos tem o direito de expressar opiniões. Com isso há importância de se trabalhar palavras no cotidiano social e cultural trazido pelo aluno a sala de aula.

        A parti dessa reflexão, essa realidade trazida pelo aluno deverá ser baseado no conteúdo programático da educação. Assim o desenvolvimento do aluno ocorrerá mais rápido, pois trabalhar com palavras do dia a dia do povo facilita o processo de ensino-aprendizagem.

Nosso papel não é falar ao povo sobre a nossa visão do mundo, ou tentar impô-la a ele, mas dialogar com ele sobre a sua e a nossa. Temos que estar convencidos de que a sua visão do mundo, que se manifesta nas várias formas de sua ação, reflete a sua situação no mundo, em que se constitui (FREIRE, 1977, p. 102).

        A ideia desse diálogo deve começar através da pratica de ação entre as pessoas do programa de alfabetização, por esse motivo deve-se envolver o máximo de pessoas que estão inseridos na comunidade, assim depois dessa ideia de envolver todo o corpo da comunidade com o trabalho de alfabetização, a tarefa que se inicia é a troca de ensino entre educador-educando. Esse trabalho se constrói através do conhecimento da realidade local, lugar onde as pessoas vivem, é em cima dessa realidade que começa o processo de alfabetização (BRANDÃO, 2013, p. 25).

        O método de alfabetização de Paulo Freire, consiste em 3 etapas, as quais fazem parte do diálogo. A primeira etapa da Investigação onde o aluno e o professor buscam onde juntos buscam as palavras e temas do cotidiano. Segunda etapa Tematização eles codificam e decodifica o tema, buscando o significado social. Terceira e última etapa, aluno e professor juntos buscam uma visão crítica do mundo, partindo para sua transformação do contexto vivido.

O importante, do ponto de vista de uma educação libertadora, e não “bancária”, é que, em qualquer dos casos, os homens se sintam sujeitos de seu pensar, discutindo o seu pensar, sua própria visão do mundo, manifestada implícita ou explicitamente, nas suas sugestões e nas de seus companheiros (FREIRE, 1977, p. 141).

        Essa primeira etapa do método, que é o momento da investigação de campo, momento de conhecer a comunidade, conhecer a cultura, o estilo social de vida, o modo de falar de agir, modo de como eles entendem o mundo. Esse momento requer observação e cuidado pois essa investigação não pode ser tomado de maneira invasiva.

Assim, nas primeiras experiências, depois de a comunidade aceitar envolver-se com o trabalho de alfabetização, a tarefa que inicia a troca que ensina é uma pequena pesquisa. É um trabalho coletivo, coparticipativo, de construção do conhecimento da realidade local: o lugar imediato onde as pessoas vivem e irão ser alfabetizadas (BRANDÃO, 2013, p. 25).

Essa primeira fase é de suma importância, pois ela vai nos direcionar a realidade do educando, que está inserido nessa comunidade, essa realidade a qual precisa ser analisada, entendida e posta como conteúdo programático. Esse primeiro contato inicial é feito com a comunidade onde algumas pessoas se doaram ao grupos de investigadores. É esta relação de educador e educando que é traçada desde do início, é muito importante para o desenvolvimento de todos.

        A parti desse levantamento dessa realidade dessa comunidade, e várias reuniões para se descobrir o que foi observado, partimos para a segunda etapa, palavras geradoras. Essas palavras geradoras são escolhida através de critérios. Esses critérios estão bem explicados na Fundamentação Teórica do Programa:

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