O Orintador Educacional, Ética e Moralidade

ANDRESSA SANDER KOHLRAUSCH

ORIENTADOR EDUCACIONAL, ÉTICA E MORALIDADE

RESUMO

Assim como a educação, o papel do orientador educacional também sofreu ajustes ao longo dos anos de acordo com a tendência pedagógica do período. Falar em orientação educacional na atualidade é um grande desafio. O principal objetivo deste artigo é ampliar o conhecimento sobre o papel do orientador, que necessita estar bem preparado para desenvolver suas atividades, pois grande parte dos alunos da escola atual não possui um alicerce familiar, são desprovidos de valores morais, ética, compromisso, respeito e responsabilidade. Muitos deles buscam na escola, um refúgio da sua rotina de vida e outros trazem para a escola todos os problemas vividos em suas casas. Expressam suas emoções boas ou conturbadas, procuram ajuda, mesmo que não expressam oralmente suas necessidades e o orientador deve estar atento, juntamente com todos os profissionais da educação, para qualquer mudança de comportamento que o mesmo possa apresentar. Atualmente, é necessário que os profissionais da educação, juntamente com a equipe de orientação escolar, desenvolvam atividades que estimulem a prática da ética moral nos alunos da escola atual, pois este e muitos outros valores sociais e morais, como respeito, honestidade e responsabilidade, estão esvaecendo de nossa sociedade ao poucos.

Palavras-chave: orientador educacional, alunos, ética, valores.

1. INTRODUÇÃO

Desenvolver o papel de orientador educacional nos dias de hoje, requer uma ampla preparação, pois os alunos que encontramos nas escolas da atualidade são de diferentes formações culturais, sociais e econômicas.

Muitos alunos procuram na escola tudo que lhes falta em casa, desde afeto familiar até imposição de limites. Trabalhar com essa clientela requer, em primeiro lugar, uma análise do que o mesmo vivencia em sua rotina de vida, um estudo de todas suas atitudes boas ou negativas, para que depois possa ser realizado um trabalho com o objetivo que ajudá-lo a forma-se um cidadão do bem, orientando este cidadão em buscar ética moral, responsabilidade, respeito, solidariedade e, porque não, bondade.

Contribuir para incremento da ética na sociedade atual é também um grande desafio, uma vez que os alunos chegam à escola orientados para se defenderem de uma sociedade rude e cruel que está liderada por políticos corruptos e impostores, além de outros tipos de líderes.

Se todos os profissionais envolvidos com a educação desenvolvessem um trabalho árduo, direcionado para o resgate de valores, podemos inverter essa situação.

O principal objetivo deste artigo é ampliar o conhecimento sobre o papel do orientador educacional, que necessita estar bem preparado para desenvolver suas atividades, sabendo que encontrará dentro das escolas uma clientela diversificada, na maioria das vezes, problemática, pois não possuem um alicerce familiar, são banidos de valores morais e ética, lhes faltam comprometimento, respeito com o próximo e responsabilidade. Algumas estratégias simples, como auxílio dos profissionais envolvidos com a educação, pais e comunidade escolar, podem ajudar o orientador a desenvolver seu papel com sucesso.

2. O TRABALHO DO ORIENTADOR EDUCACIONAL NA ATUALIDADE

Falar em orientação educacional dentro das escolas atuais solicita lembrar-se de sua estruturação no passado e de sua relação com as diversas tendências pedagógicas existentes.

Existem concepções tradicionais, as quais são caracterizadas como liberais, onde a orientação educacional deveria ajustar o aluno à escola, à família e à sociedade, considerando um modelo padrão de homem, de sociedade, de escola.

Nesta pedagogia tradicional, cabia ao orientador a responsabilidade de realizar testes e instrumentos de medida.

Na pedagogia renovada, o papel do orientador era de consultor, o mesmo devia identificar as mudanças no desenvolvimento dos alunos através de atividades de estímulo que eram aplicadas.

Numa outra concepção, a progressista, o orientador devia trabalhar com a realidade social do aluno, analisando suas contradições, seus conflitos, mostrando a ele uma mediação entre indivíduo e sociedade.

A concepção da orientação escolar engloba desde a questão epistemológica, onde se leva em consideração as etapas e os limites do conhecimento humano, até a questão filosófica, a qual é marcada pela racionalidade e pelo lógico, a questão antropológica, que vai englobar as origens, evolução, desenvolvimento físico, material, cultural, costumes, crenças etc, e a questão social. No passado, competia ao orientador educacional trabalhar apenas com alunos-problemas, na atualidade, ele é direcionado para todos os problemas que surgem dentro da escola relacionados aos alunos. Ele tem o desígnio para refletir, analisar e interferir sobre esses problemas dentro de uma sociedade conturbada. Mesmo dentro desta sociedade, o orientador deve levar em consideração todo o histórico deste aluno e trabalhar na possibilidade de sua totalidade, desenvolvendo o sentido da autonomia, da dimensão da solidariedade, no verdadeiro significado do humano. Para compreender melhor este aluno, a escola e a sociedade, devem fazer uma reflexão sobre alguns temas, que assumem significantes relações que esta instituição estabelece com a própria sociedade: a escola interage com diferentes personagens sociais, onde, na maioria das vezes, não existe o compromisso formal com a tarefa de uma educação sistemática. (PEREIRA, 2012)

Sabemos que o orientador educacional avalia as relações e vê o aluno como um ser real, concreto e histórico, que traz dentro de si sentimentos, que podem ser positivos ou negativos, dependendo do seu convívio com o mundo. Assim, percebemos que a educação faz parte de um conjunto social, econômico, político e cultural, enquadrando o aluno como principal personagem deste conjunto e que deve ser inserido numa determinada sociedade. Desta forma, o orientador educacional torna-se um profissional de extrema importância dentro das escolas, pois é ele quem vai conseguir fazer a mediação, esclarecer as contradições e confrontos, tentando ajudá-lo na compreensão dos diversos tipos de relacionamento que a sociedade apresenta. O orientador educacional, necessita de