O PAPEL DA TECNOLOGIA
Por: Carlaanjos • 9/9/2020 • Pesquisas Acadêmicas • 762 Palavras (4 Páginas) • 246 Visualizações
O PAPEL DA TECNOLOGIA
A escola do futuro não pode ignorar os avanços tecnológicos que ocorreram nas ultimas décadas. No entanto, precisa ter nas tecnologias digitais um apoio, e não o principal protagonista do processo de aprendizagem. O uso dessas ferramentas ainda exige adaptações dos sistemas de ensino. A principal delas passa pelo investimento na formação dos professores. A mesma deverá desenvolver as habilidades importantes para um futuro cidadão, tais como o pensamento crítico, o trabalho em equipe, a inteligência emocional, a aceitação da diversidade, os exercícios físicos e a busca de informações.
Segundo Liliana Passerino, professora do Centro Interdisciplinar de Novas Tecnologias na Educação e da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), a tecnologia terá um papel fundamental na educação, no sentido de promover ações que contribuam para a solução da crise moral e política que se alastra as nações. Por isso a escola do futuro, na visão da especialista, é aquela centrada na pedagogia do problema, que trabalha com questões reais e que utiliza da tecnologia como elemento no processo pedagógico. É também uma pedagogia da pergunta, que busca dar voz ao aluno e incentiva-lo a se questionar. Assim, a tecnologia pode fazer parte de todas as disciplinas, de química a língua portuguesa, como recurso mediador de aprendizagens.
A tecnologia, por permitir o compartilhamento das informações, torna a escola não mais o local que "detém" o conhecimento. Este agora pode ser alcançado rapidamente por meio de diversas tecnologias, que tem sido utilizadas nas escolas para compartilhar informações entre alunos e professores, como o ensino a distancia e as simulações computadorizadas. No Brasil, o ensino ainda é muito baseado no conteúdo. Com a explosão do conhecimento, não pode mais imaginar que na escola vai expor algum conteúdo de forma completa. Isso pode ser feito pelo estudante se ele tiver interesse e, principalmente, a habilidade de buscar informação. Dessa forma, é melhor ensinar o estudante a pescar do que dar-lhe o peixe.
Rogério Panizzutti, coordenador do Programa de Neurociência Básica e Clínica do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), explica que as tecnologias digitais vieram para reforçar a importância de desenvolverem as competências, uma vez que tiram as instituições de ensino da posição de detentoras do conhecimento para abrir uma amplitude de possibilidades de uso de softwares na educação.
A mudança que a educação no mundo todo enfrenta é o resultado natural da presença cada vez mais forte da tecnologia no cotidiano de todos, e, conforme analisa a coordenadora da área de Tecnologia Educacional do Colégio Positivo, Eliana von Staa, e uma transição inevitável. De acordo com ela, os avanços tecnológicos tiveram papel essencial na quebra do paradigma de que a escola não muda. "Esse ainda e um momento de transição. Fora da escola, esses meios estão muito avançados, mas, no ambiente escolar, ainda ha uma pequena dificuldade para aplicar a tecnologia de forma pratica no ensino".
O Brasil ainda deve crescer muito nesse sentido. Infelizmente diversos professores ainda trabalham com a premissa de que devem deter o conhecimento e ensiná-lo para os estudantes de forma expositiva. Quanto mais tempo eles tiverem, mais conteúdo eles vão "jogar" em cima dos estudantes, não interessando, a priori, se esse conhecimento é relevante ou não para cada um, individualmente. Sabemos que o conteúdo só aumenta de tamanho, enquanto o tempo em que as pessoas conseguem manter a atenção em um assunto diminui.
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