O Papel do Gestor na Inclusão Escolar
Por: bellice • 27/11/2019 • Trabalho acadêmico • 1.338 Palavras (6 Páginas) • 531 Visualizações
O Papel do Gestor na Inclusão escolar
Quando nos referimos a um ser humano único, pensamos apenas em sua condição biológica, aquilo que ciêntificamente o torna singular, esquecemos de questionar acerca de sua essência, daquilo que o torna humano. Jamais duas pessoas absorverão as mesmas lições da mesma vivênicia, o que fará de sua maneira de enxergar o mundo, algo completamente seu. Independente de sua condição financeira, etnica, raça, fisica ou mental, uma pessoa não é igual a outra, fazendo com que tenhamos que lidar com a diversidade em todas as esferas da sociedade.
Não será diferente no ambiente escolar, onde se inicia o convivio social da criança, que seja desvilculado do seio familiar. Neste momento ela sente-se fragilizada e apreensiva com o desconhecido, e cabe a comunidade escolar o dever de acolher e integrar. De incluí-lo nesse espelho da sociedade que é a escola.
O objetivo deste trabalho é verificar o papel do gestor no processo de inclusão, não apenas na parte burocrática, mas junto a parte pedagógica e a comunidade escolar. E atestar o que de fato desse ser a prática profissional desse personagem que é tão importante para o cenário da inclusão escolar.
Inclusão
Tratar a inclusão como uma discussão recente é negar toda uma história de dor e exclusão a qual muitas pessoas foram arbitrariamente submetidas.
Segundo Celedón (2008), é somente a partir do século XX que inicia-se a chamada segregação, pois até então, tratava-se de pura e simples exclusão, surgem escolas especiais destinadas à crianças com deficiências, uma maneira de oferecer-lhes “educação” sem a obrigação de mantê-los junto aos demais alunos. E por fim as classes especiais dentro das escolas formais, separando o sistema educacional, em educação comum e educação especial, permanecendo assim até meados dos anos 70, onde nasce uma tentativa de integração, alunos com deficiências seriam introduzidos às salas comuns, desde que consefuissem se adaptar a elas.
É à partir da Constituição Federal de 1988 que começaram os primeiros esforços para um educação verdadeiramente inclusiva.
Porém serão nos anos 90 que passa-se a compreender que só existe um tipo de educação, e ela é para todos sem restrição, nem separação (CELÉDON, 2008). Como mostra a declaração de Salamanca (UNESCO,1994):
"Toda criança tem direito fundamental à educação e, deve ser dada a oportunidade de atingir e manter o nível adequado de aprendizagem;
Toda criança possuí características, interesses, habilidades e necessidades de aprendizagem que são únicas;
Sistemas educacionais deveriam ser designados e programas educacionais deveriam ser implementados no sentido de se levar em conta a vasta diversidade de tais características e necessidades;
Aqueles com necessidades educacionais especiais devem ter acesso à escola regular, que deveria acomodá-los dentro de uma Pedagogia centrada na criança, capaz de satisfazer tais necessidades.
Escolar regulares que possuam orientação inclusiva constituem os meios mais eficazes de combater atitudes discriminatórias criando-se comunidades acolhedoras, construindo uma sociedade inclusiva e alcançando educação para todos";
A LDB (Lei 9.394/96) estabelece o atendimento aos educandos com necessidades educacionais especiais em classes comuns do ensino regular, bem como a capacitação dos docentes, para o atendimento a esta clientela.
Montoan destaca:
a inclusão é um motivo para que a escola se modernize e os professores aperfeiçoem suas práticas e, assim sendo, a inclusão escolar de pessoas deficientes torna-se uma consequência natural de todo um esforço de atualização e de reestrutura das condições atuais do ensino básico" (Montoan, 1997, p.120).
Levando-nos aos questionamentos: Pouco que é ofertado em termos de inclusão, tanto capacitação dos professores, quanto em acessibilidade para os alunos, e os gestores estão de fato consciêntes de um atendimento de qualidade para esse segmento? Então qual deveria ser a postura do Gestor diante desse desafio?
O PAPEL DO GESTOR
O papel do Gestor Escolar não se resume a preencher formulários, assinar documentos, ir a reuniões, controlar verbas, delegar funções, ir a reuniões, enfim, gerir a parte burocrática de uma escola. Mas ser gestor é também ações indispensáveis para a promoção e garantia da inclusão em sua escola.
A proposta de educação inclusiva requer a participação de todos os profissionais, surgindo a necessidade de uma gestão democrática, pois não basta que este aluno esteja matriculado na escola, ele precisa fazer parte de todo sistema. A inclusão não se restringe a sala de aula, é preciso que toda a escola esteja sintonizada na busca do mesmo objetivo, uma educação de qualidade para todos.
Sage (1999, p.238) nos chama a reflexão acerca do papel do gestor na constituição de uma escola inclusiva
a maneira pela qual os diretores exercem as forças simbólicas e culturais através de suas atitudes e comportamentos é particularmente importante quando se exemplificam as ações e atitudes necessárias para a prevalência de um ambiente inclusivo nas escolas. Primeiramente, o comportamento do diretor é que estabelece o clima pelo qual se resolve que a escola é de todas as crianças.
Em consequência da liderança que exerce, todos que compõem este ambiente espelham-se em sua ações, devendo ser o primeiro a ter consciência da importância da escola inclusiva, implementando práticas que favoreçam esse principio, dando a escola unidade, concebendo-o como um todo.
É de fundamental importância que o gestor dê apoio aos professores, quando diz respeito a especializações e qualificações que tendem a ampliar seus conhecimentos rumo a uma educação eficaz e inclusiva. "Uma administração escolar bem sucedida depende de um desenvolvimento ativo e reativo dos professores e do pessoal, desenvolvendo um trabalho em grupo no sentido de atender as necessidades dos estudantes" (MACHADO, Adriana Marcondes 2005, p141)
A UNESCO também, através da Declaração de Salamanca sinaliza:
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