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O Paper Escola e Sociedade

Por:   •  30/7/2021  •  Trabalho acadêmico  •  3.131 Palavras (13 Páginas)  •  1.942 Visualizações

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ESCOLA E COMUNIDADE: UMA RELAÇÃO NECESSÁRIA

Raphaella Cangane da Silva Ferraz
Eliane Aparecida dos Passos Haros

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Tem-se a necessidade de que as comunidades e as escolas assumam a responsabilidade de se encarar como parceiros de caminhada, porque ambas são responsáveis pelo que produzem e podem fortalecer ou compensar a influência uma da outra. As comunidades e as escolas precisam usar a educação para criar o poder de superar as dificuldades, estabelecer sua própria identidade coletiva e, em conjunto, promover o desenvolvimento geral dos alunos.

É impossível deixar de lado a escola, a família e a comunidade, porque se um indivíduo é aluno, criança e cidadão ao mesmo tempo, a tarefa docente não depende apenas da escola, pois o aluno também pode aprender por meio da família, amigos e pessoas que ele acredita serem importantes, assim como a mídia, os meios de comunicação e os diversos contatos do cotidiano são de grande importância para a formação do mesmo. Portanto, para professores, famílias e sociedade, é necessário deixar claro que as escolas precisam contar com a participação de todos.

Essa forma de se posicionar tem sido aplicada em escolas do nosso município, vários exemplos podem ser mostrados, e entre eles, as comemorações especificas de diferentes épocas do ano. A escola de forma sábia busca unir o útil ao agradável. E trás para dentro do espaço escolar as festividades externas, como festas juninas, natal, dia das crianças e cria um novo método de inclusão e comemoração que é o dia da família, contribuindo para fomentar a participação dos pais e da comunidade nos eventos e ao mesmo tempo, e com a elaboração de rifas e sorteios consegue recursos financeiros para realizar pequenos projetos.

Conforme Silva (2003, p.151), outra questão importante quando se fala da participação da comunidade. A forma como vem se aplicando a de participação da comunidade, mostra-se muito semelhante às Associações de Pais e Mestres (APM‟s), não sendo, portanto, o comunitarismo. Pensando por este lado, toda a escola que tivesse uma APM com funcionamento efetivo não seria uma escola pública ou particular com participação da comunidade (usuária), mas uma escola comunitária.

Praticamente em toda comunidade nos dias atuais é possível localizar uma escola, deste modo é correto dizer que a escola é uma parte da comunidade como também todos aqueles que formam a equipe desta instituição de ensino fazem parte da comunidade escolar, mas ainda há a necessidade de estimular os pais no que se refere à participação mais ativa e relevante na vida escolar de seus filhos enquanto componentes da comunidade. Tem-se ciência da dificuldade de algumas famílias / responsáveis em participar de forma ativa, entretanto, o aprendizado dá-se início através da família e de toda a comunidade a qual aquela criança pertence.

Quando os educadores são advindos da mesma comunidade e mantém-se com as mesmas características sociais de outrora, não se tornando opressores dos alunos, há a possibilidade de uma interação positiva entre a comunidade e a escola. O conhecimento da comunidade será válido e eficaz contribuindo para o crescimento necessário da população escolar. O educador comprometido transmite seus conhecimentos e assume um trabalho lado a lado com os alunos e a comunidade, contribuindo através desse seu ato para o desenvolvimento de habilidade dos educandos, os quais participam mais ativamente e desenvolvem melhor o seu cognitivo.

Preocupados com esta situação, apresentamos através deste artigo alguns fatores relevantes nesta relação entre escola e comunidade que causam distanciamento. É sábio manter um intercambio entre pais e toda equipe pedagógica o que vai proporcionar uma troca de experiência e buscar um melhor caminho a ser trilhado para a educação das crianças e jovens, numa sociedade onde tanto pais como educadores estão sempre sufocados nas suas tarefas diárias, o que dificulta o encontro entre ambos.

Apresentamos este nosso trabalho por intermédio de uma pesquisa qualitativa mostrando as dificuldades enfrentadas por comunidade e escola para que haja uma interação entre ambos. Descrevemos os benefícios dessa relação utilizando autores como Piletti, Silva, Libâneo, Szymanski, Oliveira e Richardson.

Optou-se por uma análise qualitativa porque, segundo Richardson (1999, p. 103), esta “permite fazer uma análise teórica dos fenômenos sociais baseada no cotidiano das pessoas e em uma aproximação crítica das categorias e formas como se configura essa experiência diária”.

3. MATERIAIS E MÉTODOS

Conforme Piletti (2004, p.99), “muitas vezes os alunos residem num bairro, numa vila, num município, e não conhecem o local ou a região. As saídas da escola para estudo têm por principal objetivo levar os alunos a conhecerem e se familiarizarem com o lugar em que vivem”. Desta forma os alunos poderão aprender os conteúdos fazendo uma relação com os aspectos geográficos, políticos, culturais e econômicos da sua comunidade. É comum não ocorrer uma relação entre os assuntos passados em sala de aula e a realidade do meio social onde eles vivem.

Ainda de acordo com Piletti (2004, p.100), “da mesma forma que a escola, para realizar eficazmente seu trabalho, precisa estar na comunidade, esta não pode estar ausenta da escola”. Pois, há necessidade de estarem sempre em parceria buscando assim usufruir o que a comunidade tem de melhor para beneficiar a instituição de ensino tais como, prestação de serviços voluntários auxiliando a equipe pedagógica com aulas de culinária, artesanato, informática, contação de história ou até na manutenção do espaço físico do prédio para que elas possam ver que é possível melhorar a qualidade do ensino.

Para Piletti, (2004, p, 95) A escola é uma das instituições sociais que tem um grande poder de transformação. É através dela que tanto o homem quanto a sociedade (comunidade) podem ser modificados por meio da interação entre eles. Mas para que isto aconteça é preciso que haja uma aproximação da escola com a comunidade e “o primeiro passo para a interação positiva entre escola e a comunidade é, sem dúvida, o conhecimento da própria comunidade por parte da escola”.

Mas nem sempre os familiares dos educandos tiveram livre acesso as unidades de ensino para participar de alguma forma no processo educacional dos seus filhos. Eles não eram vistos com bons olhos pela equipe pedagógica e a “sua presença ali só se dava através de convocação por parte da direção para participarem de alguns eventos promovidos pela escola.

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