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O Príncipe

Por:   •  4/9/2018  •  Resenha  •  432 Palavras (2 Páginas)  •  168 Visualizações

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Nicolau Maquiavel (1469-1527), foi historiador e filósofo político italiano. Sua obra aborda os princípios nos quais o Estado deve se basear bem como os meios necessários para reforçá-lo e mantê-lo. Em seu livro mais famoso, O Príncipe, Maquiavel tem como objeto de sua reflexão a realidade política, pensada como prática humana concreta, tendo como centro maior de seu interesse o fenômeno do poder, formalizado na instituição do Estado. Ele não busca estudar apenas o tipo ideal de Estado, mas compreender como as organizações políticas se fundam, se desenvolvem, persistem e decaem. Para Maquiavel, é essencial numa nação que os conflitos originados em seu interior sejam controlados e regulados pelo Estado. Além disso, afirma que um Estado governado pela vontade de um homem apenas é fraco pois não há como triunfar sobre a desordem. Ao longo de toda a obra é possível analisar que é traçado o perfil do perfeito governante bem como os métodos que devem ser seguidos para que haja a manutenção do poder. A primeira das características indispensáveis para um príncipe segundo Maquiavel é afastar-se da fama de cruel, procedendo com equilíbrio, prudência e humanidade e buscar ser amado e temido. O autor recomenda ainda se precisar optar entre uma dessas duas últimas qualidades que opte pela última, ser temido, pois os homens relutam menos em ofender a quem é temido, afinal neste caso o medo sempre será alimentado pelo temor da punição. No Capítulo seguinte é pontuado o fato de que não é preciso que o príncipe tenha todas as qualidades já mencionadas bastando apenas que aparente possuí-las, são elas: a piedade, fé, integridade, humanidade, religião, sempre mantendo-se cuidadoso para que não deixe escapar dos seus lábios expressões que não revelem essas virtudes. No capítulo 19 Maquiavel faz recomendações para que o príncipe, evite ser desprezado e odiado buscando ser amado pelo povo, pois este é o principal remédio contra as conspirações, afinal se for odiado e inimigo do povo este deverá temer tudo e todos. Do capítulo 20 em diante observa-se: um questionamento das utilidades das fortalezas e sua finalidade proteção do Príncipe, as orientações como o príncipe deve agir para obter confiança e maior estima entre seus súditos; a importância da boa escolha de seus ministros; e uma espécie de guia sobre o que fazer com os conselhos dados, estes, raramente úteis, quando se considera o interesse oculto de quem os dá. Na última parte, mais precisamente três capítulos finais, Maquiavel foge de sua análise fazendo uma espécie de apelo à família real, para que esta adote resoluções em favor da libertação da Itália, dominada pelos bárbaros.

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