O RELATO DE EXPERIÊNCIA

Tema: A maquete da sala de aula

 SINILDES COSTA FERNANDES^[1]

EDUARDO MIRANDA^[2]

RESUMO

O presente trabalho apresenta os elementos que constituem a estrutura do relato de experiência paro o Componente Curricular de Geografia II. Tem como objetivo desenvolver nos alunos o raciocínio crítico através da confecção e análise da maquete da sala de aula. O ensino de Geografia, atualmente, constitui uma grande preocupação em todos os níveis, em especial no ensino fundamental. As aulas expositivas ficam somente em explicações abstratas e as crianças, nesta fase, ainda têm dificuldade em termos abstratos. Para superar essa dificuldade a introdução de recursos didáticos como o da maquete, se torna muito interessante. Neste trabalho, vimos que o uso da maquete, em seus mais diversos temas, interagindo com os conteúdos das aulas, faz com que se prenda mais a atenção dos alunos por terem algo palpável e visível em mãos. Considerando que as maquetes se apresentam como uma boa alternativa, no momento em que nos encontramos diante de um dilema pela alta de inovação, dificuldades de aplicação de outras metodologias, e constatação da necessidade de utilizar outros recursos didáticos para facilitar a aprendizagem na área da geografia. Além disso, ela funciona como um “laboratório” geográfico, onde as interações sociais do aluno são possíveis de serem percebidas quase que na totalidade

PALAVRA-CHAVE: Relato de experiência. Geografia. Pedagogia

1. Introdução

Uma das dificuldades encontradas pelo professor é a de trabalhar um tema que envolva os métodos que facilitem a compreensão dos conteúdos de geografia. Em vários momentos o professor se encontra despreparado para ministrar tais conteúdos, que necessitam de algo palpável, ou concreto para melhor expor suas aulas. Para tanto, um dos recursos didáticos que proporciona um bom aprendizado, e uma boa visualização do conteúdo ministrado pelo professor, é a utilização de maquetes, oferecendo assim aos alunos uma visão sistemática das exposições dos temas abordados.

Os alunos começam a ter as primeiras noções de geografia desde alfabetização, e nesse sentido é necessário que o professor utilize métodos que facilite a compreensão dos conteúdos, e a maquete é estratégia que irá contribuir para melhor entendimento do assunto abordado. É neste período, que a criança não pensa ainda em termos abstratos, nem raciocina a respeito de proposição verbal ou hipotética. O estudante sente dificuldade com os problemas verbais, portanto, necessita-se de um novo recurso didático, para melhor compreensão dos temas trabalhados em sala de aula. Para suprir essas e outras dificuldades é que as maquetes como recursos didáticos são inováveis para que se tenha uma melhor explicação.

Quando as aulas são desenvolvidas com a ajuda de maquetes, a apreensão e a identificação dos objetos, assim como as explicações dos conteúdos são melhores trabalhadas, fazendo surgir uma série de questionamentos e interesses voltados aos elementos representados nessas maquetes.

Segundo Faleiros, Junior e Oliveira, 2003, “entre as diversas experiências vivenciadas por professores, visualiza-se um melhor rendimento das aulas, com os alunos a partir do momento que o professor utiliza maquetes como recurso didático”. Sendo assim, para transmitir os conteúdos de geografia é necessário que o educador crie situações de intervenção que estimule a criança a perceber o mundo representado pela maquete, dessa forma o educando terá melhor compreensão e curiosidade do assunto trabalhado.

O ensino de Geografia, atualmente, constitui uma grande preocupação em todos os níveis de ensino. Para nós educadores, essa preocupação tem estado sempre presente em nossas discussões pedagógicas.

Nesse contexto, objetivamos com a construção da maquete trazer um maior entendimento para os alunos quanto aos conceitos cartográficos, como localização, espaço e sua representação visual, entre outros. A maquete servirá de base para se explorar a projeção dos elementos do espaço real, para espaço representado.

Considerando o fato de os alunos apresentarem resultados insatisfatórios na compreensão dos conceitos relativos à representação cartográfica, é preciso que se reveja se as metodologias já adotadas anteriormente foram ou estão sendo suficientes para a aprendizagem dos alunos. Dessa forma, aplicaremos e observaremos: se a construção da maquete pode contribuir para uma aprendizagem significativa no ensino de geografia nas séries iniciais?

1. Desenvolvimento

A aplicação da aula sob tema “A maquete da sala de aula”, foi proposta pelo professor da disciplina Geografia II, Eduardo Miranda objetivando ressignificar o ensino de geografia nas series iniciais do ensino fundamental. Aplicamos a aula na turma do 3° ano, do turno matutino na Escola Municipal Maria Helenice Souza. Esta aula tem por finalidade de usar uma metodologia de ensino que possa tornar as aulas de Geografia mais atraente e despertar no aluno o gosto e interesse por essa disciplina.

No texto “Aprendendo a ler o mundo: A Geografia nos anos iniciais do Ensino Fundamental,” Callai argumenta que:

é preciso romper com a prática tradicional da sala de aula, não adianta apenas a vontade do professor. É preciso que haja concepções teórico-metodológicas capazes de permitir o reconhecimento do saber do outro, a capacidade de ler o mundo da vida e reconhece a sua dinamicidade, superando o que está posto como verdade absoluta. É preciso trabalhar com a possibilidade de encontrar formas de compreender o mundo, produzindo um conhecimento que é legítimo.

Diante disso, percebemos a importância da formação continuada dos profissionais da educação, uma vez que, os métodos tradicionais não são mais eficazes na construção do conhecimento. Por isso, deve-se buscar referências teórico-metodológico para contextualizar os saberes dos discentes.

Na busca por métodos eficazes que construam o conhecimento de forma significativa é que utilizamos o recurso didático ‘maquete’. Esse método foi utilizado por entendermos que ela é uma atividade prática, ou seja, onde os alunos participam de forma ativa no seu desenvolvimento e se interagem com o próprio aprendizado.