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O TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA

Por:   •  25/10/2019  •  Artigo  •  5.260 Palavras (22 Páginas)  •  224 Visualizações

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JALES – UNIJALES

PEDAGOGIA

TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA

JALES - SP

2018

TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA

Trabalho apresentado como requisito de avaliação para o terceiro bimestre do Curso Superior de Graduação em Pedagogia – UNIJALES, sob a orientação do Prof. Washington Pissuto.

JALES - SP

2018

SUMÁRIO

1.        Introdução............................................................................... 3

2.        Perspectiva histórica do autismo............................................. 4

3.        O que é o Autismo?................................................................. 5

3.1        Características do Autismo...................................................... 6

3.2      Classificação............................................................................ 7

4.        Diagnóstico............................................................................... 9

5.        Hipóteses Etiológicas............................................................... 10

5.1        Possíveis Causas..................................................................... 11

6.        Tratamento............................................................................... 12

6.1        Tratamento e Família............................................................... 12

7.        Trabalho Educacional.............................................................. 14

8.        Conclusão................................................................................ 18

9.        Referências Bibliográficas......................................................  19                                                                        

  1. INTRODUÇÃO

O autismo é um distúrbio do desenvolvimento que vem sendo estudado pela ciência há seis décadas, mas sobre o qual ainda permanecem, dentro do âmbito da ciência, divergências e grandes questões para responder. Na procura de respostas destas e de outras questões verificamos informações para ampliar a discussão e compreensão deste distúrbio.

O autismo é uma desordem global do desenvolvimento neurológico, definida por alterações presentes desde idades muito precoces, tipicamente antes dos três anos de idade, que se caracteriza sempre por desvios qualitativos na comunicação, na interação social e no uso da imaginação. Por este motivo alguns pais só descobrem que seu filho é autista após três anos de idade o que os leva a procurarem apoio e ajuda para o desenvolvimento do seu filho.

 O diagnóstico do autismo é feito através de avaliação do quadro clínico, não há testes laboratoriais, para diagnosticar é utilizado escalas, critérios e questionários, o diagnóstico precoce é importante para a intervenção educacional o mais cedo possível buscando o desenvolvimento da criança.

  1. PERSPECTIVA HISTÓRICA DO AUTISMO

Do ponto de vista histórico, a primeira pessoa que iniciou estudos do comportamento de pessoas com autismo foi o psiquiatra austríaco Leo Kanner, que, em 1943, identificou em suas observações um quadro clínico comum em um grupo de 11 crianças: o isolamento extremo e a incapacidade das mesmas de se relacionarem. Ele diferenciava essas crianças das portadoras de esquizofrenia, pois, ao contrário das últimas, elas não se fechavam sobre si mesmas, mas sim buscavam estabelecer um vínculo peculiar com o mundo. Eram consideradas crianças pouco afetuosas, mas que possuíam intelecto preservado.  Kanner denominou este transtorno inicialmente como Distúrbio Autístico do Contato Afetivo (FACION, 2007). Mais tarde, em 1958, a psiquiatra e psicanalista Margareth Mahler definiu o autismo como Psicose Simbiótica, acreditando que a causa da doença seria o mau relacionamento entre a mãe e o bebê (MAHLER, 2002). E ainda, segundo a autora, as crianças autistas nasceram num momento de grande dificuldade familiar, apresentando um incidente na sua constituição, quando ocorreu a separação entre a mãe e o filho, sem que o mesmo estivesse preparado neuropsicologicamente para este momento.

Na tentativa de explicar o transtorno autista, duas vertentes terapêuticas específicas surgiram com este intuito: a Teoria de Natureza Etiológica Organicista e a Teoria Ambientalista ou Afetiva. Para os adeptos da primeira teoria, dentre eles Kanner, o autista apresenta uma capacidade inata de estabelecer contato afetivo. Já para os que defendem a abordagem afetiva, a exemplo de Tustin (1975) e Klein (1981), Facion (2007, p. 20) explica que: “o autismo seria um quadro clínico que se constituiria como expressão de um quadro de psicose”. Wing (1985) e outros autores da década de 80, a exemplo de Frith (1984) e Baron Cohen (1985) buscavam entender se o quadro do indivíduo que apresentava comportamento autista era resultado de déficit cognitivo ou de déficits afetivo-sociais, e não resultante de uma psicose.

Esses autores convergiam em um ponto: a um déficit específico na Teoria da Mente, definida por Facion (2007, p. 23): “a teoria da mente é concebida como a capacidade do sujeito de atribuir estados mentais, crenças, desejos, conhecimentos e pensamentos a outras pessoas e predizer seu comportamento em função dessas atribuições”.

Com as várias contribuições para o entendimento do espectro autista, atualmente os profissionais que lidam com pessoas com este transtorno precisam compreender como se dá sobremaneira o desenvolvimento humano. Entendemos por desenvolvimento as mudanças sofridas pela pessoa ao longo de sua vida, resultantes de sua interação com o ambiente. O ambiente é, para o indivíduo, uma fonte de estímulos das mais variadas naturezas, estímulos que determinarão no indivíduo uma série de interações e respostas e estas, finalmente, determinarão mudanças significativas no curso de sua vida. Os estímulos sejam eles físicos, alimentares, sensoriais, cognitivos ou emocionais são necessários para a mudança da pessoa, a qual pode ser entendida como desenvolvimento.

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