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O brincar no desenvolvimento da criança

Por:   •  17/3/2017  •  Trabalho acadêmico  •  3.186 Palavras (13 Páginas)  •  441 Visualizações

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O BRINCAR NO DESENVOLVIMENTO E APREDIZAGEM DA CRIANÇA

Johan Barreto Barbosa[1]

 Flávio Miranda Marteleto[2]

RESUMO

Este trabalho aborda o brincar no desenvolvimento da criança e a contribuição no aprendizado visando compreender como as brincadeiras contribuem para a socialização e o processo motor e cognitivo, conceituar a importância da organização do professor, a importância do brincar e o que o brincar proporciona ao desenvolvimento da criança. Mais importante do que o tipo de atividade é a forma como é orientada, como é a experiência e o porquê de estar sendo realizada. Proporcionando aos alunos um aprendizado de forma lúdica, para que os alunos possam assimilar os conteúdos propostos em sala de aula com as brincadeiras mediadas pelo professor, proporcionando de uma maneira diversificada e divertida o aprendizado, ajudando no desenvolvimento cognitivo, na formação cultural e na construção da sua identidade.

PALAVRAS-CHAVE: criança, brincar, aprendizado.

1.0 INTRODUÇÃO

A formação acadêmica de pedagogia tem em sua proposta o embasamento para a preparação do professor para o engajamento no enfrentamento das expressões educacionais. Esta temática surgiu a partir da realização de estágio na Escola Municipal de ensino fundamental Cecília Meirelles, em que pude propor atividades lúdicas aos alunos da Educação Infantil, e pude perceber a importância que tem este tipo de atividade além de verificar um resultado positivo do que se espera da intervenção. Portanto o brincar no desenvolvimento e aprendizado da criança em sala de aula é o tema principal deste trabalho. O brincar em sala de aula é muito importante a ser estudada, pois permite a construção de novos conhecimentos e melhor compreensão dos resultados, e também pode orientar intervenções profissionais mais seguras e pautadas em conhecimentos teóricos atualizados em consequência mas preciso.

Para a elaboração deste trabalho foi feito um levantamento bibliográficos e pesquisa de campo com educadores da área da educação infantil ficando claro que a brincadeira não é tempo perdido  e sim um processo importante no quesito desenvolvimento e ensino-aprendizagem, pois  por um lado a criança de fato reproduz e representa o mundo por meio das situações criadas nas atividades de brincadeiras, por outro lado tal reprodução não se faz passivamente, mas mediante um processo ativo de reinterpretação do mundo, que abre lugar para invenção é a produção de novos significados saberes e práticas. Como já foi mencionado, é fundamental para a aprendizagem o fator lúdico para a criança, mas para isso é preciso que as atividades trabalhadas sejam bem planejadas pelo educador de maneira criativa e que a realização seja prazerosa, visando que as crianças assimilem o conhecimento proposto para que se tornem excelentes instrumentos do ensino-aprendizagem. O presente artigo tem como objetivo geral refletir sobre o que ocorre com as crianças quando os assuntos são abordados através da ludicidade e qual a importância do professor nessa dinâmica refletindo também sobre as relações entre o brincar, a cultura e o conhecimento na existência humana e, mais particularmente, na experiência da infância e também no processo de desenvolvimento motor, afetivo e a aprendizagem da criança.

Os objetivos específicos são propiciar uma reflexão histórica sobre o brincar no contexto escolar; produzir uma bibliografia que possa vir a contribuir para futuras intervenções no contexto o brincar no desenvolvimento da criança. Atualmente os estudos psicológicos baseados em visão histórica e social dos processos de desenvolvimento infantil apontam que o brincar e um importante processo psicológico, fonte de desenvolvimento e aprendizagem.

"Educar não se limita a repassar informações ou mostrar apenas um caminho, aquele caminho que o professor considera o mais correto, mas é ajudar a pessoa a tomar consciência de si mesma, dos outros e da sociedade. É aceitar-se como pessoa e saber aceitar os outros. É oferecer várias ferramentas para que a pessoa possa escolher entre muitos caminhos, aquele que for compatível com seus valores, sua visão de mundo e com as circunstâncias adversas que cada um irá encontrar. Educar é preparar para a vida". (KAMI, 1991, 125).

O artigo inicialmente terá três capítulos, o primeiro: “A importância do brincar, na oportunidade”, será feita uma abordagem histórica de como as brincadeiras vem ajudando no desenvolvimento do aluno; O segundo: ‘O professor mediador’, tratará do planejamento e a organização do dia a dia do professor e por fim o terceiro “O brincar no desenvolvimento da criança” abordará os resultados positivos no uso das brincadeiras nas atividades escolar. O artigo finalizará com as considerações finais, fazendo a reflexão final sobre todas as experiências vivida na construção do artigo, abordando em destaque o que o mesmo contribuiu na formação do aluno profissional em Pedagogia.

“É no brincar, e talvez apenas no brincar, que a criança ou o adulto fruem sua liberdade de criação. ”

                                                                                               D.W. Winnicott

                                                                                   

  1. A IMPORTANCIA DO BRINCAR

Brincar, segundo o dicionário Aurélio (2003), é "divertir-se, recrear-se, entreter-se, distrair-se, folgar", também pode ser "entreter-se com jogos infantis", ou seja, brincar é algo muito presente nas nossas vidas, ou pelo menos deveria ser., portanto é uma palavra estreitamente ligada a infância e as crianças, em algumas sociedades ainda e considerado sem importância no ponto de vista da educação formal. Pôr outro lado, podemos identificar hoje um discurso generalizado em torno do brincar presente não apenas na mídia na publicidade produzidas para a infância, como também nos programas, proposta e práticas educativas internacionais.

Segundo Kramer (2007, p.15):

“Crianças são sujeitos sociais e históricos, marcadas, portanto, pelas contradições das sociedades em que estão inseridas. A criança não se resume a ser alguém que não é, mas que se tornará (adulto, no dia em que deixar de ser criança). Reconhecemos o que é específico da infância: seu poder de imaginação, a fantasia, a criação, a brincadeira entendida como experiência de cultura. Crianças são cidadãs, pessoas detentoras de direitos, que produzem cultura e são nela produzidas. Esse modo de ver as crianças favorece entendê-las e também ver o mundo a partir do seu ponto de vista. A infância, mais que estágio, é categoria da história: existe uma história humana porque o homem tem infância”.

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