OS FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS DA EDUCAÇÃO
Por: mayhsilva • 11/4/2018 • Trabalho acadêmico • 2.931 Palavras (12 Páginas) • 352 Visualizações
[pic 2] | FACULDADE INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO PARANÁATIVIDADES E ORIENTAÇÕES PARA O DOSSIÊ Curso de Pedagogia |
MÓDULO:
FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO – 80h
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UNIDADE 1
FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS DA EDUCAÇÃO
☞ Questões obrigatórias para o dossiê
- Como podemos utilizar a filosofia no contexto escolar? Responda, abordando o exercício filosófico proposto por Luckesi.
R: Na esfera educacional, a reflexão filosófica é primordial, pois permite conhecer os fundamentos da educação, ou seja, a influência da filosofia sobre as concepções pedagógicas, elaboradas ao longo da história. Enquanto a filosofia busca explicar os conceitos de homem, sociedade, cultura, ideologia etc., a educação utiliza tais estudos para formar um ser humano integrado e emancipado. Cabe, portanto, à educação desenvolver a atitude filosófica, preparando o indivíduo para questionar, investigar e analisar a realidade que o circunda.
Locke inova ao utilizar a psicologia como ferramenta para explicar a origem do conhecimento, distinguindo duas fontes de conhecimento: a sensação e a reflexão; a reflexão é entendida como a experiência interna que resulta da sensação
Locke ressalta o papel do objeto, afirmando que o conhecimento só começa a ser criado após a experiência sensível. Critica severamente a doutrina das ideias inatas, afirmando que mesmo o conhecimento ou a certeza da existência de um Deus Perfeito, defendida por Descartes como ideia inata, seria questionável, pois determinadas culturas não possuem tal representação da perfeição divina.
- Considerando o método socrático, pautado na ironia, na refutação e na maiêutica, é possível utilizá-lo, na educação atual? Justifique.
R: Sim é possível, pois Sócrates traz a tona tudo o que o individuo sabe com o objetivo de evidencias o seu conhecimento mostrando que é inesgotável e para isso deve ser buscado constantemente, ao reconhecer a própria ignorância torna-se apto a elaborar um conhecimento mais próximo da verdade.
Trata-se de extrair do outro o conhecimento que esta oculto em sua alma e não em seu corpo.
Neste sentido, o professor seria comparado a parteira, pois auxiliaria o nascimento das ideias mais puras e verdadeiras.
- Argumente sobre o Mito da Caverna, de Platão, citando exemplos de mecanismos ideológicos que nos escravizam, atualmente.
R: Na atualidade existem tais argumentos assim como o de Platão em mito da caverna, ode as pessoas acreditam somente no que veem de tal forma a desconfiar e não acreditar na opinião e palavra do outro. É possível ver certas percepções mediante, ‘’ professor/aluno’’, até mesmo através de vídeos e algumas reportagens onde o que não se é visto e presenciado acaba por ser falso ou não real. Tais pensamentos diálogos que escraviza a sociedade no hoje.
- Disserte sobre os aspectos positivos e negativos da filosofia na Idade Média.
R: Há certa polêmica sobre a existência de teorias filosóficas no período medieval, visto que a produção intelectual, assim como a educação, principal meio de propagação cultural, estava sob a responsabilidade da Igreja. Tal período é denominado “Idade das Trevas” devido ao obscurantismo científico, algo que se estende à ciência filosófica. Para a maioria dos estudiosos, a investigação científica esteve subordinada à fé, o que impediria avanços significativos ou reais, sobretudo quando se considera a filosofia, que só pode ser empreendida mediante a superação de crenças e ideologias. Embora se atribua à Igreja o retrocesso ou engessamento científico que caracterizou esse período, não se nega a relevância cristã na esfera cultural. Em meio à desagregação do Império Romana e à devastação causada pelas guerras, coube à Igreja reorganizar a sociedade ocidental, além de conservar e propagar a cultura Greco-romana. De qualquer modo, é importante conhecer os dois movimentos que ganharam destaque na Idade Medieval: Patrística e Escolástica.
- A ciência influenciou decisivamente a filosofia, na Idade Moderna. Considerando isso, compare as ideias de dois dentre os filósofos modernos (Descartes, Bacon, Locke, Rousseau ou Kant).
R: Bacon afirmava que o verdadeiro conhecimento não pode ser explicado pelo misticismo religioso ou pelo saber contemplativo, pautado exclusivamente no questionamento. O único caminho seriam as experiências humanas. Ao eleger a natureza como campo primordial de estudo, defende a ideia de que os experimentos nos permitem dominar a natureza e superar o silogismo de Aristóteles que, para Bacon, não passava de mera dedução. Na esfera educacional, as ideias de Bacon contribuíram para ratificar a importância da experimentação no processo de investigação científica, impulsionando a revolução científica. Além disso, enfatizava que o conhecimento científico devia ser utilizado em benefício do desenvolvimento humano.
Rousseau criticava a sociedade burguesa e almejava a formação de um Estado em que prevalecesse a soberania popular. Opunha-se ao materialismo devido à ausência, nessa concepção, de faculdades inatas. Segundo ele, os nossos julgamentos são atividades espontâneas (inatas). Ressaltava a importância de que o processo educacional formasse o cidadão, sujeito que se identifica com a sociedade e, portanto, se sente estimulado a zelar pelo bem coletivo. Assim, ao mesmo tempo em que visa superar a pedagogia pautada na imposição de modelos comportamentais, ressaltando a importância de educar o indivíduo para a liberdade, na esfera política enfatiza a supressão da liberdade individual em prol do bem coletivo e social. Sua maior contribuição, tanto nas esferas política e social, quanto na esfera educacional é a concepção de liberdade, igualdade e fraternidade como pilares da formação cidadã.
- Destaque as principais contribuições dos filósofos contemporâneas para a educação.
UNIDADE 2
TEORIAS PEDAGÓGICAS
☞ Questões obrigatórias para o dossiê
- Analisando as tendências educacionais (redentora, reprodutora e transformadora), esclareça como a sociedade a educação são compreendidas em cada uma delas?
R: Na primeira tendência (redentora), a sociedade é vislumbrada como um conjunto orgânico e harmonioso, que deve funcionar em perfeita ordem e sintonia. É preciso “integrar”, em sua estrutura, tanto as novas gerações quanto aqueles indivíduos que, por algum motivo, se encontram “desajustados”, “à margem da sociedade” (marginais). O objetivo da educação é conservar a sociedade, integrando os indivíduos no todo social. Os enciclopedistas da Revolução Francesa (pedagogia tradicional) acreditavam na redenção da sociedade pela educação das mentes, e os adeptos da pedagogia nova (escola ativa) do final do século XIX buscavam essa redenção pela formação da convivência entre as pessoas, a partir do atendimento às diferenças individuais de cada um. E, ainda hoje, encontramos um grande número de educadores que consideram, ingenuamente, que os seus atos estão isentos de comprometimento com a política e totalmente voltados à redenção da sociedade. A essa tendência de dar à educação a finalidade político-filosófica de redimir a sociedade, Saviani (1984) denomina “teoria não crítica da educação”, pois ela não leva em conta a contextualização crítica da educação, no interior da sociedade a qual pertence. Na segunda tendência (reprodutora), a educação é compreendida como uma instância dentro da sociedade, servindo-a com exclusividade; não a redime de suas mazelas e, ainda, contribui para a reprodução do modelo político-econômico vigente, a fim de perpetuá-lo tanto quanto possível. Enquanto a tendência redentora atua sobre a sociedade como uma instância corretora dos seus desvios, tornando-a melhor e mais próxima do ideal de perfeição social, a tendência reprodutivista entende a educação como um elemento da própria sociedade, determinada por seus condicionantes (econômicos, políticos e sociais) e, portanto, a serviço dessa mesma sociedade.
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