Os Desafios Atuais Do Fracasso Escolar
Por: Jaque2696 • 16/10/2024 • Artigo • 6.922 Palavras (28 Páginas) • 43 Visualizações
OS DESAFIOS ATUAIS QUE OCORREM NO FRACASSO ESCOLAR
Jaqueline Barbosa de Oliveira
Tamires Casita Pinto
Profa Ms. Mara Pavani da Silva Gomes
RESUMO
Este artigo tem por objetivo apresentar e compreender as questões do Fracasso Escolar e como as escolas e as gestões escolares podendo ajudar os alunos a diminuir o número de estudantes, os desafios que tem no Fracasso Escolar, que seriam a dificuldade dos alunos em aprender o que está sendo ensinado em sala de aula, e tentando descobrir também como diminuir este número de alunos que estão evadidos da escola. Buscamos compreender, de uma maneira mais aprofundada, como os docentes e a coordenação conseguem utilizar novas estratégias para auxiliar este aluno. Algumas suposições nortearam o início da nossa pesquisa e no decorrer do desenvolvimento, foram surgindo indagações que facilitou o andamento da pesquisa. Questões como a importância da família no desenvolvimento escolar do aluno, formação continuada dos professores, além do aumento da evasão escolar e como podemos lidar com estes assuntos em sala de aula. A pesquisa se deu de forma qualitativa, utilizando a observação como instrumento metodológico, levantamento de análises, dados colhidos e análise de entrevistas. Analisando os dados que foi com pesquisados com a entrevista com professores, coordenadores, responsáveis, totalizando 10 pessoas, percebeu-se que a parceria entre família e escola vem se tornado instrumento para diminuir o número de alunos fora da escola, e sendo uma ferramenta importante para a melhoria na qualidade de ensino, percebemos que algumas vezes esta parceria se constrói de maneira harmoniosa, buscando avanços contra o Fracasso Escolar. Fazendo com que cada um desses estudantes possam concluir seus estudos de maneira efetiva.
Palavras-chave: Fracasso Escolar. Evasão. Formação Continuada.
INTRODUÇÃO
Este artigo visa discutir as questões sobre o Fracasso Escolar que ainda persistem nas escolas, sendo uma causa constante de discussões por estar vinculado às questões como reprovação, evasão, indisciplina, erro e insucesso escolar. Segundo o dicionário Aurélio, a palavra fracasso tem sinônimo de desgraça, desastre, ruína, perda, mau êxito. Portanto o fracasso é caracterizado como mau desenvolvimento escolar do aluno, acarretando desta forma na reprovação e na evasão escolar. Desta forma, pessoas envolvidas querem passar esta responsabilidade para o os pais, e sendo assim os pais querendo passar este dever para a escola.
Pensando sobre o Fracasso Escolar, observamos este número esta aumentando ao passar dos anos e em outra perspectiva, podemos perceber que, a participação dos pais na vida escolar dos alunos “diminuíram” por conta da vida corrida que possuem. Muitas vezes, passam mais tempo trabalhando do que em casa e não conseguem acompanhar a vida e o cotidiano escolar, de seus filhos.
Contudo buscou-se compreender como um docente consegue em processo de formação continuada, ajudar seu aluno a ter um desenvolvimento escolar melhor, fazendo com que ele consiga acompanhar a turma nos conteúdos passados em sala de aula.
A pesquisa se ausentou em torno sobre os motivos do Fracasso Escolar e Seus Desafios e foi acrescentando outros temas pertinentes a discussão, que não podem se dissociarem desses pontos principais, como: a interação professor-aluno, e também a importância da formação continuada do professor. Não se pode falar em interação de professor-aluno e da formação continuada docente sem pensar, quem são estes alunos e professores? Como foi a formação deles?
Para contextualizar nossa pesquisa, utilizamos apontamentos e conceitos de vários autores que nortearam a nossa pesquisa. BRANDÃO (2012) ALARCÃO (2011), PATTO (1996). Nos deram base para concluir nossos estudos. Autores esses que trazem conceitos e reflexões sobre o Fracasso Escolar e seus Desafios e a formação continuada docente.
A pesquisa de campo foi realizada em duas escolas, localizadas escola pública de São Bernardo do Campo no estado de São Paulo e outra escola particular localizada na região de Santo André, ambas no Estado de São Paulo. A escola da rede pública, de ensino fundamental I, já a escola de rede particular da aula do infantil ao fundamental I para a realização deste estudo, foram realizadas algumas visitas à escola. As entrevistas foram realizadas com os coordenadores, professores, pais de alunos e alguns alunos. Todos estiveram disponíveis a nos responderem as questões pertinentes à pesquisa.
Este artigo apresenta relatos da realidade vivida nas escolas no qual foi estudo de campo e traz uma análise sobre a opinião dos entrevistados sobre o assunto abordado, a partir das pesquisas teóricas já realizadas. Fazendo comparações e correspondências entre práticas e as teorias estudadas.
A HISTÓRIA DO FRACASSO ESCOLAR
Para iniciar, buscando entender como surgiu o Fracasso Escolar, e quais foram seus efeitos para a educação atualmente. Vamos começar debruçando sobre a educação na época dos jesuítas. Desta maneira sabemos o que significa Fracasso Escolar, o que realmente ele significa no desenvolvimento escolar de uma criança? Segundo Maria Helena Souza Patto (1996):
[…] o que aparece como natural é social; o que aparece como a histórico é histórico; o que aparece como relação justa, é exploração; o que aparece como resultado de deficiências individuais de capacidade é produto de dominação e desigualdade de direitos determinada historicamente (p.57).
Analisando as questões sobre o Fracasso Escolar, ele vem acontecendo desde a época que o Brasil foi colonizado pelos portugueses, os únicos que tinham acesso a uma educação escolar eram os cidadãos da classe dominante, pois, a educação escolar chegou ao nosso país por meio dos padres jesuítas que davam oportunidade de escolarização somente para os filhos dos portugueses, sendo assim privatizando a educação escolar a população que já existia no Brasil. População esta representada pelas diversas tribos indígenas espalhadas em todo território nacional que eram tidos como “pessoas sem cultura”, e que precisavam ser “ensinados de maneira correta”, entretanto, alguns poucos indígenas tiverem acesso a uma pequena parcela desta educação, formalizada através do ensino da língua dos portugueses que tinham por objetivo ampliar a comunicação entre os portugueses e as comunidades indígenas a fim de favorecer o trabalho juntamente mão de obra.
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