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PORTFÓLIO ENTREGUE A UTA

Por:   •  12/6/2015  •  Projeto de pesquisa  •  3.508 Palavras (15 Páginas)  •  239 Visualizações

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FACULDADE INTERNACIONAL DE CURITIBA

UNINTER

BRUNA VIEIRA BUBNIAK, RU 841319

ELENICE CORREIA DOS SANTOS, RU 811950

PORTFÓLIO ENTREGUE A UTA

DIVERSIDADE CULTURAL

PONTA GROSSA

2015

Resumo do livro: Ação cultural para a liberdade

Introdução

A bibliografia não pode ser uma simples cópia de títulos. Quem está fazendo deve ter conhecimento do seu tema, e como está sugerindo está bibliografia. Estudar não é tarefa fácil e necessário ter uma postura crítica, e excepcionalmente ter disciplina que não se ganha se não praticar.

O espirito investigador e a criatividade devem ser sempre estimulados em sala de aula, pois se isso não for desenvolvido o ensino a leitura acabam sendo mecânica.

O livro apresenta uma proposta de educação preocupada com o engajamento do sujeito em sua realidade, em seu contexto, aprendendo- o e tornando-se capaz de, ao critica-lo, iniciar sua compreensão e transformação. O processo educativo inicia com a tomada de consciência, por parte do sujeito, da condição em que se encontra e na qual se encontram seus semelhantes. Isso é estudar, porque como Freire diz, “Estudar não é um ato de consumir idéias, mas de cria-las e recriá-las.”

Nesta obra o autor reúne uma série de textos escritos entre 1968 e 1974, onde expõe seus pensamentos sobre a educação popular, em geral sobretudo o cotidiano dos de adultos, o mestre aborda sobretudo o cotidiano dos educandos como metodologia de alfabetização. Assim quando trabalha com camponeses expõe a questão da terra e a necessidade de reforma agrária tornando também o educando sujei6to na história produzindo conhecimento através de textos dos próprios educandos e demostrando a importância do trabalhador na mudança social.

Os artigos explicitam grande coerência entre aquilo que Freire acreditava e aquilo que realizava. Através de artigos que demonstravam a indissociável e necessária ligação entre teoria e prática- vínculo muitas vezes prejudicado entre alfabetização de adultos, conscientização, transformação da realidade e reforma agrária, elementos presentes e enfatizados ao longo de todo o livro.

A alfabetização de adultos

O analfabetismo é visto como um mal a ser curado. No entanto, mais que um problema pedagógico, a existência de adultos analfabetos indicam um problema político, explicitam a injustiça de uma sociedade onde existem opressores e oprimidos. Esta relação se manifesta já no próprio método de alfabetização, de preferência realizados por campanhas políticas. Paulo Freire questiona o ensino oferecido aos analfabetos, nos moldes da cartilha, ou seja, através da repetição de sílabas e frases desprovidas de sentido. Não que este seja um método incapaz de ensinar a ler e escrever. O problema é que ensina algo mais, de modo velado: a submissão. O método referido não possibilita espaço para a criação, invenção, discussão e participação do alfabetizando, pois consiste somente na assimilação de sílabas, construção de palavras e de frases. A leitura e a escrita, nestes moldes, apresentam-se desconexas da realidade dos trabalhadores, daqueles que foram privados do direito de aprender a ler e escrever. Para Freire, este método implica ainda em outra conseqüência: a não possibilidade de realizar a leitura de sua própria realidade e da opressão em que vive. Através de um ensino que não incita a criatividade e reflexão, dificilmente acontecerá a conscientização e, por fim, a transformação da realidade.

Os camponeses e seus textos de leitura

A educação, qualquer que seja o nível em que se dê, se fará tão mais verdadeira quanto mais estimule o desenvolvimento desta desta necessidade radical dos seres humanos, a de sua expressividade. Para Freire na educação de adultos, o domínio da linguagem oral e escrita constitui uma das dimensões do processo da expressividade. O aprendizado da leitura e da escrita, por isso mesmo, não terá significado real se faz através da repetição puramente mecânica de sílabas. O aprendizado só é valido quando, com o domínio do mecanismo da formação vocabular, o educando vai percebendo o sentido da linguagem.  Seu objetivo não é fazer a descrição de algo a ser memorizado. Pelo contrário, é problematizar si tuações. É necessário que os textos sejam em si um desafio e como tal sejam tomados pelos educandos e pelo educador para que, dialogicamente,penetrem em sua compreensão.

O papel do trabalhador social no processo de mudança

A opção do trabalhador social é reacionária, sua ação e os métodos adotados se orientarão no sentido de frear as transformações. Em lugar de desenvolver um trabalho através do qual a realidade se vá desvelando a ele e aos  com quem trabalha, em um esforço crítico comum, se preocupará, pelo contrário, em  mitificar a realidade. Em lugar de ter nesta uma situação problemática que o desafia e  aos homens com quem deveria estar em comunicação, sua tendência é inclinar- se a  soluções de caráter assistencialista. O que o move, em última análise, através de ações e reações, é ajudar a “normalização” da“ordem estabelecida” que serve aos interesses da elite do poder. O trabalhador social que faz esta opção pode, e quase sempre tenta, disfarçá- l a,       aparentando sua adesão à mudança, ficando, porém, nas meias mudanças, que são uma forma de não mudar. Um dos sinais da opção reacionária do trabalhador social são suas inquietações em face das conseqüências da mudança, seu receio ao novo, seu medo, às  vezes impossível de ser escondido, de perder seu “status social”. Daí que, em seus métodos de ação, não haja lugar para a comunicação, para a reflexão critica, para a criatividade, para a colaboração, mas para a manipulação ostensiva ou não.

Ação cultural para a libertação

Na primeira parte deste artigo, o autor subdivide as idéias iniciais em dois focos principais. O primeiro foco trata a questão de que "toda prática educativa implica uma concepção dos seres humanos e do mundo". Paulo Freire exemplifica esta colocação quando se refere a escolha de duas cartilhas que seriam empregadas para o processo de alfabetização de um determinado grupo de indivíduos, pois ele se refere que através de uma das cartilhas citadas, os alfabetizandos teriam muito mais facilidade em adquirir a técnica de leitura e escrita porque seu autor optou por utilizar palavras que estão mais próximas a sua realidade, e a outra cartilha citada não alcançaria resultados tão efetivos quanto a primeira pois se ocupou de selecionar, para compor seu conteúdo, palavras que explorem as dificuldades fonéticas que o aluno possa encontrar em seu aprendizado. Para Paulo Freire, o processo de alfabetização necessita que haja um autêntico diálogo entre educadores e educandos e que, a partir desta perspectiva, o educando assuma um papel de sujeito criador de seu próprio processo educativo, pois o aprendizado da técnica por si só, não o faz um sujeito alfabetizado. Segundo o autor, o processo de alfabetização deve relacionar o ato de transformar o mundo, onde o individuo está inserido, ao ato de verbalizá-lo, ou seja, de nomear as ações que este indivíduo cria com a sociedade ao seu redor.

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