PROJETO PARA FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES

PROJETO PARA FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES

A relação teoria e prática nos cursos de formação continuada de professores que atuam nos anos iniciais do Ensino Fundamental.

TEMA: Avaliação no Primeiro Ano do Ensino Fundamental através de Parecer Descritivo

OBJETIVO GERAL:

Promover formação continuada no momento da hora-atividade a professores que atuam nas séries iniciais do Ensino Fundamental, dentro de uma visão global e interdisciplinar dos aspectos que permeiam a avaliação utilizando como instrumento de registro o Parecer Descritivo, com a finalidade de revisar as práticas pedagógicas de ensino-aprendizagem, buscando a elevação nos índices de desenvolvimento da Educação Básica.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

1. Otimizar o tempo da hora-atividade proporcionando momentos de estudos voltados à avaliação nas turmas de primeiro ano do ensino fundamental através de grupos de estudo.
2. Problematizar situações reais de avaliação promovendo estudos de caso a partir dos Pareceres elaborados até então buscando um aperfeiçoamento dos mesmos.
3. Definir a partir dos estudos os instrumentos que serão utilizados para sistematizar a avaliação.

1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA (de duas a três laudas, sobre o tema escolhido, fundamentado com base nos dois autores encontrados)

        Ao falarmos em avaliação nas turmas de primeiro ano do Ensino Fundamental, devemos ter em mente que a criança está saindo da Educação Infantil e ainda não está preparada para ser avaliada de forma quantitativa através de instrumentos apenas de registro escrito, como por exemplo, as provas, pois nesta fase as crianças geralmente não possuem o domínio da linguagem escrita. Sendo assim, deve-se respeitar o desenvolvimento natural de cada criança, tendo em vista suas necessidades e características específicas, avaliando-as mediante acompanhamento e registros do desenvolvimento sem o objetivo de promoção ou retenção desta criança para o ano seguinte.

        A reflexão acerca da avaliação junto a professores busca elucidar a importância do olhar destes professores em relação ao desenvolvimento de cada educando de forma criteriosa para que após a avaliação possa ocorrer a mediação de maneira significativa.

Ao avaliar, o professor deve ter bem claros os objetivos e os critérios que deseja observar, mostrando a sua intencionalidade educativa para que possa planejar ações efetivas e significativas, de modo a promover o avanço das crianças a partir da realidade e das possibilidades de cada uma.

        “Avaliar não é fazer um “diagnóstico de capacidades”, mas acompanhar a variedade de ideias e manifestações das crianças para planejar ações educativas significativas. Parte de um olhar atento do professor, um olhar estudioso que reflete sobre o que vê, sobretudo um olhar sensível e confiante nas possibilidades que as crianças apresentam.” (HOFFMANN, 2012, P.30).

        Nessa perspectiva, a avaliação torna-se um subsídio para o professor compreender melhor as aprendizagens que favorecerão o desenvolvimento da criança, mapeando gradativamente seu crescimento cognitivo, social e afetivo. Isso é possível tendo como base as observações e registros das etapas percorridas no sentido de acompanhar o progresso das crianças e realizar as intervenções necessárias.

        Ao realizar estes estudos nos momentos de hora-atividade com os professores, pretende-se dar subsídio de como avaliar, de quais instrumentos utilizar, de como ter um olhar sensível, para que cada um seja autor e ao mesmo tempo reconstrutor das suas práticas educativas e avaliativas por meio do agir reflexivo. O professor deve observar de forma atenta continuamente os educandos, pois ao registrar manifestações de cada um (dia, hora, local, situação observada), reúne informações significativas sobre a evolução do seu próprio trabalho. (HOFFMANN, 2010, p. 97). E ao refletir sobre o seu trabalho, cria novas estratégias e aperfeiçoa suas práticas buscando um aprendizado mais significativo.

        É importante também refletir com os professores de que forma podemos proporcionar uma avaliação mediadora, levando em conta as potencialidades cognitivas dos educandos, pois

“a finalidade da avaliação não é a de descrever, justificar, explicar o que o aluno “alcançou” em termos de aprendizagem, mas a de desafiá-los todo tempo a ir adiante, a avançar, confiando em suas possibilidades e oferecendo-lhes, sobretudo, o apoio pedagógico adequado a cada um.” (HOFFMANN, 2010, p. 103)

        O objetivo principal da avaliação deve ser unicamente para promover uma melhora na aprendizagem dos educandos, o papel do professor é de observar para mediar e tentar preencher as lacunas de modo a facilitar a apropriação significativa da aprendizagem.