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PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO DA ESCOLA

Por:   •  4/2/2019  •  Seminário  •  21.051 Palavras (85 Páginas)  •  400 Visualizações

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Disciplina: CONHECIMENTOS PEDAGÓGICOS

Profª: Lays Regina

Aula 1:

  • GESTÃO ESCOLAR;
  • CONSELHO ESCOLAR;
  • CONSELHO DE CLASSE;
  • PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO DA ESCOLA.

 Gestão Escolar

O termo Gestão Escolar foi criado para se diferenciar da expressão Administração Escolar e trazer para o contexto educacional elementos e conceitos fundamentais para aumentar a eficiência dos processos institucionais e melhorar o ensino.

Sendo assim, de acordo com a especialista em educação Heloísa Luck, a Gestão Escolar relaciona-se a uma atuação que foca em promover a organização, mobilização e articulação das condições essenciais para garantir o avanço do processo socioeducacional das instituições de ensino e possibilitar que elas promovam o aprendizado dos estudantes de forma efetiva.

A gestão escolar aborda questões concretas da rotina educacional e busca garantir que as instituições de ensino, tenham condições necessárias para cumprir seu papel principal: ensinar com qualidade e formar cidadãos com as competências e habilidades indispensáveis para sua vida pessoal e profissional.

O foco da gestão escolar é a orientação para resultados, busca pela liderança, motivação da equipe para alcançar objetivos, ênfase na qualidade do currículo e foco na participação dos pais para atingir excelência no ensino.

Gestão escolar consiste num sistema de organização interno da escola, envolvendo todos os setores que estão relacionados com as práticas escolares. Desta forma, a gestão escolar visa garantir um desenvolvimento socioeducacional eficaz na instituição de ensino. 

Cada escola deve desenvolver o seu plano de gestão escolar, com base nas diretrizes de educação vigentes. Como resultado desta gestão, espera-se que a instituição tenha uma excelência no ensino; redução da inadimplência; prevenção da evasão escolar; combater à indisciplina; manter a motivação da equipe que compõe a escola; além de manter os pais e os alunos engajados nos projetos escolares.

O responsável por atuar na organização da gestão escolar é o gestor escolar. Este profissional tem a missão de elaborar propostas pedagógicas para a escola em que atua, com base na democracia e na participação da comunidade, garantindo a manutenção da qualidade do ensino.

Além disso, o sistema de gestão escolar deve valorizar a atuação de educadores com a responsabilidade de formar cidadãos críticos sobre a realidade, que tenham opinião e integridade. Também devem ajudar os jovens a desenvolverem as suas competências e habilidades, sejam elas naturais ou aprendidas ao longo do tempo.

Em concursos, geralmente as provas fazem referências a dois teóricos da educação que dedicam seus estudos à administração e à gestão escolar: Vitor Paro e José Carlos Libâneo respectivamente.

Para Vitor Paro (2010), a concepção de administração está relacionada à ideia de mediação, onde a figura do diretor representa esta concepção.

Tradicionalmente, os estudos sobre a atuação do diretor de escola costumam ater-se a uma concepção de administração diversa do conceito amplo utilizado neste trabalho, razão pela qual restringem a ação administrativa dos diretores apenas às atividades-meio, dicotomizando, assim, as atividades escolares em administrativas e pedagógicas. (PARO, 2010, p. 4).

A responsabilidade de gerenciar uma escola está diretamente ligada a pessoa do diretor.

Concepções de Administração e Gestão Escolar

Data da década de 30 os primeiros estudos da escola como organização de trabalho. Há toda uma pesquisa sobre administração escolar que remonta aos pioneiros da educação nova. Basicamente, estes estudos foram marcados por uma concepção burocrática, funcionalista, aproximando as características da organização escolar à organização empresarial (pg 101). Durante a década de 80 os estudos referentes a essa área se constituíram em uma disciplina, comumente denominada Organização do Trabalho Escolar. Nestas circunstâncias, adotou-se uma abordagem crítica sobre o tema, frequentemente restringindo a análise da escola dentro da organização do trabalho no capitalismo.

Essencialmente, existem duas concepções diferenciadas em relação às finalidades sociais e políticas da educação: a concepção científico-racional e a concepção sócio-crítica

Na concepção cientifico-racional prevalece uma visão mais burocrática e tecnicista de escola. A instituição escolar é tomada como uma realidade objetiva e neutra, devendo funcionar racionalmente e, por isso, deve ser planejada, organizada e controlada, de modo a alcançar melhores índices de eficácia. Este é o modelo mais encontrado na realidade brasileira (caso o leitor queira se aprofundar na corrente tecnicista ou entender melhor outras vias de pensamento, recomendo o post tendências pedagógicas na prática escolar do mesmo autor).

Na concepção sócio-critica, a organização escolar é concebida como um sistema que agrega pessoas, destacando-se o caráter intencional de suas ações, a importância das interações sociais no seio do grupo e as relações da escola com o contexto sociocultural e político.

Para além desta dualidade epistemológica, alguns estudos abordam uma divisão mais abrangente do fenômeno organização e gestão escolar. Esquematicamente, podemos considerar quatro concepções: a técnico-científica (tradicional), a autogestionária, a interpretativa e a democrático-participativa.

A concepção TÉCNICO-CIENTÍFICA hierarquiza cargos e funções, visa a racionalidade do trabalho. A versão mais conservadora desta concepção é denominada de administração clássica ou burocrática. A versão mais recente é conhecida como modelo de gestão da qualidade total, com utilização mais acentuada de métodos e práticas de gestão da administração empresarial.

Algumas características deste modelo são: a prescrição detalhada de funções e tarefas, acentuando-se a divisão técnica do trabalho escolar; o poder centralizado no diretor; formas de comunicação verticalizadas; maior ênfase nas tarefas do que nas interações pessoais.

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