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Paulo Freire na Visão Tecnológica

Por:   •  1/12/2020  •  Relatório de pesquisa  •  1.552 Palavras (7 Páginas)  •  162 Visualizações

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Kelly Patrícia de Santana Coutinho – Grupo 5 sala 204

Paulo freire na visão tecnológica

        “Faço questão de ser um homem de meu tempo e não um homem exilado dele”

(Freire,1984)

Apesar de não ser contemporâneo, Paulo Freire foi um educador a frente de seu tempo em vários quesitos, e na questão tecnológica não foi diferente, com o pensamento aberto as mudanças ocorrendo a sua época e se opondo a ideia de que a tecnologia e algo ruim e a citando como uma expressão da criatividade humana. Para ele a tecnologia não tem a ver com a substituição do velho, mas uma renovação seguindo a evolução do ser humano.

        Paulo Freire, sempre viu a tecnologia como uma liado do educador moderno, sempre foi simpatizante dos recursos tecnológicos em suas metodologias na educação usando meios como: projetor de slides, radio, televisão, computadores entre outros recursos tecnológicos. Ele visou isso como algo agregador para a educação e em especial a alfabetização.

        O uso da tecnologia para o pedagogo não era algo que deveria ser feito de qualquer jeito, sem uma devida preparação.

        O primeiro elemento para uma práxis tecnológica diz respeito ao uso intencional, politico da tecnologia. Deve-se saber a intenção ideológica do uso tecnológico, deve-se identificar o que fundamenta praticas e usos tecnológicos, para combate-las ou mesmo reverter seu uso para as causas a que defende.

        O segundo elemento se da ao controle e domínio da tecnologia. Onde o trabalhador não pode se permitir, e se deixar levar pela alienação que as maquinas podem trazer em seus movimentos repetitivos sem a mínima noção do que esta acontecendo, fazendo tudo de maneira mecânica.

        O terceiro é a “redução tecnológica”. Para ele as inovações tecnológicas tem sido impostas de cima para baixo ou de fora para dentro, caracterizando uma verdadeira invasão cultural. A tecnologia deve ser compreendida, dominada e deve ser contextualizada.

        O quarto e último elemento diz respeito a nossa atitude diante da tecnologia em que Freire diz que deve ser criticamente curiosa, indagadora, critica e vigilante.

        Riscos proporcionados pela tecnologia

         A tecnologia traz muitos benefícios, mas também muitos perigos e para Paulo freire e importante enfatizar que a tecnologia não é a salvadora dos homens, mas também não é a grande causadora de seus males e que não é algo bom nem muito menos mal. Freire aponta a questão da geração da irracionalidade, onde as pessoas não sabem usar a tecnologia de maneira positiva como o exemplo das guerras e da destruição quase total de Hiroshima e Nagasaki, com bombas de alta tecnologia.

Freire critica também o dualismo de tecnologia x humanismo. Para ele a tecnologia e o humanismo não se excluem, e vai contra quem afirma que a tecnologia é um dos males do mundo moderno ou que o humanismo traz atrasos na tecnologia.

Ele aponta em seus pensamentos didáticos o controle imposto pelas câmeras de vídeo aos que hoje observam a intimidade dos alunos e os vigiam a todo o instante na “intimidade de seu mundo” tornando-se “corpos interditados, proibidos de ser”. Já nos professores a uma busca grande para mostrar serviço em busca de sustentar seu emprego. Sacrificando a liberdade com o controle e a autonomia com a repressão. Freire caracterizava isso como uma nova ditadura, a ditadura da sobrevivência, onde não se usava mais armas e sim modernas tecnologias.

Freire frisa que é de extrema importância colocarmos a tecnologia como meio de serviço do homem e não como “causas de morte” na criação de maquinas e tecnologias voltadas para o intuito da destruição do planeta e das pessoas. Preocupava-se bastante com o uso da tecnologia a serviço do capitalismo trazendo cada vez mais as pessoas a se inserirem a um meio consumista em que hoje em dia podemos perceber que cada dia mais tem trago para nossa geração um efeito desgastante e preocupante por trazer o desejo por coisas como satisfação emocional, para se sentir inserido a um grupo.

A tecnologia deveria servir utilizada pelos oprimidos em sua luta

facilitadora na produção promovendo discussões sociais e políticas para trazer cidadania para nós, mas tem sido usado como meio de facilitador para pessoas de má fé “como força indiscutível de manutenção da “ordem” opressora, com a qual manipulam e esmagam” Freire advoga que o desenvolvimento tecnológico deve ser uma das preocupações do projeto revolucionário.

Freire defende o uso de computadores como forma indiscutível de um avanço para a escrita, nos trazendo um mundo de possibilidades de correções ortográficas, o poder de poder adicionar multimidias e o apoio ortográfico que acelerou e muito a organização de textos e arquivos, dando um salto de mudança do que se tinha anteriormente com a máquina de escrever.

        Por fim, defendia o uso do radio no processo de alfabetização e de meios agregados como a televisão que deslumbram o processo em que ajudou no passar de seus pensamentos.


Visão Tecnológica - Jean Piaget

O conhecimento de algoritmos é construído mediante a interação do educando como o professor, do educando com os outros educandos, do educando com o conhecimento e a ação cognitiva desencadeada pela perturbação que o conhecimento sobre os algoritmos provoca no educando.

Para Piaget, as interações ocorrem por meio de ações transformadoras que modificam o sujeito e por meio dessa interação é implicado o desenvolvimento da interação do sujeito.

Vale lembrar que Piaget, não era um pedagogo em exercício de sua função, mas sim um cientista suíço que colocou a aprendizagem como um de seus estudos científicos biológicos dedicando assim, sua vida a submeter observações cientificas rigorosas no processo de aquisição de conhecimento pelo ser humano e em particular a crianças.

“Inteligência é adaptação e sua função estruturar o universo, da mesma forma como o organismo estrutura o meio ambiente.” – Piaget, 2007

Desse modo a interação do aluno e do objeto de conhecimento em meio a uma construção cognitiva adequada e estruturada, levam a compreensão e a resolução dos problemas.

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