Paulo freire
Por: 1234maria • 6/9/2015 • Trabalho acadêmico • 821 Palavras (4 Páginas) • 271 Visualizações
VIDA, OBRA E CONTRIBUIÇÕES TEÓRICAS DE PAULO FREIRE
Paulo Freire nasceu em Recife no dia 19 de Setembro de 1921 e depois da crise econômica e morte de seu pai, passou a viver com dificuldades econômicas. Sua primeira formação foi em direitos, porém seguiu carreira com o Magistério. Em 1963, em uma cidade do Rio Grande do Norte foi chefe de um programa que alfabetizou 300 pessoas em um mês. Em 1964 coordenava o Plano Nacional de Alfabetização e por conta do golpe militar ficou preso por 70 dias antes de se exilar. Deu aulas nos Estados Unidos e Suiça. Em 1979, voltou ao Brasil continuando seus estudos e se afiliou ao Partido dos Trabalhadores e entre 1989 a 1991 foi secretário Municipal de Educação de São Paulo. Morreu em 1997 de enfarte. Foi um dos maiores educadores do Brasil, e acreditava que a educação era conscientizar o aluno da sua situação oprimida e faze-lo agir para sua própria libertação e que o professor deveria desenvolver a criticidade do aluno. Freire era contra a educação tradicional, aonde o professor é detentor do conhecimento e o aluno receptivo. Ele dizia que a educação deveria inquietar os alunos, deveria causar curiosidade, espirito investigador e criatividade. Algumas das suas principais obras foram: Pedagogia do Oprimido (1970), Educação e Mudança (1979), Conscientização Teoria e Prática da Libertação (1979), Ação cultural para a liberdade (1981), Por uma pedagogia da pergunta (1985), A importância do ato de ler (1989), Pedagogia da Esperança (1992), Pedagogia da Autonomia (1996), Professora sim, tia não (1997), Pedagogia da Indignação (2000).
Paulo Freire se destaca pela educação de adultos e pela sua proposta de alfabetização por meio das palavras geradoras, ou seja, palavras que saem do cotidiano do educando e causa conscientização, reflexão da sua vida e do seu modo de viver e sua possibilidade de transforma-la e liberta-la. A alfabetização de Paulo Freire é descrita por Soares (2011):
“Só assim, nos parece válido o trabalho da alfabetização, em que a palavra seja compreendida pelo homem na sua justa significação: como uma força de transformação do mundo. [...] não é o método que é novo, não é um método de alfabetização que Paulo freire cria, é uma concepção de alfabetização, que transforma fundamentalmente o material com se alfabetiza; o objetivo com que se alfabetiza e as relações sociais em que se alfabetiza – enfim: o método com que se alfabetiza”. ( PLT – nº263 - pp. 119- 120).
Paulo Freire não criou um método, criou uma concepção de alfabetização que para ser significativa e eficaz deve ser como uma reflexão do mundo, do seu estilo de vida, do seu trabalho e aonde/porque esse homem se insere em tal lugar na sociedade, e é vista por ele como uma superação de consciência ingênua e se tornando uma consciência critica, e não só um método de aprender técnicas. A educação para ele é conscientização e liberdade. As aulas deveriam ser feitas por meio de diálogos, aonde o professor coordena o debate e o aluno é um participante de um grupo.
A concepção de Paulo Freire de alfabetização muda o material, o objetivo, e relações sociais que se alfabetiza, são selecionadas palavras que tenham significado cultural, social e politico e o professor dentro desse contexto deve mostrar a palavra e a representação visual e em seguida usa-se a silabação como técnica. Para Freire, o aluno deve aprender a ler o mundo, conhecendo a realidade para transforma-la, e o educador deve levar os desfavorecidos a romperem a cultura do silêncio para os tornar “sujeitos da própria história”.
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