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Pensamento Pedagógico da Escola Nova

Por:   •  27/3/2016  •  Resenha  •  1.259 Palavras (6 Páginas)  •  2.674 Visualizações

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O PENSAMENTO PEDAGÓGICO DA ESCOLA NOVA

  1. CONTEXTUALIZAÇÃO

A Escola Nova representa o mais vigoroso movimento de renovação da Educação depois da criação da Escola Pública Burguesa. Para tal renovação, contribuiu o desenvolvimento da Sociologia da Educação e da Psicologia Educacional.

  1. IDEIAS CENTRAIS DA ESCOLA NOVA

Em linhas gerais, a Escola Nova fundamentava-se nas seguintes ideias centrais:

  1. Ato pedagógico centrado na ação, na atividade da criança;
  2. Valorização da autoformação e da atividade espontânea, mediante o desenvolvimento de métodos de ensino ativos e criativos centrados no aluno;
  3. O desempenho de um duplo papel por parte da Educação: a Educação como instigadora da mudança social; e a Educação passível de transformação ante as mudanças na sociedade.

  1. PONTOS IMPORTANTES

Adolphe Ferrière (1879 – 1960) foi o pioneiro e um grande divulgador da Escola Ativa e da Educação Nova na Europa. Suas ideias estavam baseadas numa filosofia espiritualista, na qual “o impulso vital espiritual é a raiz da vida e fonte de toda atividade”. Entendia que o dever da Educação seria conservar e aumentar esse impulso de vida; e defendia que o ideal da escola ativa é a atividade espontânea, pessoal e produtiva.

Em 1899, fundou o Birô Internacional das Escolas Novas, com sede em Genebra, com vistas à uniformização das Escolas Novas. Postulava que a Escola Nova deveria ter a criança no centro das perspectivas educativas e deveria ser integral; ativa; prática e autônoma.

Fez severas críticas a Escola Tradicional, caracterizada pela gravidade, pela imobilidade (ou seja, é estática) e por não ser espontânea (é forçada).

Nos EUA, o educador norte-americano John Dewey foi o 1º teórico a formular o novo ideal pedagógico: o “learning by doing”, trazendo o princípio do que pode ser considerada uma metodologia. Para ele, a Educação continuamente reconstruía a experiência, devendo ser pragmática e instrumentalista. Postulava que a experiência concreta de vida sempre se apresentava diante dos problemas que a Educação poderia ajudar a solucionar.  

Segundo ele, diante de algum problema, há cinco estágios do ato de pensar: 1º) uma necessidade sentida; 2º) a análise da dificuldade; 3º) as alternativas de solução do problema; 4º) a experimentação de várias soluções até chegar a uma aprovada; 5º) a ação propriamente dita (que deveria ser verificada de maneira científica).

Cumpre ressaltar que Dewey via a Educação como processo (ideia de ciclo) e não como produto. Para ele, o objetivo da Educação seria o de aumentar o rendimento da criança, seguindo os interesses vitais dela e de acordo com os objetivos da nova sociedade burguesa (como pano de fundo).

Defendia a ideia do aluno como centro, como autor de sua própria experiência (Paidocentrismo) e, para a realização disso, seria necessário o desenvolvimento de métodos ativos e criativos centrados no aluno.

Nesse sentido, importante frisar a contribuição de William Heard Kilpatrick (1871-1965), com o desenvolvimento do método dos projetos. Este era centrado numa atividade (de preferência manual). Os projetos poderiam ser manuais, de descoberta, de competição e de comunicação.

Observa-se a preocupação de Kilpatrick com a formação do homem para a democracia e para uma sociedade em constante mutação. Para ele, a Educação baseia-se na vida para torná-la melhor, sendo o papel da Educação o de reconstruir a vida em níveis cada vez mais elaborados.

Kilpatrick classificou os projetos em quatro grupos: de produção; de consumo; de resolução de problemas; ou de aperfeiçoamento de alguma técnica.

Na Bélgica, o pedagogista Ovide Decroly contribuiu para a Escola Nova com o desenvolvimento do método dos centros de interesse. Para ele, esses centros de interesse seriam, basicamente, a família, o universo, o mundo vegetal, o mundo animal; e o ato de educar deveria partir das necessidades infantis.  

Difere do método dos projetos, porque os centros de interesse não possuem um fim nem implicam a realização de alguma coisa (opondo-se à ideia utilitarista do método dos projetos).

Para Decroly, as necessidades fundamentais de uma criança giravam em torno de: alimentar-se; proteger-se contra as intempéries e os perigos; e agir através de uma atividade social, recreativa e cultural.

Na França, o pedagogo Roger Cousinet (1881-1973) desenvolveu o método de trabalho em equipes (adotado até hoje). Ele se opunha ao caráter rígido das escolas memoristas e intelectuais francesas, defendendo a liberdade no ensino e o trabalho coletivo (em substituição ao aprendizado individual).

Cousinet inovou ao propor que o mobiliário escolar fosse despregado do chão para que os alunos pudessem rapidamente formar grupos em classe e ficar um de frente ao outro. Propôs etapas ao desenvolvimento do trabalho em grupo.

  1. AUTORES EM DESTAQUE

Maria Montessori (1870-1952) foi uma médica italiana que transpôs para crianças normais seu método de recuperação de crianças deficientes. Na Casa dei bambini, para a pré-escola, construiu uma enorme variedade de jogos e materiais pedagógicos que são ainda hoje utilizados em muitas pré-escolas.

Ademais, cumpre ressaltar que, pela primeira vez na história da Educação, construiu-se um ambiente escolar com objetos pequenos para que a criança tivesse pleno domínio deles: mesas, cadeiras, estantes, etc. E com o uso desses materiais concretos, as crianças distinguiam (pelo tato, pela pressão, etc.) cores, formas, espaços, ruídos e solidez.

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