Plano de Ação
Por: univespeu • 12/6/2022 • Projeto de pesquisa • 1.480 Palavras (6 Páginas) • 95 Visualizações
PROJETO[pic 1]
INTEGRADOR
PLANO DE AÇÃO
Integrantes |
Disciplina | Disciplina |
Tema escolhido pelo grupo com base no tema norteador da UNIVESP | Desafios da desigualdade social em uma escola waldorf particular que recebe estudantes provenientes de uma instituição destinada à comunidade carente. |
Título provisório do trabalho | “Acertando as Diferenças - Integração de crianças oriundas de instituições voltadas á comunidades carentes em escola waldorf particular ” |
Problema | A inclusão bem sucedida das crianças carentes no cotidiano e nas atividades multidisciplinares de uma escola waldorf particular. |
Objetivo | Auxiliar na transição da criança vinda de uma instituição para uma escola waldorf particular, gerando inclusão e equidade junto à toda a comunidade escolar. |
Polo(s) | Capão Bonito, Bom Jesus dos Perdões, Leme |
Orientador do PI | Maria Santos |
Descreva o processo de escolha do local de realização do PI.
No sudoeste do estado de São Paulo, encontra-se o município de Capão Bonito, com aproximadamente 50 mil habitantes. Localizado às portas do “ Vale da Fome”, como também é conhecido o Vale do Ribeira, a cidade carece de empregos e grande parte de sua população vive em situação de vulnerabilidade econômica e social. Em contrapartida, alguns dos maiores agricultores do Brasil (principalmente soja) se encontram na região, o que gera um grande contraste de classes sociais. Permeando este cenário, está a Associação Pedagógica Escola Waldorf Vale Encantado, uma escola particular, de pedagogia waldorf, que detém a parte “mais abastada” dos estudantes da cidade, ao mesmo tempo que recebe e acolhe alunos vindos de instituições destinadas à população carente, tal qual o CREAR - – Centro Recreativo Educacional Artístico Renascer, localizado na Vila Aparecidinha, bairro afastado do centro, um local de condições sociais bastante difíceis, contando com uma população em torno de 10.000 a 12.000 habitantes. É claro que esta miscigenação cultural e econômica é de extremo benefício, não somente aos acolhidos, mas também a toda a comunidade escolar que os acolhe, porém também se nota alguns pontos onde a congruência e a inclusão topam com alguns desafios recorrentes, e acreditamos que com a união de esforços e estudo dirigido talvez possamos auxiliar neste processo. A aluna Paula Moraes é “mãe waldorf” – como se chamam carinhosamente as mães dos alunos da Escola Vale Encantado – desde 2016 e percebeu essa situação, quando na sala de seu filho mais velho, havia um aluno com essas características de vulnerabilidade, e muitas vezes houve certa resistência dos pais da sala (sempre dos pais, nunca dos alunos) em relação à aceitação e principalmente, à colaboração para que o estudante carente pudesse seguir a mesma caminhada estudantil que os demais alunos, dotados de maiores posses econômicas.. |
Descreva como foi a conversa com a comunidade externa que participará do projeto e que acolheu o grupo.
Coordenadora geral do Crear : Peggy Foi feita uma primeira visita ao Crear, onde a Coordenadora Peggy nos recebeu e apresentou o local. Pudemos ver algumas crianças e seus trabalhos manuais. A pedagogia waldorf tem muita ênfase nas artes como forma de aprendizado e constituição do ser humano. Então eram variados os materiais e artesanatos, como madeira, lã, quadros e materiais orgânicos. Nos foi contada a história e luta diária para manter a instituição que acolhe mais de 200 crianças atualmente é vive principalmente de doações. Secretário do Vale Encantado: O sr. Tiago nos recebeu e fizemos uma visita aos mais de 20 mil metros quadrados onde se encontra a sede da Escola Vale Encantado. As crianças estavam em suas salas, muitas tocando instrumentos, outras estavam tendo aulas tradicionais enquanto algumas estavam na parte externa, mexendo na horta. Mãe alunos: Tivemos a chance de conversar com a Sra. Maria do Carmo, que é mãe de dois alunos contemplados pelo programa de “apadrinhamento “. Um aluno está no 7o e outro no 9o ano. Ambos entraram na escola particular aos 09 anos, no 2o ano, antes estavam no Crear. Ela pareceu muito feliz com a oportunidade de os filhos terem um ensino de excelência e ainda todo voltado para artes. Disse que sempre se dispõe para auxiliar nas muitas atividades extras da escola, onde são confeccionados os mais diversos itens pelas mães da escola e vendidos à toda a comunidade. Esse dinheiro proveniente destas vendas sempre é revertido para melhorias internas da própria escola. Mas disse que algumas vezes as crianças “ficam para trás “quando não têm os meios para participar de alguma atividade extra da escola. Disse que já enfrentou problemas internos da sala, junto às famílias quando tiveram que ser feitos rateios e similares. Disse que geralmente quem compra os materiais no início do ano são os professores e que se acabarem os filhos correm o risco de ficar sem, caso algum amigo não queira emprestas: doar. |
Descreva, a partir da conversa com a comunidade externa, quais problemas podem ser pesquisados e que se relacionam com o tema norteador definido pela UNIVESP.
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A escola detém muitos custos extras à mensalidade, fora os materiais especiais e específicos utilizados por todas as escolas waldorfs, tais como giz de cera de abelha, caneta tinteiro, cadernos artesanais sem pautas e com folhas de seda, pincéis, flauta, lãs e agulhas para tricô, etc e ainda, neste formato de ensino cada aluno deve levar por uma semana o lanche para toda a sala. É feito um revezamento entre todos os alunos (independentemente de ser proveniente do Crear ou outra instituição). E ainda existem passeios pedagógicos, para estudo de meio, conforme a matéria. Em se tratando dos alunos carentes, estes custos devem ser distribuídos pelas demais famílias da sala, mas algumas vezes quem acaba por assumir é o próprio professor, frente à resistência de algumas famílias, que não concordam em arcar com mais estes custos. |
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