Portfólio Fundamentos da Educação

Portfólio 1 – Educação Homérica

ALUNO – RAFAEL LIMA LÁZARO

R.A 8108630

[pic 3]Portfólio 1 apresentado para a disciplina Fundamentos da Educação, sob orientação da Profa. Dra. Maria Cecilia de Oliveira Adão.

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1. Educação Homérica.

A educação homérica tem como base a religião dos antigos gregos, que se fundamenta nas epopeias de Homero, a Ilíada e a Odisseia. Ulisses (Odisseu) e Aquiles eram os heróis que inspiravam o ideal de cidadão que se buscava na primeira paideia, formação educacional, grega. Fernandes afirma que “o que havia de mais importante na formação de um cidadão era a imitação dos grandes modelos, sobretudo dos modelos heroicos, que eram a expressão de virtudes como prudência, astúcia e coragem: características essenciais para a ação na vida prática^[1]”.

 A tensão entre deuses e homens-heróis, muito presente nas epopeias de Homero, é o que “forçava o homem a superar-se, a tornar-se um deus e a concorrer com eles” (Krastanov & Corrêa, 2013, p. 42). Esta disputa é outro aspecto fundamental da educação grega deste período, o cidadão não só segue o modelo de virtudes do herói, mas também compete com o objetivo de sempre superar-se, assim como os heróis. “O processo de formação dos jovens gregos efetuava-se por meio da disputa e da concorrência, já que se acreditava que esse era o caminho para o homem se desenvolver” (Krastanov & Corrêa, 2013, p. 43). Os jogos olímpicos é um bom exemplo do resultado desta cultura competitiva que os gregos possuíam neste período.

1. Teseu e o Minotauro.

A história começa quando Teseu já adulto, finalmente conhece seu pai Egeu, rei de Atenas. Enquanto ainda se regozijam por finalmente se conhecerem, Minos, rei de Creta, aparece para cobrar tributos à Atenas. O pagamento: sete donzelas e sete rapazes para serem deixados no labirinto do Minotauro (criatura metade homem, metade touro) e servirem de alimento para o monstro.

Teseu resolve ocupar um dos sete lugares de rapazes a serem jogados no labirinto para o sacrifício. Mas o príncipe tinha o objetivo de matar o monstro do labirinto, para que não houvesse mais sacrifício de jovens atenienses, e libertar Atenas dos grilhões de Creta. E assim o novo herdeiro do trono de Egeu vai em uma embarcação em direção a Creta.

Ao chegar em Creta, Teseu é visto por Ariadne, filha de Minos, que se apaixona por ele e resolve ajudá-lo a cumprir sua missão. A princesa entrega uma espada e um novelo de lã para ajudar o príncipe a sair do labirinto após o embate com o monstro. Teseu é bem sucedido e mata o Minotauro livrando para sempre os jovens atenienses de uma morte certa.

Havia sido combinado que caso os jovens atenienses conseguissem matar o Minotauro, ao invés de velas negras eles utilizariam velas brancas nos seus barcos. Mas os rapazes se esquecem deste detalhe e mantem o barco com velas negras. Vendo os barcos chegarem à Atenas com velas escuras, Egeu, acreditando ter perdido seu filho, se joga ao mar e morre afogado.

Mesmo muito triste com a perda do pai, Teseu é escolhido como o rei de Atenas pelo povo.

1. Os mitos e a educação.

A história de Teseu e o Minotauro exemplifica muito bem o modelo de herói virtuoso, que inspirava a formação do cidadão Grego no período homérico. Graças à coragem, inteligência e habilidades de combate, Teseu foi capaz de derrotar o Minotauro. As virtudes dos heróis inspiram a formação base do indivíduo na Grécia nesta época.  

Apesar de já ter uma história precedente de feitos extraordinários, Teseu é elevado ao patamar de herói, pois libertou Atenas, e seu povo, do domínio que Creta exercia. A capacidade de se superar e elevar-se ao patamar de herói é outro pilar importante da educação homérica, o ser humano sempre buscando a sua superação, muitas vezes inclusive, como já explicado, através da competição.