Portfólio Fundamentos da Educação
Por: JacquelinePaixao • 20/9/2020 • Resenha • 1.637 Palavras (7 Páginas) • 280 Visualizações
CENTRO UNIVERSITÁRIO CLARETIANO
Jacqueline da Paixão Alves
PORTFÓLIO
Atividade do Ciclo II
Curso: Formação Pedagógica em Pedagogia
Disciplina: Fundamentos da Educação
Tutora: Maria Cecília de Oliveira Adão
Pólo Uberaba - MG
2020
Disciplina: Fundamentos da Educação | Tarefa: Atividade do Ciclo II | |
Nome: Jacqueline da Paixão Alves | RA: 8108474 | Turma: DGPED2001 |
Após pesquisar o universo dos mitos gregos, escolheu-se a mitologia de Teseu e o Minotauro, por descrever o processo de superação do indivíduo, ou seja, o que narra a transformação da pessoa em herói. E além disso, este mito utiliza o bem ao maior número de pessoas, o que dá sentido a uma existência.
A demonstração de ser um grande guerreiro e valente inicia desde sua infância. Quando pequeno, estava em casa de seu avô que recebeu a visita do guerreiro Hércules o qual, ao tirar seu casaco de pele de leão e jogá-lo perto de onde estavam ele e outros amiguinhos, atitude que espantou os demais, mas ele ficou firme e ainda pegou um machado e caiu sobre a pele, como se estivesse lutando contra um leão.
Ele cresceu e ficou famoso por suas façanhas, como na aventura de Sínis, ladrão da estrada do istmo, o qual impunha às suas vítimas uma cruel tortura. Teseu enfrentou-o e após derrota-lo, o fez provar de seu próprio veneno. Em outra aventura, Teseu defrontou-se com um maníaco chamado Procusto, que ficava escondido numa caverna e fazia vítimas cortando os membros (se a pessoa era maior que a cova) ou esticando quando era menor. Teseu também liquidou com Procusto, embora a lenda não fale como o fez.
Mas a que o imortalizou definitivamente como herói foi a terrível batalha que travou com o monstro minotauro – tinha cabeça de touro e o restante do corpo na forma humana -, feito este que libertou seu povo de um sacrifício que seria eterno. Conta a lenda que Atenas tinha uma dívida com Minos, rei de Creta e por isso tinha que enviar, anualmente, sete rapazes e sete donzelas ao labirinto que Minos fizera construir em seu reino, onde vivia o Minotauro, monstro que se nutria de carne humana.
Teseu era filho do rei de Atenas. Em uma das ofertas, o príncipe pediu para ir no lugar dos jovens, pois tinha em mente que se matasse o monstro colocaria um fim ao sacrifício de seu povo. Após longa discussão, a teimosia de Teseu prevaleceu sobre a vontade do pai. Prometeu ao pai que, caso ele derrotasse a fera, retornaria com as velas brancas.
Ao chegar em Creta, Minos ficou furioso porque haviam desobedecido sua ordem de enviar sete rapazes e sete donzelas, ao que Teseu informou que ele era filho do rei e ofereceu a sua vida em lugar da deles, oferta aceita pelo rei. A filha do rei Minos, Ariadne, fascinada pelo jovem e ousado aventureiro, ensinou-lhe como sair do labirinto. Deu-lhe um novelo de lã, com o qual ele marcou o caminho de volta. Para não parecer injusto com o filho do rei dos atenienses, Minos jogou uma pequena adaga e um escudo dentro do labirinto e ordenou fechar a porta.
Teseu obteve glória e matou o Minotauro. Retornou à Atenas, levando consigo Ariadne. No entanto, ao fazer uma parada na ilha de Naxos, ele a deixou lá e seguiu viagem sozinho. Não se soube a razão dessa atitude de aparente ingratidão.
Quando adentrou com seu barco os portões de Atenas, e tendo se esquecido de desfraldar a vela branca - o que havia combinado com seu pai em caso de vitória – e tendo seu pai visto isso, pensou em derrota e morte de seu filho, e suicidou-se no mesmo instante, retirando ao herói seu prazer da vitória. Assim, tornou-se rei.
Tentando estabelecer a explicação sobre a relação entre o mito e os pressupostos básicos da educação homérica, precisamos compreender sua definição. Sabe-se que a educação homérica, que ocorreu no período da Grécia antiga, tinha como base os poemas da Ilíada e Odisseia criados por Homero, sendo que essa educação, devido não haver domínio da escrita, era uma transmissão oral, e o ostracismo era a estratégia pedagógica, na qual acreditava-se que, através da disputa, concorrência, competição, o indivíduo podia alcançar a excelência.
A Educação Homérica não se preocupava com métodos de aprendizagem, e sim, estava direcionada em determinar a finalidade da educação e aos meios para concretizá-la. Por isso, a preocupação educacional não se dirigia somente à criança, mas também e, sobretudo, ao adulto que essa criança se tornaria. Neste mito, Teseu, descrito como uma pessoa corajosa, benevolente e sábia, mostra muito sobre as vontades humanas e como devemos continuar frente às batalhas, frente aos labirintos da vida. Não podemos perder o fio condutor do bom senso, mas precisamos estar ligados a algo seguro, que nos ofereça a condição de nos aventurar, mas ofereça a possibilidade de retornar. Simboliza as transformações que devem ocorrer ao longo da vida de cada um para que possa se desenvolver adequadamente.
E a educação não tem esse objetivo? Contribuir para o desenvolvimento integral do ser humano, para que possa ser capaz de realizar a leitura do seu mundo, do mundo à sua volta e se desenvolver na visão humana, como ser humano, buscar o autoconhecimento. A necessidade latente de buscar a si mesmo e de compreender de onde vem as suas ações existe na jornada do herói. Outras relações que se pode tirar é: quem não tem seu minotauro? Quem não tem em si o animal e Deus?
Lembrando o artigo 1° da Lei das Diretrizes e Bases da Educação Nacional (1996), o qual se refere à educação como uma prática abrangente dos processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nos movimentos sociais, nas organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais. Neste sentido, a educação engloba os costumes, hábitos e valores. Dentro desta perspectiva, pode-se visualizar a educação grega como aquela que se desenvolve nas relações interpessoais de cada indivíduo.
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