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Pratica de Componentes Curricular

Por:   •  13/5/2019  •  Pesquisas Acadêmicas  •  5.693 Palavras (23 Páginas)  •  265 Visualizações

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PPC (Pratica como componente Curricular em Didática)

RESUME

Essa síntese promove debate sobre os aspectos constitutivos da Prática como Componente Curricular‐ PCC. Ela é um dos elementos que compõe a totalidade do conjunto de orientações expressas nos documentos oficiais dos cursos de formação inicial de professores. Para o desenvolvimento do trabalho, foram algumas resoluções utilizadas, São elas: as resoluções n.01 e 02 do CNE/CP/2002 e seus respectivos pareceres, bem como a literatura na área educacional, a partir de 3 conceitos fundamentais que possuem relação imediata com a PCC: trabalho didático; formação para a competência e relação teoria e prática. Então o trabalho tem como objetivo falar sobre a constituição da PCC no trabalho didático nos cursos de licenciatura. A intenção deste ensaio nasceu da prática docente em cursos superiores, e a busca por esclarecimentos levou a entendimentos que a PCC é parte constitutiva do trabalho didático, aparecendo nas orientações oficiais num momento em que, no nosso paisl, é largamente divulgação do modelo de competências. Ao instituir ligação com o trabalho didático, a PCC possui, em sua essência, a organização orientada pelas transformações do modo de produção em cada época, e atualmente prova o dano, perda do conceito de prática do estrago material ou moral da práxis na formação do indivíduo.

Introdução

Essa tese toma uma visão para refletir um tema particular da formação de professores para a educação básica no país, a Prática como Componente Curricular – PCC. A recorrência do resumo sobre a formação no início de professores tem sido intensa, principalmente na academia, por meio dos espaços de pesquisa nos cursos de mestrado e doutorado. Não diferente do da discursão da incompetência nestes locais, a organização dos currículos dos cursos de formação docente constitui‐se preocupação central nos colegiados, pois, desde 2002, quando da aprovação das Diretrizes Curriculares Nacionais para Formação de Professores da Educação Básica (CNE/CP, 2002a), a PCC revela‐se necessária no trabalho didático dos professores das licenciaturas. Este ensaio procurará problematizar algumas questões que na literatura da área não constituem tema que interpõe um recurso de debate pois toma uma das especificidades da formação docente. Desse modo, durante a tentativa de compreensão da PCC ‐ suas definições, características e pronunciações com outros campos da formação docente, foi possível estabelecer relações com conceitos estudados no debate educacional atual, como a sua pequena ligação com o entendimento de competência e a valorização da relação da teoria e da prática. Logo, as análises da formação docente nos aspectos relacionados – teoria e prática, formação para a competência, tomaram dimensões maiores do que apenas a simples relação com a PCC. Para estes, as abordagens apreendidas à luz dos princípios que orientam o método dialético, implicam em não compreender um objeto apenas em seus aspectos aparentes, mas nas relações com o modo de produção e sua influência na educação e, no caso em particular, da formação docente. Vendo o motivo teórico utilizado nos trabalhos dos autores citados, percebemos a aproximação da PCC com o trabalho didático, compreendido como “o conjunto das relações envolvidas na atividade do profissional do professor docente e que estão, por sua vez, condicionadas pela organização da atividade escolar”. Foi necessário trazer para este ensaio, a partir do conceito de trabalho didático/ docente, mais este aspecto como forma de tornar mais consistente os elementos que compõem a PCC, uma vez que o método dialético pressupõe a compreensão da totalidade do real. Portanto, os conceitos de teoria e prática, competências e trabalho didático totalizam o conjunto de análise que inicialmente pareciam alienáveis à PCC. Mas, qual o conceito de PCC? Apesar de não possuir uma definição teórica/clássica, a PCC aparece nos documentos oficiais como sendo “o conjunto de atividades formativas que proporcionam experiências de aplicação de conhecimentos ou de desenvolvimento de procedimentos próprios ao exercício da docência” (BRASIL, CNE/CP  2005, p. 03). Dessa forma, a PCC torna‐se parte do trabalho didático do professor das licenciaturas, pois, mais do que uma estratégia metodológica, constitui‐se como elemento de importância para o currículo acadêmico na formação docente. Anterior à definição do parecer CNE/CP 15/2005, outro parecer, o 28/2001 esclarece que a PCC “é uma prática que produz algo no âmbito do ensino” (BRASIL, CNE/CP, 2001, p. 09). Deste modo, está articulada com o estágio o que favorece a formação da identidade do professor. A PCC, segundo a Resolução CNE/CP 02/2002b, que institui a duração e a carga horária dos cursos de licenciatura possui duração de 400 horas, juntamente com as demais dimensões, a saber, estágio curricular, conteúdos curriculares de natureza científico–cultural e atividades acadêmico‐científico‐culturais. Do conjunto destas, deverá ser garantida a articulação teoria‐prática. Por fim, afirmamos a intenção deste trabalho, isto é, debater a constituição da PCC no trabalho didático docente nos cursos de licenciatura. Dito de outro modo, investigar a relação da PCC com outras definições que permitem compreendê‐la a partir de sua particularidade, tomando como pontos para análise os conceitos que a complementam, como a relação teoria e prática e a formação no modelo de competência. O interesse pelo tema advém da inquietação da prática docente no ensino superior em cursos de licenciatura, bem como da falta de clareza sobre os conceitos que envolvem a PCC, pois ela é um elemento pedagógico e parte constitutiva de uma política educacional maior, referente à organização dos cursos superiores na formação inicial de professores.   O artigo traz, inicialmente, um debate teórico sobre o trabalho didático com o objetivo de compreender a organização da escola, uma vez que é por meio dele que a educação assimilou a retórica capitalista nos diferentes momentos históricos. Tomaremos o momento do surgimento da escola moderna de Comenius como ponto de partida para esta reflexão, chegando aos anos de 1990, quando a educação no Brasil, passou por transformações decorrentes da política neoliberal e da influência dos organismos multilaterais para a definição das diretrizes educacionais. Numa segunda seção, o texto abordará a relação teoria e prática, porque estes são conceitos, mormente citados nos documentos oficiais e sua articulação constituem a PCC, ainda que este também indique relação com o modelo de formação para as competências. Assim, o texto articula conceitos que num primeiro momento parecem não se complementar, mas que na verdade, por meio desta reflexão, aponta para uma total articulação

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