Princípios para a construção de currículos multiculturalmente orientados

Autor (es) Antonio Flavio Barbosa Moreira; Vera Maria Candau

PALAVRAS-CHAVES DO TEXTO currículo ; multiculturalismo; Orientador social

DESCRIÇÃO DO ASSUNTO

O capítulo quatro trata da construção do currículo educacional multicultural e orientado, que leve em consideração a inclusão do saber social e a formação crítica do educando. Baseado em diálogos, pesquisas, além de novas práticas e procedimentos, que darão suporte ao processo de ensino aprendizagem mais cultural e diversificado.

RESUMO

Segundo os autores, um currículo multicultural requer uma nova postura dos educadores e gestores, que priorize as distintas manifestações culturais e o saber social dos alunos, com atividades pedagógicas diferenciadas. É necessário ultrapassar o “daltonismo cultural” de alguns trabalhadores da educação, que incidem diretamente na formação dos educandos por meio do currículo oculto, o que pode limitar a formação crítica. Cabe ressaltar que o currículo multicultural deve priorizar a formação do educador, com vistas a compreender a diversidade e a pluralidade existentes nas salas de aula, que tornam a educação um processo complexo, pois deve ser pensada no indivíduo. São usadas como estratégias para formação do educador: a análise de estudos/pesquisas de casos reais, a vivência e experiência da cada educador, que trate, principalmente, sobre as situações de preconceitos, desrespeito e discriminação. Neste sentido, a reformulação do currículo, é o momento para repensar as diferentes práticas pedagógicas culturalmente orientadas, com abordagens didáticas que compreendam as diferentes etnias e cultura, deixando o ensino tradicional para abarcar a construção de saberes técnicos e populares, através de discussões multidisciplinares. Por fim, o ideal é transformar a “elaboração do currículo em um espaço de crítica cultural” composto por músicas, danças, filmes, anúncios, brincadeiras, poemas e entre outros.. considerando a interação com museus, espaços de pluralidade cultural, estudos e pesquisas escolares.

APRECIAÇÃO CRÍTICA DA OBRA

Certamente as escolas terão dificuldades para se adaptar aos novos formatos de currículos que contemplem a pluralidade e as diferenças, pois estão enraizadas na formação tradicional tendo em vista as dificuldades de formação dos educadores, instabilidade política, falta de investimentos em políticas sociais e recursos para educação, que tendem a neutralizar o processo educacional privilegiando a formação homogênea e padronizada.

No entanto, é um desafio necessário repensar a escola como espaços para contemplar a diversidade, a diferença e as diversas culturas, com vistas ao enfrentamento dos diversos tipos de preconceito.

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