Projetos e Praticas de Ação Pedagógica Educação Infantil

• Situação problema:

Sabemos que a inclusão social na primeira infância é a base para o desenvolvimento do caráter humano. Após presenciamos tragédias ligadas  ao desrespeito e a intolerância no ambiente escolar desenvolvemos o projeto “EU E O MUNDO” visando proporcionar às crianças do 2° ano do ensino fundamental , um estudo acerca do universo social ao seu redor , afim de explorara receptividade ás diferenças, aprender sobre o respeito e ética, incentivar construção de relações afetivas, ensino do não preconceito e criar maior sensibilidade. Mostrando que todas as crianças devem ter a possibilidade de integrar-se ao ensino regular, mesmo aqueles com dificuldades, transtornos de aprendizagem, deficiências, transtorno de comportamento, ou até mesmo distúrbios do desenvolvimento.

Incluir socialmente uma criança especial não é somente colocá-la em meio a uma comunidade ou matricula-la dentro de uma escola regular, mas, além disso priorizar a qualidade das condições onde a criança com deficiência permanecerá. Para isso é necessário que as pessoas em geral estejam dispostas a mudar essa realidade, focando não somente nas diferenças e sim na capacidade de desenvolvimento intelectual de cada criança.

Considerando as dificuldades que uma criança especial apresenta em seu desenvolvimento educacional, é importante oferecer um ambiente escolar que ajude a criança abandonar a postura de quem apenas recebe conhecimento dos outros, e que ao contrário disso, incentive a busca pelo seu próprio conhecimento.

O educador, além da família, também desempenhará uma grande importância para o desempenho e desenvolvimento social do aluno com deficiência pois será no ambiente escolar que este aluno entrará em contato com outras crianças. E independente das diferenças, o papel do professor em sala é ensinar que todos são iguais.

• Justificativa:

Toda criança tem o direito à educação. Não importa a idade, cor, classe social, suas características físicas ou intelectuais. Portanto, ensinar sobre as diferenças e proporcionar um olhar mais sensível, é garantir a possibilidade de estudar em um ambiente prazeroso, cheio de amor e respeito. Em nossa cultura, ainda muito preconceituosa, verifica-se a diferenciação de tratamento para cada tipo de aluno, e constata-se a exclusão por parte de alguns educadores. Infelizmente, isso é comum. Entretanto, com algumas mudanças de hábito, é possível reverter esse quadro.

Temos que mostrar, que a deficiência não é um fator limitador no meio educativo onde ela está inserida, mas sim um ponto de partida para a junção de forças e apoios educativos. A partir dessa proposta, esperamos quebrar alguns tabus que cercam a educação, pois este assunto requer um movimento de adesão, não somente a uma proposta em grupo, mas sim um movimento de cada indivíduo.

A inclusão social não é uma tarefa fácil, mas ela é possível. Se a realidade enfrentada hoje em dia é difícil, precisamos buscar forças para transforma-la. O que buscamos hoje é um ambiente escolar em que os direitos de todos sejam respeitados, para isso devemos refletir muito sobre este assunto, já que é a base da reflexão e observação que se constrói a ação pedagógica.

• Objetivo:

Promover a conscientização coletiva, familiarização, respeito e empatia, de crianças de 7 a 8 anos, acerca da convivência social com os diferentes cenários presentes na sociedade atual (raça, cor, deficiência física ou mental, instrução escolar, situação financeira, etc.)

• Objetivos específicos:

1. Oferecer oportunidades e condições que estimulem a percepção de si e do outro;
2. Refletir sobre a importância do respeito mútuo nos diversos contextos vivenciados pelos alunos;
3. Conhecer as diferenças;
4. Favorecer o relacionamento interpessoal, com ações e atitudes positivas;
5. Desenvolver uma sensibilidade pelo próximo.

• Percurso metodológico:

1. Trabalhar com livro, contação de histórias, músicas, filmes, vídeos relacionados ao tema da inclusão social, exemplificação sempre que, ao conviver com as diferenças criamos sempre novas possibilidades;
2. Atividades perceptivas, abordando o reconhecimento próprio e coletivo como indivíduo. Exploraremos a expressão “quem sou eu” e “como é o mundo”, propondo uma atividade, onde os alunos irão desenhar seu autorretrato e ressaltar suas características físicas, após isso, deverão desenhar seus colegas de sala, seguindo os mesmos critérios. Por fim, realizaremos comparações, onde enfatizaremos o pensamento crítico ao realizar questionamentos como, “existe diferença? é bom ou ruim?”. Buscaremos enfocar a importância de aceitar e respeitar as diferenças nos grupos que
3. participamos no nosso dia-a-dia.
4. Criaremos um mural, que irá funcionar como uma linha do tempo, onde todos os dias as crianças irão colocar seus próprios registros acerca do aprendizado obtido, tendo assim, uma forma concreta de visualizar o conteúdo ensinado.
5. Organizaremos visitas a instituições de pessoas com deficiência, incentivando a interação e a criação de laços afetivos, como forma de despertar um olhar mais sensível acerca das diferenças.
6. Realizaremos uma experiência prática para entender como críticas, palavras ruins e xingamentos podem nos fazer mal. Iremos apresentar aos alunos duas plantinhas em sala de aula, iremos classifica-las como: 1°plantinha das boas atitudes e a 2° a plantinha das más atitudes. Durante uma semana, iremos reunir os alunos e pedir para que eles falem elogios e palavras de incentivo para a Plantinha das boas atitudes, em seguida iremos pedir para que eles pronunciem críticas e palavras ruins para a Plantinha das más atitudes. No fim da semana, iremos comparar as plantinhas e refletir sobre como as palavras negativas e críticas agressivas podem nos ferir e prejudicar. Obtendo assim, uma maneira de evitar os casos de bullying, fazendo com que os alunos desenvolvam uma consciência social de respeito e empatia.

• Recursos:

Neste projeto iremos usar livros, músicas, vídeos, filmes infantis sobre diversidade e respeito as diferenças. Aparelho de multimidia (televisão, notebook, projetor, etc.), tinta guache, algodão, pinceis, cola branca, cola quente, barbante, TNT, EVA, papel, cartão, giz, lápis coloridos e mudas de planta.