Promoção do Conhecimento em Uma Sociedade Imediatista

Promoção do conhecimento em uma sociedade imediatista

Com o desenvolvimento da tecnologia digital inicia-se uma nova sociedade onde os indivíduos são escravos do presente, mais especificamente escravos do agora.  As atualizações em redes sociais, e-mails e acesso imediato ao “mundo” por aparelhos de mídia móveis nos tem roubado a capacidade de planejar. Temos vivido numa sociedade onde somos forçados a nos curvar diante da urgência do momento e desempenhar diversas tarefas ao mesmo tempo.

Essas transformações tecnológicas geram a fragilização dos sentimentos e uma dissonância cognitiva, ou seja, as inúmeras ideias fragmentadas que recebemos se perdem diante da incapacidade de organizar a somatória de passado, presente (imediato) e futuro. O significado original das coisas tem se perdido, já que  somos direcionados á cultura do imediatismo, sabendo que através de um clique podemos fazer nossas escolhas, muitas vezes sem qualidade e totalmente imaturas gerando a  infantilidade e vitimização. Nos dias atuais há uma tendência a buscar a inocência diante da responsabilidade, a infantilidade nesse aspecto tem crescido constantemente, bem como o fenômeno da vitimização, que é nocivo e tem servido para atingir os objetivos grupais  causando graves  danos sócio- emocionais  na sociedade.

Em uma sociedade onde a materialização das emoções não tem acontecido pela ausência de relações afetivas ricas e significativas, os ambientes geradores de inteligência estão cada vez mais escassos. Sabemos que o controle das emoções é fator essencial para o desenvolvimento da inteligência do indivíduo, e transportando essa relação para a sala de aula, um dos poucos ambientes capazes nos dias atuais de gerar   inteligência, algumas atitudes simples e viáveis podem desencadear vivências ricas e significativas resultando em uma  promoção de conhecimento eficaz.

As emoções favorecem a convivência, a interação e a ação e podem ser trabalhadas pelo professor em situações do cotidiano escolar, utilizando por exemplo, a  arte em todas as suas derivações, para a materialização dessas emoções resultando na capacidade dos alunos em lidar com seu auto conhecimento e a  potencialização de suas habilidades e consequentemente  propiciando a promoção do conhecimento. Percebemos então que diante da cultura do imediatismo, cabe ao professor ser o elo entre a realidade do aluno e a possibilidade da materialização de suas emoções, sendo assim um agente na geração de inteligência no ambiente escolar e na   promoção do conhecimento.