Psicogênese da língua escrita
Por: Williams Pineli • 2/5/2018 • Resenha • 867 Palavras (4 Páginas) • 147 Visualizações
Nome: Williams David Pinel - RA: 8013315[pic 1]
Disciplina: Fund. e Mét. do Ensino de Língua Portuguesa e Matemática
Ciclo de Aprendizagem: 2 Curso: Licenciatura em Pedagogia
PORTIFÓLIO 1: PSICOGÊNESE DA LÍNGUA ESCRITA
Emília Ferreiro e Ana Teberosky através de uma pesquisa com fundamentos psicolinguistas, esperavam mostrar que a aprendizagem da leitura, que era entendida como questionamento a respeito da natureza, é a escrita, e isso, começa muito antes do que a escola pensa, passando por caminhos verídicos. Além das metodologias, dos manuais, dos recursos didáticos, há um indivíduo que busca a aquisição de conhecimento.
Depois da descoberta do processo de aquisição da língua escrita, por crianças, Ferreiro investigou se sua pesquisa fosse aplicada em adultos analfabetos encontraria os mesmos resultados. Portanto, a pesquisa revelou que o analfabeto adulto, percebe que “ele não sabe” e isso é um sentimento muito aguçado, assim, se sente impossibilitado de tentar escrever.
Quando a criança se encontra no Nível Pré-Silábico ela expressa sua escrita através de desenhos, rabiscos e letras usadas aleatoriamente, sem repetição. A criança não percebe que as letras têm relação com os sons da fala, imagina que a palavra inscrita representa a coisa a que se refere.
O caminho para o Nível Silábico é realizado através de atividades que vincula a palavra escrita com a palavra falada. O aluno escreve uma letra para cada sílaba, porém só ingressará para o nível silábico, a partir do momento que seus registros tiverem relação sonora.
As crianças podem passar pelas fases pré-silábica e silábica, chegando finalmente a fase alfabética, diferentemente dos adultos. No Nível Alfabético, o educando analisa nas palavras suas vogais e consoantes. Embora a criança já está alfabetizada, escreve ainda foneticamente (como se pronuncia), registra os sons da fala, portanto não considera as regras ortográficas da escrita padrão.
O construtivismo, de acordo com a Psicogênese da língua escrita, veio para colaborar na melhoria da qualidade da alfabetização, porém vem mudando de maneira drástica a linha de ensino das escolas e levando os professores a um grande conflito metodológico. É corriqueiro ver um professor misturando construtivismo com silabação, fazendo que a construção de palavras seja um exercício de memorização.
A má interpretação da Psicogênese da língua escrita nos mostra algumas consequências e orientações equivocadas: Definição de alfabetização - Alfabetização ou Letramento.
A alfabetização é um processo de aprendizagem onde se desenvolve a habilidade de ler e escrever e essa habilidade é utilizada como um código de comunicação com o seu meio.
Muitas crianças já vão para a escola com o conhecimento alcançado de maneira informal absorvido no cotidiano, pois o letramento é cultural. Na alfabetização é trabalhado o que é específico. Um indivíduo letrado é capaz de se informar por meio de jornais, interagir, seguir receitas, criar discursos, interpretar textos, entre outros. Um indivíduo alfabetizado não significa necessariamente um indivíduo letrado. Alfabetização e letramento são processos distintos, mas que devem ser realizados simultaneamente.
Nas propostas construtivistas dizia que para trabalhar com a realidade e interesse dos alunos, era necessário explorar rótulos, receitas, embalagens, panfletos. Entretanto, o gênero textual que predominou na alfabetização foi a literatura infantil. O professor contava a história e logo após, pedia aos alunos recontar e ele, sendo o escriba, escrevia na lousa, alegando que os alunos aprenderiam só de vê-lo escrevendo.
Um outro equívoco era que o professor não precisava ensinar, porque a criança aprendia sozinha. Contudo, um professor construtivista deve aplicar atividades que relacionem as letras com o som da fala, que exercitem conhecimentos na leitura e escrita, entre outras atividades que auxiliem o aluno no processo de alfabetização.
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