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Psicologia da Saúde x Psicologia Hospitalar:

Por:   •  5/3/2021  •  Resenha  •  962 Palavras (4 Páginas)  •  246 Visualizações

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O texto Psicologia da Saúde x Psicologia Hospitalar: Definições e Possibilidades de Inserção Profissional, traz algumas reflexões sobre o que é a psicologia da saúde e a psicologia hospitalar, refletindo ainda, sobre nossa formação considerando a realidade brasileira e o atual mercado de trabalho.

Segundo a (APA, 2003) A Psicologia da Saúde tem como objetivo compreender como os fatores biológicos, comportamentais e sociais influenciam na saúde e na doença. O Colégio Oficial de Psicólogos da Espanha (COP, 2003) conceitua a Psicologia da Saúde como a disciplina ou o campo de especialização da Psicologia que aplica seus princípios, técnicas e conhecimentos científicos para avaliar, diagnosticar, tratar, modificar e prevenir os problemas físicos, mentais ou qualquer outro relevante para os processos de saúde e doença. Esse trabalho pode ser realizado em distintos e variados contextos, como: hospitais, centros de saúde comunitários, organizações não governamentais e nas próprias casas dos indivíduos.

Conforme Castro e Bornhold (2004) A psicologia da saúde já é uma área consolidada internacionalmente, conquistando espaço na américa latina e especificamente no Brasil, porém apesar do seu crescimento, observa se a insuficiência de psicólogos nos setores da saúde e a escassez de produções cientificas. Segunda as autoras a denominação de “Psicologia da Saúde” é problemática, suscitando discussões sobre o que seria essa área clínica, área da saúde e área hospitalar. Psicologia da saúde diz sobre a problemáticas da saúde mental, já psicologia hospitalar diz sobre aspectos físicos da saúde física e da doença. Seguindo esse princípio, a psicologia da saúde é colocada como uma área mais ampla a fim de incorporar os conhecimentos das ciências medicas da psicologia clínica e da psicologia social comunitária tendo sentido na promoção e na educação para a saúde priorizando intervenções de âmbito social.

As autoras buscam definir o que é a psicologia hospitalar, de acordo com a definição do órgão que rege o exercício profissional do psicólogo no Brasil, o CFP (2003a), o psicólogo especialista em Psicologia Hospitalar tem sua função centrada nos âmbitos secundário e terciário de atenção à saúde, atuando em instituições de saúde e realizando atividades como: atendimento psicoterapêutico; grupos psicoterapêuticos; grupos de psicoprofilaxia; atendimentos em ambulatório e unidade de terapia intensiva; pronto atendimento; enfermarias em geral; psicomotricidade no contexto hospitalar; avaliação diagnóstica; psicodiagnóstico; consultoria e interconsultoria.

As autoras apresentam a hipótese de psicologia da saúde ser denominada psicologia hospitalar no Brasil, devido a centralização das politicas de saúde desde os anos 40, na atenção secundaria e terciaria, tornando o hospital um símbolo máximo de atendimento em saúde, de modo que as ações referentes a saúde coletiva foram negligenciadas.

Segundo as autoras o termo psicologia hospitalar é inadequado, uma vez que prioriza o local de atuação do profissional e não as atividades por ele desenvolvidas, os autores Chiattone, Castro e Bornholdt defendem que a concepção de psicologia hospitalar é um estratégia de atuação, inclusa dentro da psicologia da saúde devendo, portanto, ser chamada de psicologia no contexto hospitalar. Rodríguez-Marín (2003) esclarece que a Psicologia Hospitalar é, então, o conjunto de contribuições científicas, educativas e profissionais que as diferentes disciplinas psicológicas fornecem para dar melhor assistência aos pacientes no hospital. As autoras destacam que muitas vezes o próprio profissional  de psicologia não sabe quais são suas tarefas e atividades dentro de uma instituição hospitar. Rodriguez-Marín (2003) sintetiza as seis tarefas básicas do psicólogo que trabalha em hospital: 1) função de coordenação: relativa às atividades com os funcionários do hospital; 2) função de ajuda à adaptação: em que o psicólogo intervém na qualidade do processo de adaptação e recuperação do paciente internado; 3) função de interconsulta: atua como consultor, ajudando outros profissionais a lidarem com o paciente; 4) função de enlace: intervenção, através do delineamento e execução de programas junto com outros profissionais, para modificar ou instalar comportamentos adequados dos pacientes; 5) função assistencial direta: atua diretamente com o paciente, e 6) função de gestão de recursos humanos: para aprimorar os serviços dos profissionais da organização.

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