Reflexão Entre Autor e Situação no Cotidiano
Por: MARLUCE10 • 17/10/2022 • Trabalho acadêmico • 333 Palavras (2 Páginas) • 104 Visualizações
Presenciei a aula da professora do Pré-Escolar 1 (4 a 5 anos), o planejamento era obter relatos pessoais que envolvessem a emoção das crianças. Por este motivo, solicitou que os alunos relatassem como foi a Páscoa e o Natal.
Os alunos tinham muito a contar, quase não esperavam a sua vez para poderem falar, a professora precisou organizá-los. Foi surpreendente ouvir tantos relatos carregados de emoção e com a maioria dos alunos afirmando já terem visto o Coelhinho da Páscoa entregando os ovinhos e o Papai Noel na noite de Natal entregando os presentes (estavam em casa ou outro local junto aos familiares, não se tratava de shopping). Interessante foi perceber que havia uma fala em comum, eles diziam que quando tentaram falar com esses “personagens”, eles foram embora.
O positivo desta aula foi que a professora conseguiu extrair muitos relatos que tomassem as crianças de emoção. Contudo, ela não conseguiu perceber até que ponto aquilo foi algo vivido, fantasiado ou ambos. Deste modo, para um relato mais fidedigno, a professora poderia ter perguntado sobre uma festa de aniversário deles que mais gostaram.
Diante deste episódio, podemos fazer inferência a Piaget, pois quando a criança está no estágio pré-operacional ou simbólico (2 a 7 anos) seu pensamento é dominado pela representação imagística de cunho simbólico. Pouco dissocia fantasia da realidade por ter um pensamento egocêntrico e é capaz de criar uma realidade particular ou que corresponda ao seu imaginário.
Assim, é possível afirmar que não foram os alunos que não atingiram os objetivos propostos, mas a professora que não realizou uma proposta adequada à fase de desenvolvimento de seus alunos.
MACIEL, M. R. et al. A infância em Piaget e o infantil em Freud: temporalidades e moralidades em questão. Psicologia Escolar e Educacional, v. 20, n. 2, p. 329–338, 1 ago. 2016.
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