Reflexão sobre o histórico e identidade do trabalho pedagógico
Por: Jéssica Felix • 5/7/2019 • Trabalho acadêmico • 642 Palavras (3 Páginas) • 162 Visualizações
Refletir sobre o histórico, a identidade e as políticas que amparam a função da coordenação pedagógica.
O presente texto busca apresentar uma reflexão sobre o histórico, a identidade e as politicas que amparam a função da coordenação pedagógica, procurando articular com as ideias dos textos propostos. A coordenadora pedagógica aqui definida pelo gênero feminino, visto que o cargo é ocupado em sua maioria pelo mesmo, se trata de um sujeito histórico que é determinado por configurações que acontecem principalmente pela estrutura oficial da escola e a do sentido que a(o) coordenadora (o) confere às atribuições que lhe são feitas. Os processos pedagógicos são atribuições principais que nem sempre são efetivados.
A coordenadora pedagógica tem como papel fundamental na gestão de processos escolares e na formação de professores, que são um dos caminhos para a melhoria da qualidade da educação além da valorização e incentivação da coletividade para a construção de um ambiente reflexivo onde a referência maior seja as crianças, os jovens e adultos, alunos, no horizonte de um projeto libertador.
A visão errada sobre as atribuições que essa profissional deve assumir faz com que ela seja vista, e se veja, como “dona do saber” e de todas as respostas, se tornando um sujeito que não se vê no coletivo e assume sozinha os problemas. Não se pode achar que sozinha a CP salvará todo o espaço escolar e o desmonte dos professores, somente através da coletividade será possível traçar um caminho para a melhoria do espaço. Com esse olhar se torna um grande desafio a construção da identidade dessa profissional, pois se reconhece de modo singular, detentora do poder, se tornando autoritária trazendo para si o constrangimento e um sentimento de perda de identidade profissional.
A formação identitária das coordenadoras se revela no movimento de tensão das funções legais, da escola e seus atores e as identificações a elas relacionadas que as coordenadoras pedagógicas assumem, sendo acentuado pelas contradições presentes já que se confrontam com as trajetórias pessoais e profissionais. É necessário refletir sobre o seu papel para equilibrar suas funções de austereza onde as práticas pedagógicas sejam estruturadas onde cada um e todos se tornem co-responsáveis pelo processo ensino-aprendizagem. Esse olhar é necessário para que essa indefinição não traga o desafio presente na construção do seu perfil profissional, assim delimitando seu espaço de atuação. O único ponto observado, em comum, do processo de sua constituição identitária tem as características da docência.
Pensar o papel da coordenadora pedagógica sob a ótica das politicas públicas leva a refletir sobre a formação dessa profissional, visto que a ideia de formação de um novo profissional para essa função veio com o parecer 252/1969 que instituiu as habilitações do curso de Pedagogia. Encontramos diferentes denominações em cada unidade escolar: supervisor escolar, pedagogo, orientador pedagógico, coordenador pedagógico, professor coordenador, entre outros e mesmo com diversas denominações nota-se que a presença de um profissional com o objetivo de “acolher, provocar, subsidiar e interagir”, como Celso Vasconcellos diz na entrevista ao Jornal do Professor.
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