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Resenha Pedagogia da Autonomia

Por:   •  18/6/2019  •  Resenha  •  911 Palavras (4 Páginas)  •  292 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL

ALFABETIZAÇÃO – TEORIA E PRÁTICA I

BIBIANE LOUÍSI HELFENSTEIN

PEDAGOGIA

4ª FASE

Resenha da obra:

PEDAGOGIA DA AUTONOMIA

Saberes necessários à prática educativa

Paulo Freire

        Essa resenha trata-se da obra Pedagogia da Autonomia – saberes necessários à pratica educativa, 57ª edição, datada do ano de 2018. O livro divide-se em três títulos principais – Ensinar exige rigorosidade metódica, Ensinar não é transferir conhecimento e Ensinar é uma especificidade humana – cada um com nove subtítulos.

        Paulo Freire inicia sua obra com uma breve introdução, intitulada Primeiras Palavras, falando sobre a ética, como marca da natureza humana, algo indispensável à convivência humana, que reconhece o outro e reconhece a si mesmo. E esse ser que se reconhece, age, pensa, por opção e capacidade de escolha, necessita a instauração da ética e da responsabilidade.

        Ao longo do primeiro capítulo, prática docente: primeira reflexão, Paulo freire expõe as primeiras exigências ao ato de ensinar, falando muito sobre a ética e o pensamento crítico. Além disso, fala sobre como se deve dar o ato de ensinar, não como algo metódico, e sim como a construção de uma visão crítica sobre a realidade, ensinando não apenas por ensinar, mas sim, ensinar a pensar e a pensar da maneira certa.

        Para Freire, o ensinar exige que o professor respeite o saber dos alunos, suas vivências e o conhecimento que ele traz do cotidiano e, em cima desse saber, trabalhar a realidade do aluno, de forma a instigar a curiosidade crítica, que sugere o pensamento crítico, outra exigência do ensinar, a criticidade. Para isso, instigar a curiosidade do aluno é algo fundamental.

        No segundo capítulo do livro, Ensinar não é transmitir conhecimento, fala sobre a postura do professor enquanto educador, como um pessoa de responsabilidade, que enxerga a sociedade com uma visão crítica, buscando o melhor para seus alunos, mas não apenas eles, e sim, o reconhecimento de toda sua classe diante da sociedade.  

Para Freire, ensinar é criar as possibilidades necessárias para que os alunos construam seu próprio conhecimento, e que não basta o professor saber disso, o aluno deve ter em mente que a construção do conhecimento é vivenciada diariamente.

        O ensinar como construção do conhecimento exige a consciência de que nunca estará completo, sempre haverá algo a mais a ensinar e aprender. O aluno, como um ser pensante, é alguém com vivências e escolhas diferentes dos demais alunos. Como todas as pessoas, ele tem autonomia para fazer suas escolhas, o que torna cada ser diferente do outro, dando-lhe o direito de ser respeitado por ser quem é.

        O professor, como ser humano, deve ser uma pessoa capaz de respeitar as diferenças que seus alunos venham a ter, empático, que consiga se colocar no lugar do outro, humilde, capaz de trazer da realidade, ideias que fomentem a criticidade dos alunos, um pesquisador curioso, que faça seu trabalho com alegria e principalmente esperança de um futuro melhor. O professor deve ser aquele que defende seu trabalho e seus direitos como de toda classe educadora, e que, carregue em si, a certeza de que mudar é possível, e que, essa mudança começa com o trabalho dele.

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