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Resenha Sobre Durkheim

Por:   •  11/3/2019  •  Resenha  •  894 Palavras (4 Páginas)  •  238 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ – UFC

FACULDADE DE EDUCAÇÃO – FACED

CAMPOS BENFICA

CURSO PEDAGOGIA

Janaina Mércia Gonçalves de Oliveira

Sociologia 1- Prof. Heulalia Charalo Rafante

Durkheim

Fortaleza – CE

2018

        Este texto tem como objetivo apresentar de forma resumida as análises de Émile Durkheim a respeito dos acontecimentos de seu tempo, suas preocupações com a sociologia, que foi aprimorada por meio de seus estudos e suas contribuições para um melhor entendimento da sociedade.

        Émile Durkheim (1858-1917) foi um sociólogo francês formado em filosofia, adepto do positivismo, foi um dos responsáveis pela fundação e organização da sociologia. Considerado por muitos o pai da sociologia, Durkheim teve como uma de suas preocupações proporcionar à sociologia o status de ciência. Ele acreditava que da mesma maneira que ciências naturais como química, física e biologia podem analisar seus objetos de estudo com objetividade e neutralidade, a sociologia também poderia. Para ele, uma das características da sociologia seria a objetividade do conhecimento, em outras palavras, caberia à sociologia realizar o estudo sistemático das realidades sociais que moldam as ações dos indivíduos na sociedade e para isso ele qualificou o fato social como o objeto de estudo da sociologia. Mas o que seria fato social para Durkheim? Fato social são as formas de agir, pensar e sentir do indivíduo, no entanto são exteriores a ele, isto é, que são impostas pela sociedade. Os fatos sociais são elementos que constituem a sociedade e que possuem três características, são elas o poder de generalização, a exterioridade e a coercitividade. Para que um sociólogo fosse capaz de analisar o fato social, seria necessário deixar sua subjetividade de lado, de forma que ela não atrapalhe suas análises. Dessa forma, seria possível analisar os fatos sociais como coisas e só então conseguir a mesma objetividade das ciências naturais na sociologia.

        Durkheim formulou sua própria definição de sociedade, ele diz que a sociedade não é a simples soma dos indivíduos e sim um sistema que constitui determinadas realidades com características próprias. Ele via a sociedade como um organismo vivo e como em todo organismo vivo, para que tudo ocorresse bem, todas as partes deveriam cumprir suas funções para manter o organismo em plena atividade. Para isso a sociedade criou suas próprias regras, normas e leis que norteavam a maneira de agir dos indivíduos e que garantissem a sua continuação. Essas tais normas e leis são passada pelo meio moral, e o meio moral é originado pela colaboração que há entre os indivíduos. Ele chama esse processo de cooperação entre indivíduos de divisão de trabalho social.

        Diante disso, Durkheim tinha uma visão positiva da revolução industrial, acreditava que a divisão de trabalho que veio junto com a era industrial traria a solidariedade que faltava entre os homens. Essa solidariedade social subentende a existência de uma coesão social que estabelece vínculos entre os indivíduos. Ele acreditava que a especialização profissional desempenhada por cada indivíduo o tornaria mais dependente do outro, trazendo assim mais união, que Durkheim denominou de solidariedade orgânica. Ao contrário da solidariedade mecânica (onde os indivíduos exercem funções semelhantes e não há uma grande divisão de trabalho), a solidariedade orgânica é regida pela diferença, ou seja, as pessoas dependem umas das outras pois fazem coisas diferentes, coisas que as outras pessoas não conseguem fazer, por tanto dependem umas das outras para viverem em sociedade.

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