Resumo: A Liberdade (Cap. 22)

Resumo: A Liberdade (Cap. 22)

• A Liberdade como problema: Contraponto com uma situação externa, uma porta fechada, um vasto mundo, árvore milagrosa: a felicidade parece depender do que se encontra dentro de nós, estando longe do nosso alcance. Contraponto com a realidade exterior, uma chave por dentro, coração mais vasto do que o mundo: a felicidade parece depender de nossa liberdade como problema.
• A Liberdade como questão filosófica: a liberdade nesse quesito se apresenta com dois pares opostos: o par necessidade-liberdade( pode ser formulado em termos religiosos e científicos), e o par contingência-liberdade( pode ser formulado pela oposição acaso-liberdade. Necessidade, termo empregado pra referir ao todo da realidade. Fatalidade, usado quando pensamos em forças superior as nossas. Determinismo, refere às relações causais que regem a realidade controlada pela ciência. Necessidade, fatalidade, determinismo, significa que não há lugar para a liberdade, tudo na nossa vida já está fixado, sem podermos intervir. Contingência e acaso, não tem um curso, não tendo como intervir.
• Alguns exemplos: • exemplo da necessidade oposta à liberdade: Não escolhi nascer nessa época, num determinado país, numa determinada família. • exemplo da contingência oposta à liberdade: por acaso, aconteceu isso, por acaso, tivesse  nascido em outra ocasião.
• Três grandes concepções filosóficas da liberdade: Na história, necessidade e contingência foram representadas por figuras da mitologia. A primeira, pelas Três Parcas ou Moiras, representando a fatalidade. A contingência (ou o acaso) era representada pela Fortuna, mulher volúvel e caprichosa.
• As concepções de Aristóteles e de Sartre: A Liberdade se opõe ao que é condicionado externamente (necessidade) e ao que acontece sem escolha deliberada (contingência).  • Aristóteles: para ele, a liberdade é concebida como o poder pleno, para autodeterminar-se.  • Sartre: para ele, a liberdade é a escolha incondicional que o próprio homem faz de seu ser e de seu mundo, é como a necessidade e a fatalidade, não podemos escapar dela. É ela que define a humanidade dos humanos, dele escapatória.
• A concepção ética que une necessidade e liberdade: essa concepção não mantém a oposição entre liberdade e necessidade, mas afirma que a necessidade é a maneira pela qual a liberdade do todo se manifesta. Liberdade não é escolher é deliberar, mas agir ou fazer alguma coisa em conformidade com a natureza do agente que, no caso, é o todo. O todo pode ser a natureza (no caso dos estoicos), a substância (no caso da Espinosa) ou o espírito como história (no caso de Hegel).
• Liberdade para escolher e para fazer: Para os estoicos, ser livre é agir conforme à natureza seguindo suas leis necessárias e, conforme à natureza do agente, seguindo uma vontade pessoal dirigida pela razão. Para Espinosa, assim como o todo age livremente pela necessidade de sua essência, assim acontece com o indivíduo.
• Vida e Morte: São acontecimentos simbólicos, são significações, possuem sentido e fazem sentido. Os filósofos existencialistas disseram: a existência precede a essência, significando que nossa essência é a síntese final do todo de nossa existência. Morrer é um ato solitário. Morre-se só: a essência da morte é a solidão. O morto parte sozinho; os vivos ficam sozinhos ao perdê-lo. Resta saudade e recordação.
• O eu e o outro: Entre o eu e o outro como sujeitos e pessoas, portanto, como seres conscientes , livres e responsáveis. Nenhuma experiência evidencia tanto a dimensão intersubjetiva da vida e da vida ética quanto a do diálogo. Porque a vida é intersubjetividade corporal e psíquica, e porque a vida ética é reciprocidade entre sujeitos.

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