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Resumo Crítico: Psicogênese da Língua Escrita

Por:   •  5/12/2019  •  Trabalho acadêmico  •  731 Palavras (3 Páginas)  •  287 Visualizações

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PEDAGOGIA - LICENCIATURA

                   

Disciplina:

Fundamentos e Métodos do Ensino de Língua Portuguesa e Matemática

Tutor:

Alessandra Corrêa Farago

RA:

8081956

Aluno(a):

 Thaís Oliveira Soares

Turma:

DGPED1901GOIA2O

Unidade:

Graduação EAD – Polo Goiânia

O artigo de Mendonça busca apresentar resultados de aspectos linguísticos pertinentes psicogênese da língua escrita de Emília Ferreiro e Ana Teberosky, em que a criança desenvolve a aprendizagem da língua escrita por fases bem definidas, um processo que não se inicia na escola, mas que o desenvolvimento deve se dar pela instituição onde passará a orientar a alfabetização e letramento de modo planejado, com o professor mediando a criança e a escrita, criando estratégias que possam propiciar o contato do aprendiz com o objeto social que a escrita de modo que ela possa pensar e agir sobre ele. Outros agentes, como os outros alunos com um nível de escrita mais avançado, também podem ser informantes dessas relações de descobertas em que o aluno possa passar.

Esse modelo construtivista desenvolve em sala de aula um método muito mais inovador e importante pois permite que o aluno seja agente participativo dessa construção da escrita, encontrando problemas e soluções, se desenvolve muito mais participando ativamente de todo o processo. A teoria da Psicogênese da Língua Escrita criada por Emília Ferreiro e Ana Teberosky há mais de 20 anos serviu para contribuir na melhoria da qualidade da alfabetização abalando crenças mudando a linha de ensino mas gerando um grande conflito metodológico, apesar de trabalhar o construtivismo os professores acabam indo para a silabação e segundo GROSSI (1985), "não há uma seleção e ordenação de letras ou palavras para vivenciar[...]  as crianças têm contato com todas as letras e com qualquer palavra[...] alfabetizar é muito mais que manejar a correspondência entre sons e letras escritas". Portanto o grande problema é que a didática silábica mostra-se necessária um novo olhar, "reparos" e que "Emília Ferreiro nunca condenou didática alguma, não prescreveu métodos nem os indicou".

As autoras demonstram que a necessidade de excluir o sistema silábico na verdade é para substituir as ações mecanicistas das cartilhas e  que segundo Freire (1989), a análise das sílabas precisa ver uma leitura do mundo que o aluno, o que para Lemle é o estalo que desperta o aprendiz. Logo para Ferreiro, o candidato a didática silábica procede a consciência fonêmica e uma consciência do mundo ao redor.

As consequências dos equívocos da interpretação da psicogênese vem a partir da elaboração de propostas impactados pelo trabalho de Ferreiro e Teberosky tentando metodizar a Psicogênese da Língua Escrita.

Um grande equívoco é a má interpretação da definição de alfabetização e letramento sendo a alfabetização a compreensão do sistema  de escrita, o domínio de uma técnica do ler e escrever. Já o letramento o domínio do código de leitura e de escrita, sendo dois processos completamente distintos, porém indissociáveis e que devem caminhar lado a lado, a fim de assegurar um processo de aprendizagem de qualidade sendo sistematicamente ensinado merecendo esforço e dedicação.

Outro equívoco que perdurou por muito tempo é que a criança aprende sozinha, que o professor não precisaria ensinar, que a criança aprenderia só em  vê-lo lá na frente sendo apenas um mediador. Deve-se lembrar que na época da divulgação da psicogênese, as cartilhas e a silabação foram proibidas na atividade alfabetizadora e o professor perdeu então sua liberdade de atuação em sala de aula.

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