Resumo da Obra “Gestão Escolar, Democracia e Qualidade do Ensino”,

CLARETIANO

REDE DE EDUCAÇÃO

GESTÃO E ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO NA EDUCAÇÃO BÁSICA

MARIANA FERREIRA PERES DOS SANTOS

RA: 8065971

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS/ SP

2018

A obra “Gestão Escolar, Democracia e Qualidade do Ensino”, de Vitor Henrique Paro, professor titular da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP), aborda, na perspectiva da educação, questões teóricas e contextos de investigação sobre a qualidade do ensino nas escolas públicas, e a participação dos pais, dos alunos, da comunidade e dos Conselhos escolares, em prol de um sistema de ensino democrático e produtor de conhecimento. As discussões estão baseadas em resultados de pesquisas as quais o próprio autor está vinculado.

Com base na obra do autor, podemos afirmar sobre a qualidade do ensino das escolas públicas da educação básica que a estrutura do Estado brasileiro é precária, e que se focou muito em atender ao elemento quantidade, deixando de lado a qualidade.

Em outras palavras, para Vitor Henrique Paro a qualidade do ensino das escolas públicas é ruim, e isso se deve a inúmeros fatores, tanto à má estrutura nas escolas, onde os alunos são acomodados em edifícios com condições precárias de funcionamento (com falta de material de toda ordem, com salas numerosas, que agridem um mínimo de bom senso pedagógico)  e são atendidos por funcionários e professores com salários cada vez mais desmotivadores (que mal lhes permitem sobreviver, quanto mais exercer com competência suas funções) e também por uma política quantitativa, que renega a necessidade da qualidade juntamente à quantidade. Que quer apenas atender à todos sem visar a qualidade de ensino, se estes “todos” estão realmente aprendendo como forma de conhecimento para vida, ou apenas aprendendo para ir bem nas provas. É preciso indagar a respeito do que é que o Estado está oferecendo na quantidade da qual ele tanto se vangloria.

Ainda, sobre a qualidade de ensino nas escolas públicas, podemos ressaltar os inúmeros desafios que devem ser superados pelos professores que atuam nos anos iniciais do Ensino Fundamental das escolas brasileiras. Segundo a pesquisadora Vanda Moreira Machado Lima, a profissão de professor tem em si algo ambíguo, mesclando diariamente sentimentos muito diversos.  Em um mesmo dia, em uma mesma turma, com um mesmo aluno o professor vivencia o sentimento de alegria com seu desenvolvimento em uma atividade, mas, de repente, entristece -se com uma atitude dele ou mesmo se revolta com as condições de vida desse aluno.

Os desafios encontrados pelos professores se distribuem em vários itens:

O aluno que, como ser ativo é livre, mas muitas vezes é forçado a ir à escola. Isto significa que “a escola não é escolhida livremente, ela é imposta, e isso, inevitavelmente suscita resistências importantes em certos alunos. É preciso transformar os alunos em atores, em parceiros da interação   pedagógica. Nada, nem ninguém pode forçar um aluno a aprender se ele mesmo não optar por se empenhar no processo de aprendizagem. Outro desafio consiste na tomada de decisões sem muito tempo para reflexão. O professor constantemente faz escolhas difíceis entre fazer a turma avançar rapidamente ou cuidar dos alunos com dificuldades, afastar os alunos que perturbam ou procurar integrá-los ao grupo.