SEM ALFABETIZAÇÃO NÃO HÁ CIDADANIA
Por: Amália Raquel • 18/1/2017 • Trabalho acadêmico • 1.325 Palavras (6 Páginas) • 273 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO – UFMA
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS
CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM PEDAGOGIA
SEM ALFABETIZAÇÃO NÃO HÁ CIDADANIA
São Luís – Ma
2015
Amália Raquel Ribeiro de Sousa
Gonçalo Bispo Barros Neto
SEM ALFABETIZAÇÃO NÃO HÁ CIDADANIA
Trabalho apresentado a Disciplina de Fundamentos e Metodologia do Ensino de Língua Portuguesa como pré-requisito para obtenção de nota.
Orientadora: Profa. Me. Adriana Maria de Oliveira Ramos Lima.
São Luís – Ma
2015
SEM ALFABETIZAÇÃO NÃO HÁ CIDADANIA
Um dos graves problemas que enfrentamos em nosso país é o elevado índice de analfabetismo, responsável por gerar a exclusão social e econômica de uma parcela significativa da população, bem como seu afastamento nas decisões políticas e do acesso às várias formas de expressão da cultura. Logo, não saber ler nem escrever é estar privado de exercer plenamente a cidadania.
De acordo com o último levantamento divulgado pela UNESCO em 2014, através do relatório Educação Para Todos (2005-2011), o Brasil possui a oitava maior população de adultos analfabetos com cerca de 14 milhões de pessoas e concentra 38,5% dos adultos analfabetos da América Latina. Outra questão preocupante é a falta de creches para crianças de zero a 3 anos e de pré-escola para as de 4 a 5 anos.
No que diz respeito a educação nas séries iniciais, o Brasil alcançou a universalização com aproximadamente 97% de alunos matriculados, porém as avaliações negativas quanto a qualidade do ensino ofertado sinalizam que o país precisa avançar bastante.
Logo, faz-se necessário um esforço coletivo entre o Estado, escola e a comunidade para garantir a alfabetização plena através de políticas educacionais comprometidas com a educação pública e de qualidade, de uma gestão escolar democrática e também da formação de educadores que propiciem um ambiente alfabetizador, rico em estímulos para a leitura e a escrita.
Sabemos que a alfabetização não se limita a ensinar a soletrar e a assinar, mas ao domínio da leitura e da escrita como práticas socioculturais que permitam a atuação dos sujeitos, de forma crítica, sobre sua realidade social, transformando-a. Práticas fundamentais para a integração do homem a cidade, ao acesso dos bens culturais e materiais e a todo tipo de informação e conhecimento, contribuindo assim, para a formação de cidadãos/cidadãs de direitos.
Infelizmente ainda encontramos muitas escolas brasileiras com padrões convencionais de ensino, cujos métodos de alfabetização propõem textos sem sentido, a partir da memorização e decodificação das letras. Tratando-se de textos incapazes de atrair o interesse das crianças porque estão desvinculados do contexto sociopolítico dos alunos.
Ressaltamos que o educando já se comunica por meio da fala e desenvolve sua oralidade, evidenciando assim, as variações linguísticas que devem ser consideradas durante todo o processo de ensino-aprendizagem, bem como suas percepções sobre a produção escrita que estão em sua volta. Neste sentido Goulart (2003) aponta que:
“Receber um grupo de alunos numa sala é entrar em contato com muitos sistemas de referências mais ou menos diferenciados; [...] os modos como os alunos expressam suas vivências, crenças, sentimentos e desejos são suas formas subjetivas de apresentar seus conhecimentos e suas relações com o mundo”. (GOULART, 2003, p.100).
A criança traz para a escola conhecimentos espontâneos sobre a linguagem oral e escrita, decorrentes do mundo letrado o qual esta inserida e a escola necessita diagnosticar estes conhecimentos que serão referências para as atividades propostas.
Portanto, a escola deve proporcionar um ambiente de diálogo, onde a troca de experiências e conhecimentos seja um processo dinâmico, e que o educador possa respeitar a criança e seu repertório cultural e sua história de vida. Privilegiando o olhar da criança, aquele que pede, questiona, que pode ser desafiado a construir conhecimento, tornando-se protagonista no processo educativo.
Ao longo de todo processo, a proposta pedagógica da escola deve priorizar o envolvimento da família como um dos fatores que também determinam o sucesso na alfabetização dos alunos, considerando que na realidade, muitas crianças tem contato com a leitura somente na escola.
Já o papel do professor é incentivar a leitura e a escrita de diferentes tipos de textos – livros de literatura infantil, poesia, bulas, receitas, jornais, rótulos, placas, anúncios, etc - mediante o uso de estratégias e metodologias adequadas para cada faixa etária e a partir de temas relacionados com a realidade do aluno.
É importante também oportunizar a prática da escrita, individualmente ou em dupla, através da redação de bilhetes, convites, notícias recados, para um leitor que exista, real, objetivando a compreensão dos sentidos da escrita como possibilidade de comunicar algo a alguém.
METODOLOGIA PARA O ACESSO A ESCRITA E A LEITURA
Para que a cidadania seja exercida com sucesso, é necessário que o cidadão tenha como base a aquisição da leitura, pois ela proporcionará a ele o acesso às informações, sendo assim, portanto, um cidadão atualizado e informado.
A escola, que tem como função formar cidadão, é uma das instituições responsáveis pela alfabetização dos cidadãos em formação. Por isso, o uso de estratégias e metodologias adequadas para cada faixa etária, é de extrema importância, pois o educador preocupa-se em provocar nos seus alunos, o interesse pela leitura.
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