Sobre a Escola Ideal - O Papel do Professor

Resumo

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Rubem Alves sobre A escola ideal - o papel do professor

Rubem Alves tem uma visão bem diferente do papel do professor e entende que o objetivo da educação é pensar, trazer curiosidade. Vai além do ensino das matérias convencionais como Português e Matemática.

Relata uma experiência pessoal onde uma menina o observa e através da curiosidade desta criança em saber o que era o objeto que ele estava usando, foi possível ensiná-la, não só para que servia o objeto (uma trena) que é medir, mas também a ensinou sistema decimal através dos centímetros marcados nela.

Houve uma interação, uma curiosidade que a fez perguntar, aprender.

Fala sobre a leitura, que não deve ser imposta, mas sim tida por exemplo e que os professores não devem dar respostas prontas, isso se encontra nos livros, na internet, mas que devem sim provocar a curiosidade, a inteligência.

Ainda sobre a leitura, ele conta sobre o seu encantamento por ela. Que quando era pequeno, sua professora lia Monteiro Lobato e todos silenciavam, era um prazer aquele momento para todos.

Hoje a leitura é imposta e além disso, algumas vezes usada fora do seu contexto literário.

Ele fala sobre a escola da Ponte, da qual inclusive, já escreveu um livro.

Trata-se de uma escola em Portugal, totalmente fora dos padrões tradicionais de ensino. Professor e aluno são companheiros e os alunos não são avaliados por nota. Nota não representa o que o aluno pensa.

Para ele a educação deveria ser ligada à vida!

Sobre a educação brasileira ele cita que as escolas são baseadas hoje pelos vestibulares, em seus livros didáticos, apostilas. E afirma que depois de dois anos do término dos estudos se esquece o que não se aprendeu de verdade.

Então a avaliação do ensino não deveria ser feita logo depois da finalização dos estudos e sim dois anos depois, pois o que fica depois do esquecimento é o que verdadeiramente aprendemos.

Alves foi um dos criadores do novo vestibular da Unicamp, queria algo que medisse a capacidade de pensar do aluno e não sua memória. Foi então escolhida a redação para que o aluno pudesse pensar por conta própria.

Ele defende que somos movidos pelos sentimentos e não por idéias e que a transformação da educação no Brasil passa pelo professor, que é o ponto central desta transformação.