TDAH NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Por: Pricila Melo • 17/9/2018 • Artigo • 1.176 Palavras (5 Páginas) • 265 Visualizações
TDAH NA EDUCAÇÃO INFANTIL
MELO, Pricila de Fáveri Candiotto de. RU 1516345.
ALMEIDA, Elisete Canteli de. RU 1506161.
POLO SOMBRIO- SC
UNINTER
Resumo
Nosso artigo visa demonstrar as dificuldades e acertos no que diz respeito ao atendimento e a inclusão de uma criança diagnosticada com Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) que está inserido na rede pública de ensino. Acompanhamos a rotina de um aluno do 1˚ ano do ensino fundamental de uma das escolas municipais de nossa cidade, questionamos seus pais, professores e alguns funcionários da instituição de ensino, com o objetivo de elucidar pais, professores, demais funcionários e a comunidade escolar sobre o assunto em questão e apresentar sugestões de atividades e métodos que facilitem o processo de ensino aprendizagem para que este seja concreto e bem-sucedido.
Palavras-chave: TDAH. Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade. Inclusão. Alfabetização.
Introdução
O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade tem causas genéticas, é uma disfunção neurobiológica que geralmente tem seu diagnóstico confirmado na infância, ficando mais evidente no período escolar, que é quando a criança irá necessitar de acompanhamento e estimulação de professores capacitados e comprometidos em incluírem ela não só na turma, mas na sociedade, pois este distúrbio irá acompanhar o indivíduo por toda sua vida.
É um dos transtornos mais comuns, ocorrendo em 3 a 5% das crianças em idade escolar do mundo, sendo mais comum em meninos. Caracteriza-se por desatenção, impulsividade e inquietude.
Apesar dos vários estudos e pesquisas científicas que comprovam a existência do transtorno, algumas pessoas ainda alegam que o TDAH não existe, que é má criação das crianças por parte de seus pais ou ainda que é invenção da indústria farmacêutica. Porém, ele é real e segundo os Professores Luíz Rohde e Paulo Mattos, "desinformação, falta de raciocínio científico e ingenuidade constituem uma mistura perigosa."
Desenvolvimento
1. Definindo TDAH
"Designação do transtorno neurobiológico que, tendo sua origem genética, é observado na infância; a desatenção, a inquietude e a compulsividade são os sintomas mais comuns desse transtorno." (Dicio, Dicionário Online de Português).
Trata-se de um distúrbio em que o indivíduo se mostra agitado e inquieto, fala muito, tem dificuldade de manter o foco por um período de tempo mais longo e de terminar tarefas, principalmente se estas forem repetitivas ou que não sejam do seu interesse. O esquecimento também se mostra presente nestas pessoas.
[...] um transtorno do desenvolvimento do autocontrole que consiste em problemas com os períodos de atenção, com o controle do impulso e o nível de atividade. [...] esses problemas são refletidos em prejuízos na vontade da criança ou em sua capacidade de controlar seu próprio comportamento relativo à passagem do tempo – em ter em mente futuros objetivos e consequências. Não se trata apenas (...) de uma questão de estar desatento ou hiperativo. Barkley (2002, p.35)
Assim como nosso aluno em questão, pessoas com TDAH facilmente se distraem, seja por estímulos externos como por pensamentos internos.
A professora responsável pela turma do 1º ano nos disse que " temos algumas dificuldades para manter a atenção do Aluno X, o foco dele muda muito rapidamente e as vezes demora para `fisgarmos` ele de volta.".
O TDAH é reconhecido oficialmente por diversos países e também pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
2. Tratamento
O tratamento de crianças com TDAH em fase escolar é multimodal, combina medicamentos, orientação aos pais e professores e técnicas ensinadas à criança por meio de terapia cognitivo comportamental, esta, aplicada por psicólogos.
Segundo Abram Topczewski (1999, p.02), são duas as abordagens para o tratamento do TDAH, a psicológica e a biológica, "medicamento corrige o comportamento, a reestruturação individual necessita de outra abordagem(...) o tratamento psicológico é necessário e até mesmo obrigatório nesses casos.".
O aluno X faz uso de medicamentos prescritos por seu psiquiatra e faz terapia com a psicóloga da rede municipal de ensino. Segundo sua mãe, a criança apresentou significativas melhoras após o início do tratamento. A professora também é muito importante neste processo, porque suas práticas buscam incluir o aluno na turma, não apenas integrá-lo.
3. Estratégias Pedagógicas para Alunos com TDAH
A professora do aluno X é pós graduada em Pedagogia e nos disse que ele é seu primeiro aluno com TDAH. O fato de já ter trabalhado com alunos com outros transtornos e deficiências ajudou quando este aluno chegou para ela, porém, ainda assim teve que dedicar muitas horas de estudo e aconselhamentos com a psicóloga e com a pedagoga da instituição escolar.
Isto foi de grande valia para montar um planejamento que o inclui nas atividades, de modo que as outras crianças o aceitem e auxiliem e que este aluno também se sinta à vontade na turma e que faz parte dela.
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