Trabalho de conclusao de aprendizagem TCA
Por: 33059878 • 16/8/2015 • Trabalho acadêmico • 773 Palavras (4 Páginas) • 527 Visualizações
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UNIUBE
UNIVERSIDADE DE UBERABA
INSTITUTO DE FORMAÇÃO DE EDUCADORES
CURSO A DISTÂNCIA DE PEDAGOGIA
TRABALHO DA CONSTRUÇÃO DA APRENDIZAGEM
ROSANGELA DA SILVA VIEIRA-RA 1100042
NOVA VENÉCIA-ES
MAIO-2015
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UNIUBE
UNIVERSIDADE DE UBERABA
INSTITUTO DE FORMAÇÃO DE EDUCADORES
CURSO A DISTANCIA DE PEDAGOGIA
MEMÓRIAS DA INFÂNCIA
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NOVA VENÉCIA-ES
MAIO- 2015
MEMÓRIAS DA INFÂNCIA
Nasci no dia 11 de setembro de 1977, na cidade de Nanuque MG, sou primogênita, tenho 3 irmãos. Minha mãe sempre diz que eu era magrela, dos cabelos encaracolados, olhos castanhos. Segundo minha mãe aprendi a andar com 10 meses, não gostava de tomar banho e pentear os cabelos era uma luta e tanto. Morávamos na roça e volta e meia meu pai me pegava no curral ou no poleiro das galinhas.
Eu era muito espevitada, não parava nem um minuto. Adorava brincar de cavalo- de- pau, de curralzinho, fazia cozinhado embaixo dos pés de árvores. À noite, como não tínhamos televisão, íamos todos pra casa da minha tia, assistir as novelas, quase dois quilômetros de distância da minha casa, mas era uma alegria imensa descer aquela enorme ladeira, grudados nos nossos pais, ansiosos por chegar logo. Às vezes, enquanto os adultos assistiam televisão, meus primos, meus irmãos e eu nos divertíamos, brincando de pique- esconde. Eram noites de muita alegria e joelhos ralados pelas constantes quedas.
Minha família era grande, meus tios moravam quase todos na mesma fazenda. No São João, nos reuníamos ao redor de uma fogueira imensa, comíamos biscoitos, milho assado na fogueira, era a época mais esperada por todos nós. Pois era única época em que vestíamos roupas novas. Minha avó sempre vinha, e na noite seguinte, todos os netos se reuniam ao “pé” do fogão a lenha, para ouvir as histórias, os famosos causos. Lembro-me que viajava nas histórias, me via como personagem, eram histórias do gigante, do João-de-meu Deus, do lobisomem, da lata de doce, entre outras.
Então, meu pai teve que mudar-se para cidade, (Itabaiana era o nome do lugar) era hora de colocar os filhos na escola. Me lembro que comecei a estudar com quase 8 anos. Eu era a maior da sala. Tinha medo de tudo, parecia um bicho do mato. Minha professora se chamava Maria José, era rígida, quase não sorria e sempre nos olhava por debaixo dos óculos. Quase no final do ano, tive que sair da escola, pois minha família sempre foi pobre, e meu pai sempre trabalhou na roça e na cidade ele não conseguiu trabalho. Foi um momento triste para mim, porque já tinha aprendido muita coisa e esperava ansiosa pelas férias, pois não sabia o que era as férias, e vivenciar isso pela primeira vez, era mágico.
Novamente na roça, as árvores já não me encantavam mais. Trouxe comigo uma boneca, presente de uma coleguinha, que era minha eterna companheira. Sentia muitas saudades de tudo, de brincar de roda, de boneca, de correr pelas ruas, dos coleguinhas da escola e até mesmo da professora rígida.
Só voltei para escola com 12 anos de idade. Tive que fazer o supletivo, pois já estava com idade avançada para as séries iniciais. Encontrei muitas dificuldades, principalmente porque era uma sala de aula cheia, e com alunos de idades e séries diferentes, isso dificultava tanto o aprendizado dos alunos, quanto o trabalho do professor, pois era único e precisava atender a todos. Mas aos poucos fui me adaptando e no final eu era a ajudante da professora na sala de aula.
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