Um Olhar na EJA
Por: 02051987 • 20/6/2016 • Trabalho acadêmico • 754 Palavras (4 Páginas) • 321 Visualizações
A observação na EJA – Ensino Fundamental foi realizado na Escola Municipal de Ensino Fundamental Gabriel Annes da Silva, sito na Rua Coroado, s/n, Bairro Rancho, CEP 98010.630, na cidade de Cruz Alta/RS. O contato com a Escola pode ser feito através do telefone (55) 3324-8050 e no endereço eletrônico gabrielannes.rs.@gmail.com. A Escola oferta atendimento na educação infantil e anos iniciais do ensino fundamental no período da manhã e tarde, e a Educação de Jovens e Adultos no noturno. Logo na introdução do Projeto Político Pedagógico da Escola surgem as seguintes concepções de Educandário, Sociedade e Educação: Confiamos que a sociedade seja cada vez mais capaz de integrar forças dedicadas ao benefício comum coletivo, afirmando a capacidade de reflexão sobre os problemas sociais. Reforçamos assim a compreensão da Escola como instituição capaz de cumprir responsabilidades e transformar a sociedade, no Projeto Político Pedagógico traz o objetivo da EJA que é justamente oportunizar acesso e permanência na escola gratuitamente àqueles que não tiveram acesso na idade própria. A observação ocorreu na totalidade 6 que corresponde ao 5º ano. A turma é formada por alunos que variam entre 16 e 43 anos de idade, sendo a maioria adolescente e do sexo masculino. A frequência dos alunos é boa, uma vez que esse é um dos métodos mais importante de avaliação, assim como os trabalhos em grupo e os cadernos completos.
O corpo docente é formado por profissionais qualificados nessa área, são oferecidos no currículo da Educação de Jovens e Adultos, português, matemática, ciências, história, geografia, artes e educação física. Não houve introdução de conteúdo novo no período da observação e sim retomada de conteúdos dados de aulas anteriores, conforme explica SOUZA (2012) o desafio do educador de EJA está em enriquecer a construção do conhecimento do aluno dessa modalidade com jornais, revistas, pesquisas, noticiários e outros eventos da vida cotidiana. Porém, foi visível, durante a observação, a dificuldade que os professores e coordenação têm em manter a ordem e a disciplina de alguns alunos, notou-se, certa falta de interesse, desrespeito aos professores e colegas, esse comportamento desleixado era visto da parte dos adolescentes que se utilizavam do telefone todo momento, perturbando a sala e causando divergência entre os alunos mais velhos que argumentavam estarem ali para recuperar o tempo perdido, ficava clara a falta de paciência com as infantilidades dos alunos mais novos. Como a clientela adulta trabalha durante o dia existe uma tolerância de horário para a chegada, o sinal de entrada é as 19h, os períodos são de uma hora, o intervalo é de 15 minutos e a saída é as 22h15. Com relação a indisciplina que atrapalha o aproveitamento daqueles que realmente tem o interesse em aprender e concluir seus estudos, um fato que chamou muito atenção na observação, foi de que, devido as gangues existentes nos bairros que rodeiam a escola, repercutiu dentro da instituição uma briga grave se fazendo necessária a intervenção da BM e a presença de alguns pais para conter a situação. Percebeu-se, nesses momentos de tensão o quanto a escola deve estar atenta para mediar conflitos e o quanto a proposta curricular, bem como o preparo dos professores para lidar com situações adversas, é necessária, aliás, importante ressaltar que a maioria dos alunos do noturno que compõem a modalidade EJA, são pais, irmãos, avós ou de outras formas envolvidos com os alunos dos turnos diurnos, por isso a preocupação para que todos os turnos tenham normas disciplinares a fim de não causar danos físicos ou morais a nenhuma criança, jovem, adulto ou idoso dentro das dependências da escola. A conscientização de direitos e deveres devem ser repassados a todos de forma adequada ao nível de entendimento, para que de que haja respeito mútuo.
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