Unidade I - O Aluno “Docente” Possibilidades e Desafios do Estágio

 UNIDADE I - O ALUNO “DOCENTE”: POSSIBILIDADES E DESAFIOS DO ESTÁGIO

Sabe-se que, para que o ensino de ciências seja concretizado, é fundamental que haja uma efetivação do ensino-aprendizado, de modo que seja favorecido o conhecimento empírico e a formação cientifica, bem como a relação desta com a sociedade. Com isso, é essencial levar em conta os procedimentos envolvidos no ensino de ciências nas escolas, direcionando atenção tanto para a prática didática quanto para a formação profissional do pedagogo.

No entanto, é notório que atualmente a maneira como o ensino de ciências é efetivado, muitas vezes, se baseia em instrumentos metódicos e sistemas de fórmulas, de maneira que estudantes enfrentam a matéria como um desafio, sem levar em conta os conceitos importantes relacionados à ciência. De acordo com um artigo publicado por Beatriz Santomaro no site Nova Escola em 2009, o programa Internacional de Avaliação dos Alunos constatou que o Brasil se posicionou em 52º lugar no que diz respeito à qualidade de ensino na sala de aula. Tal fator releva a persistência arcaica em passar os conhecimentos de forma sistemática.

O saber docente é entendido como a compreensão das metodologias de produção de conhecimento, sendo um processo histórico e moldado por fatores externos que devem ser interpretados de forma holística. Para que a construção do conhecimento cientifico pelos pedagogos seja feita de maneira efetiva, é necessário que seja concretizada práticas de ensino como o estágio supervisionado.

Com isso, destaca-se que a prática de ensinar deve ser guiada por metodologias concretas de ensino, no qual o profissional de educação esteja capacitado para proporcionar ensinamentos efetivos aos alunos. Para que tal objetivo seja alcançado, faz-se essencial a prática do estágio supervisionado. O estágio, quando orientado e acompanhado, é de relevante importância na formação do profissional, pois em muitos dos casos é o primeiro contato que o futuro professor tem com o espaço escolar e é nessa fase que iniciará o processo de formação profissional.

Assim, afirma-se que todo professor deva conhecer e dominar a sua área de atuação, as formas de ensino, proposta de aprendizagem, metodologias pedagógicas e teorias didáticas. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional ratifica a essencialidade de se conduzir o aluno a uma interação com a ciência e a tecnologia, de modo que oportunize um conhecimento dentro de seu cotidiano sócio-cultural.

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O ensino de Ciências é, muitas vezes, guiado pelo estigma que o torna um processo dificultoso, regado de desafios ao professor. Com isso, o aluno deve ser direcionado à matéria não somente na forma de absorção de conteúdos, mas que os professores instiguem a indagação e a prática, fazendo com que ocasiões de debate seja frequentes em sala de aula.

É nesse ponto que o estágio leva o profissional de educação a outro patamar, pois possibilita a ele uma inserção antecipada aos moldes educacionais, fazendo com que, ao adentrar em sala aula, já conheça o ambiente e as práticas de docência. No entanto, pela ausência de professores que efetivam sua profissão por meio do estágio supervisionado, o processo de ensino acaba se tornando meramente técnico, não proporcionando a construção de saberes científicos.

Tais dificuldades podem ser superadas por meio de uma cultura de inserção profissional ao procedimento de prática pedagógica por meio do estágio supervisionado, de modo que o isolamento dos docentes fosse substituído por práticas do ambiente escolar. Assim, torna-se fundamental que o aluno seja moldado de forma que não considere o aprendizado de ciências meramente disciplinar, mas que leve conhecimentos concretos para a vida, tornando-se um profissional apto no futuro.