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VIOLÊNCIA NA ESCOLA: Cotidiano Violento dos Professores no Século XXI

Por:   •  27/9/2018  •  Bibliografia  •  1.823 Palavras (8 Páginas)  •  307 Visualizações

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FACULDADE MOGIANA

 DO ESTADO DE SÃO PAULO

ANIELLE SANTOS DE LIMA

GRACE KELLY DIAS MENDES

VALÉRIA VICENTE LEÃO

VIOLÊNCIA NA ESCOLA:

Cotidiano violento dos professores no século XXI

Mogi-Guaçu

2017

ANIELLE SANTOS DE LIMA

GRACE KELLY DIAS MENDES

VALÉRIA VICENTE LEÃO

VIOLÊNCIA NA ESCOLA:

Cotidiano violento dos professores no século XXI

Trabalho de conclusão de disciplina apresentado a professora Carolina Messora Bagnolo como parte dos requisitos como obtenção do título de licenciatura em Pedagogia na Faculdade Mogiana do Estado de São Paulo.

ORIENTADOR (A): Prof.ª Dr. ª Carolina Messora Bagnolo

Mogi-Guaçu            

2017

SÚMARIO

1.INTRODUÇÃO        1

2.REFERENCIAL TEÓRICO         3

    2.1. VIOLÊNCIA EM MEIO ESCOLAR:O QUE DIZEM NOSSAS FONTES        3

3.CONSIDERAÇÕES FINAIS        7

4.REFERÊNCIAS BBIBLIOGRAFICAS        8

        


INTRODUÇÃO

A violência na escola tem sido destaque diário nos meios de comunicação. Casos de uso e venda de drogas no âmbito escolar, porte de arma, briga entre alunos, agressões físicas e verbais aos professores, e até mesmo, casos extremos como assassinato, que mostram a dura realidade das escolas. (LOUREIRO; QUEIROZ, 2005)

O que leva a uma reflexão complexa do assunto e surgem algumas questões, a serem discutidas. O que gera essa violência? Porque os jovens estudantes estão tão agressivos? De quem é a culpa, isso se existir um culpado? O meio onde o indivíduo está inserido pode influenciar?

Teorias já foram propostas, tentando explicar o motivo de comportamentos agressivos serem tão comuns na adolescência. Algumas teorias associam aos níveis de testosterona, que aumenta nos jovens do sexo masculino nessa fase. Outras tem explicações como a mudança na capacidade física, e nas atividades de rotina, como passar a frequentar bares, com outros rapazes. Além de gradualmente os jovens se libertarem do controle dos pais, sendo influenciados pelo convívio social, e seus parceiros, que em alguns casos tem comportamento delituoso e incentivam a isso. (FARRINGTON, 2002)

De acordo com estudos e pesquisas realizadas em âmbito internacional (EUA, Reino Unido, França, por exemplo), jovens entre 10 e 21 anos tem um risco maior em cometer desde delitos leves, até os mais graves, como estupro e homicídios. A maioria das pesquisas e estudos, são baseadas em agressores do sexo masculino, que tem como delitos mais comum a agressão física. (FARRINGTON, 2002)

Essas informações ajudam a explicar a violência escolar em países desenvolvidos, como os citados acima. Este artigo, no entanto, terá como tema entender a violência escolar nas instituições de ensino públicas brasileiras.

O problema a ser respondido neste artigo será: como a literatura em educação produzida no Brasil compreende a violência escolar? No que difere dos dados apontados nos demais países?

Diante de tantas mudanças comportamentais e acontecimentos como os apontados acima, o presente artigo, tem como objetivo analisar o cotidiano violento vivenciado pelos professores de escolas públicas brasileiras.

Este trabalho justifica-se devido ao grande aumento da violência em espaços que deveriam ser destinados à educação. Como aponta pesquisa realizada em 2015 pelo Sindicato dos Professores do Estado de São Paulo (APEOESP), 44% dos docentes que atuavam no Estado admitem ter sofrido algum tipo de agressão. Entre as agressões que 84% dos professores afirmam já ter presenciado, 74% falam em agressão verbal, 60% em bullying, 53% em vandalismos e 52% agressão física.

Esse estudo se utilizou de uma pesquisa bibliográfica, que consiste em reunir informações e dados, já publicados em jornais, revistas, livros e outros meios de comunicação, colocando o pesquisador em contato com tudo aquilo que já foi escrito.

REFERENCIAL TEORICO

VIOLÊNCIA EM MEIO ESCOLAR: O QUE DIZEM NOSSAS FONTES

Pensando a realidade brasileira, nota-se que as estatísticas geralmente retratam a condição da escola pública realçando muito mais as violências físicas ou contra o patrimônio da escola do que as violências que se estabelecem cotidianamente nas relações interpessoais. Embora haja um discurso pedagógico do que é a violência, abordando todos os aspectos envolvidos, formando, assim, uma classe de discurso “politicamente correto”, percebe-se uma fraca discussão entre professores, pedagogos e diretoria dos casos de violências que efetivamente estão presentes na escola. (LOUREIRO; QUEIROZ, 2005)

Agressões verbais seguidas de pontapés, socos e mordidas. Esse campo de tensão ao qual o professor diversas vezes vê-se exposto pode levá-lo a fazer um questionamento de sua atividade, que se contradiz entre educar ou reprimir, formar um sujeito independente ou um sujeito comandado. (OLIVEIRA; MARTINS, 2006)

Diante dos estudos realizados, pesquisas abaixo mostram estatísticas e casos de violência em âmbito escolar:

O Brasil ocupa 1° lugar entre 34 países em casos de agressão contra professores, de acordo com levantamento de 2013 feito pela OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico). Como no caso da professora Marcia Friggi, da cidade de Indaial, que levou socos de um aluno de 15 anos. Era seu 1° dia de aula na escola assim como do aluno agressor. Ao repreender o aluno em sala, teve arremessado um livro em sua direção e ouviu xingamentos. Quando foi levar o aluno à diretoria, aconteceram as agressões físicas. (ROCHA, 2017)

Sendo esse apenas um de muitos casos vivenciados pelos professores nos dias de hoje, além dos casos que são divulgados pelos meios de comunicação, existem aqueles que são omitidos pelas escolas, por medo de represálias e até mesmo para não manchar a imagem da escola.

[pic 1]


FOTO: REPRODUÇÃO/FACEBOOK

Em 2015, pelos questionários da Prova Brasil, o Instituto Nacional de Estudos e pesquisas Educacionais (Inep) apurou o convívio entre educadores e alunos. Cinquenta por cento dos professores haviam presenciado algum tipo de agressão verbal ou física por parte de alunos a profissionais da escola. Quase 30 mil sofreram ameaças por parte de estudantes. (POMPE, 2017)

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