A Analise de Atendimento de Rogers

UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP

Instituto de Ciências Humanas – ICH

CURSO DE PSICOLOGIA

Campus Marquês

Virginia Moura de Jesus Ra: D827CD6 Turma: PS7P13

 

ANÁLISE DE ATENDIMENTO DE ROGER E PERLS

O presente trabalho foi orientado pelo

                                                                  professor Felipe Fachim, realizada com

    objetivo de obter horas complementares.

                                                           São Paulo

2021

Análise de atendimento de Rogers e Pearls

O primeiro vídeo assistido é de Carl Rogers, fundador da Abordagem Centrada na Pessoa (ACP), onde ele inicia apresentando os modos operante da sessão. De acordo com Rogers é necessário criar a condição apropriada, pela qual o processo de mudança terapêutica possa ocorrer.

Para tal, ele se faz algumas perguntas, será que posso ser verdadeiro no relacionamento? Será se de fato me interessaria pela cliente de forma empática, me importando com ela? Rogers vela por ter alguma afinidade com a paciente para que possa ser verdadeiro com ela, tentando estabelecer um vínculo que o permita comunicar com a paciente aquilo que lhe vier à mente, buscando estar inteiro nesse relacionamento. Ele acredita que estas atitudes propiciará a paciente a exploração de alguns sentimentos e atitudes de uma forma mais profunda.

Dentro do processo terapêutico Rogers lança mão de dar respostas prontas para cliente, embora ela insista em que ele a diga o que fazer. Ele parece reverberar as falas da paciente, como um eco, propiciando que ela se escute, a levando a uma reflexão daquilo que a incomoda, ele faz isso de uma forma bem empática e acolhedora, nesse processo ele parece se esvaziar de todo seu conhecimento prévio para ser o outro  ser-aí, que não lhe dirá o que fazer, mas auxiliará a sair desse estado de incongruência. Esse processo é pessoal, dinâmico e intensivo de um encontro consigo mesmo, onde o terapeuta é um facilitador, de acordo com Amatuzzi (2010).

Em alguns momentos ele descreve o que entendeu da fala da paciente, permitindo que ela confirme ou desaprove o que ele está dizendo sobre ela, afinal ninguém pode saber mais da pessoa do que a própria pessoa, dessa forma o terapeuta experiencia uma compreensão positiva incondicional pela cliente, construindo conjuntamente o significado da experiência vivenciada por ela.

O que de fato parece acontecer quando ele pergunta qual a resposta ela gostaria que ele desse a ela, mostrando que ela já sabia que direção tomar, mas que no fundo não queria ter responsabilidade sobre a repercussão de sua decisão, isso a levou a refletir no fato de que ela precisava se aceitar mais. Dentro desse processo a cliente iniciou a entrevista buscando situações e sentimentos^[a][b] do passado e ao final ela manifesta esse sentimento no tempo presente.

Carl Rogers acredita que a psicoterapia deve ser realizada pautado em um acolhimento com simpatia, compreensão empática e,  apenas quando se fizer necessário, dizer ao paciente uma palavra que o faça refletir. Ele acredita que o  próprio acolhimento e compreensão auxilia no desencadear de um movimento autônomo do cliente orientado para o crescimento Amatuzzi (2010)

O segundo vídeo assistido se trata da atuação terapêutica de Perls Fritz, fundador da abordagem Gestalt, ele inicia explicando que a Gestalt- terapia trabalha com uma criação interna, conscientização, tempo presente igual e realidade igual. Ele relata que trabalha com o eu-tu, aqui- agora e de acordo com Fritz qualquer fuga seja para o futuro ou seja para o passado, tal atitude será considerada como uma resistência, ele acredita que o paciente precisa recuperar o seu potencial perdido, integrar as polaridades discordantes.

Perls descreve que ao sentir-se seguro na situação terapêutica o paciente passa a utilizar suas energias de manipulação do meio, no intuito de desenvolver um auto apoio, confiando em seus próprios recursos, para tal, ele busca fazer com que  o paciente entre em contato com as partes alienada de si mesmo. Fritz considera qualquer interpretação como um erro, pois isso implicaria que o terapeuta entende o paciente mais do que o paciente entende de si próprio e tal ação retiraria a chance do paciente se descobrir.

Fritz diz desconsiderar a maior parte do conteúdo verbal trazido pelo paciente a ele, concentra-se mais no nível não verbal, para ele nesse nível a Gestalt relevante surgirá em consonância com o aqui e agora.

No decorrer da terapia Fritz faz um apontamento a respeito da contradição entre o que a paciente fala e como se comporta, ela responde ser um mecanismo de defesa. De acordo com Perls (1988), o homem tem a percepção de um todo e não apenas das partes fragmentadas, ele organiza as percepções do que se mostra em um todo significativo. Ele segue questionando algumas de suas afirmações, ela recorre ao passado, quando ainda era pequeninha, ele questiona se ela é uma menina, ela diz não ser, porém é como se sente. 

A paciente diz ficar na defensiva, pois tem receio de parecer idiota, a incomoda que o outro seja superior a ela. De acordo com Fritz (1988) para a gestalt as necessidades do organismo surgem como figura em primeiro plano enquanto a demais coisas tornam-se figuras de segundo plano, até que aquela primeira necessidade seja suprida. O terapeuta entende tal percepção como uma dentre outras fantasias que ela projetou nele.  A paciente o tempo todo se põe como alguém frágil que precisa ser abraçada, cuidada e protegida, e um dado momento ela chega  dizer que ele a está tratando como se ela fosse mais forte do que ela realmente é.

Fritz pergunta se ela tem consciência de seu sorriso ao falar tal coisa, diz que ela mesma não acredita no que está falando. Ele também diz o que pensa e é bastante sincero com a paciente e ela se diz ressentida, ele a provoca a ser mais verdadeira com seus sentimentos.

De acordo com Dr. Perls, todos os comportamentos são orientados pelo processo chamado homeostase, isso significa que, o organismo busca manter o equilíbrio nas mais diversas situações, e é através do processo de homeostase que o organismo satisfaz suas necessidades. Isso ocorre durante toda vida de um indivíduo, ora estável, ora em desiquilíbrio. Se há uma falha no processo de homeostase e o organismo se mantém por um longo período em desequilíbrio se torna incapaz de satisfazer suas necessidades, e pode vir a sucumbir, Perls (1988).