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A Cognição e o Córtex. In Ciência psicológica: mente, cérebro e comportamento

Por:   •  5/7/2019  •  Resenha  •  895 Palavras (4 Páginas)  •  260 Visualizações

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Resenha de: Gazzaniga, M. S., & Heatherton, T. F. (2005). A Cognição e o Córtex. In Ciência psicológica: mente, cérebro e comportamento (pp. 281-291). Porto Alegre: Artmed.

Agatha Vitoria de Ávila Toledo

Victor Hugo Ferreira Rosa

Maria Eduarda Santana de Oliveira

Laryssa Batista Leal[1]

 Dando continuidade aos estudos de Gazzaniga e Heatherton (2005) sobre os processos psicológicos, o comportamento, a mente e as partes e funções que envolvem o cérebro, o capítulo 19, intitulado “A Cognição e o Córtex”, visa detalhar sobre as áreas de associação e as funções cognitivas. Está disposto seguindo cinco principais temas que reúnem, consecutivamente, exposições sobre “as três áreas de associação que estão implicadas em diferentes funções cognitivas; as áreas de associação frontal estão implicadas em estratégias motoras e no planejamento motor; as áreas de associação parietal estão implicadas nas funções sensoriais superiores e na linguagem; as áreas de associação temporal estão implicadas na memória e no comportamento emocional; e, as funções cognitivas podem agora ser simuladas por redes artificiais de neurônios que empregam o processamento distribuído em paralelo”.

Em consonância, conforme aponta o próprio título, a primeira parte do capítulo abarca explicações sobre as três principais áreas de associação do córtex cerebral: córtex de associação parietal-temporal-occipital, córtex de associação pré-frontal e córtex de associação límbico. O primeiro tipo é composto por áreas funcionais localizadas entre as áreas somática, visual e auditiva de ordem superior, e tem como funções as capacidades sensoriais, polimodais e linguagens. Por sua vez, o pré-frontal está localizado na parte anterior à área motora primária, nas áreas do lobo frontal, e tem como funções o planejamento motor e o comportamento cognitivo. Já o último situa-se nas superfícies medial e ventral do lobo frontal, na superfície medial do lobo parietal e na extremidade anterior do lobo temporal, tendo como funções a emoção e a memória.

No segundo tópico, são introduzidas discussões sobre as áreas de associação frontal em relação ao planejamento motor. Nesse momento, são discutidas sobre lesões do sulco principal e lesões da convexidade pré-frontal inferior, observadas em macacos. Segundo os autores, lesões no sulco principal não resultam na dificuldade dos animais desempenharem atividades discriminatórias que não envolvam retardo ou atividades para as quais os indícios espaciais não são importantes, ou seja, comprometem a capacidade de desempenhar uma tarefa que implique em resposta espacial retardada. Em contrapartida, sugere que lesões na região pré-frontal inferior podem afetar a capacidade de o animal desempenhar qualquer tipo de resposta retardada, tendo ou não um elemento espacial.

No tópico 3, é evidenciado que, pelo fato de o lobo parietal conter o córtex sensorial somático primário e áreas sensoriais de ordem superior e de associação, lesões nessas áreas podem ocasionar em defeitos sutis na aprendizagem de atividades que necessitam do conhecimento espacial do mundo externo e do conhecimento sobre o próprio corpo nesse espaço. Da mesma forma, no próximo tema é apontado como as áreas de associação temporal implicam diretamente na memória e no comportamento emocional. Os autores observam que uma lesão unilateral no lobo temporal, por exemplo, pode ocasionar em alguma perda da memória, já em pacientes com lesão do lado direito, não tiveram prejuízos quanto à memória do material verbal, enquanto foi debilitada a capacidade de relembrar padrões de entradas sensoriais.

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