A Era da modernidade liquida em que vivemos
Por: Jéssica Lenz • 14/6/2017 • Trabalho acadêmico • 1.068 Palavras (5 Páginas) • 316 Visualizações
Conceitos fundamentais do tema:
- A era da modernidade liquida em que vivemos
- Relações amorosas e vínculos familiares
- A dificuldade de amar o próximo
Principais autores:
Bauman Zygmunt (Amor Liquido); Sigmund Freud Sigmund (Mal Estar na Civilização)
Introdução
Amor Líquido do autor Zygmunt Bauman, constrói análises próximas ao cotidiano, focando nas relações e fornecendo informações para entendermos o que é a liquidez no mundo moderno. As relações sociais estão frágeis e cada vez mais estão se tornando mercantilizadas e individualizadas. Não há referencial de moral, um lado a ser seguido. Os relacionamentos em geral, estão sendo tratados como mercadoria. Atualmente está em alta viver os tais “relacionamentos de bolso”. As relações de bolso explica Catherine Jarvie, comentando as opiniões de Gillian Walton, do guia matrimonial de Londres, são assim chamadas porque você as guarda no bolso de modo a poder lançar mão delas quando for preciso. Uma “relação de bolso” bem sucedida, diz Jarvie, é doce e de curta duração. Podemos supor que seja doce porque tem curta duração, e que sua doçura se abrigue precisamente naquela reconfortante consciência de que você não precisa sair de seu caminho nem se desdobrar para mantê-la intacta por um tempo maior. De fato, você não precisa fazer nada para aproveita-la. ‘’ – BAUMAN, 2004. Para Bauman, quando a qualidade das relações diminui , a tendência é tentar recompensá-la com muitos parceiros. Um bom exemplo é a quantidade de amigos que as pessoas têm nas redes sociais, um número que seria impossível ter de convivência no dia a dia. Para tentar explicar a relação amorosa, Bauman utiliza categorias de Afinidade e Parentesco: O parentesco seria o laço irredutível e inquebrável. É o laço de sangue, é aquilo que não nos dá escolha. O parentesco é aquilo que se impõe desde que nascemos. Mesmo que não gostemos, nossos parentes serão nossos parentes para sempre. A afinidade é, ao contrário do parentesco, uma escolha. A afinidade é um processo que pode resultar na firmação da afinidade ou na rejeição. Sempre há a possibilidade de voltar atrás e deixar tudo de lado. Porém, e isso é importante, o objetivo da afinidade é ser como o parentesco. Um casal moderno vive nessa dinâmica do consumo: Namoro, viagens, compras, shopping centers, diversão, aventuras e muito sexo. Para logo se separar! Aproveitam, vivem intensamente e se curtem. Contudo, sem compromissos mais sérios, sem laços permanentes, sem amor e sem perspectiva do futuro. Somente a sensação de gozar aqui e agora. Felicidade e amor eternos ficam para os contos de fada! “E assim é numa cultura consumista como a nossa, que favorece o produto pronto para uso imediato, o prazer passageiro, a satisfação instantânea, resultados que não exijam esforços prolongados, receitas testadas, garantidas de seguro total ou devolução do dinheiro”. BAUMAN, 2004 A palavra amor foi rotulada de uma forma, em que as pessoas nem sabem direito o que sentem, não conseguem definir uma diferença entre amor e paixão, por exemplo, e mesmo assim utilizam incorretamente esta palavra, que perdeu sua importância. Bauman, explica que os seres humanos estão desesperados para relacionar-se, mas ficam desconfiados de estarem ligados, principalmente quando se trata de algo "permanentemente", pois podem trazer tensões desnecessárias. "Em nosso mundo de furiosa “individualização”, os relacionamentos são bênçãos ambíguas. Oscilam entre o sonho e o pesadelo, e não há como determinar quando um se transforma no outro" (BAUMAN, 2004). O autor procura investigar neste livro, porque as relações humanas estão cada vez mais flexíveis, gerando níveis de insegurança que aumentam a cada dia.
Conclusão
Quando pensamos na definição da palavra “amor”, conforme o dicionário da Língua Portuguesa aparecem alguns conceitos como: feição profunda a outro, a ponto de estabelecer um vínculo afetivo intenso, capaz de doações próprias, até o sacrifício; dedicação extrema; atração que um sexo experimenta pelo outro; apego; carinho; cuidado. O que nos denota ainda mais a questão “o que é o amor”? Porque existe tantas respostas para esta pergunta, porém poucas que conseguem abranger sua complexidade?
Conforme a psicanálise amar alguém é acreditar que, ao amá-lo, se alcançará a uma verdade sobre si, como um espelho narcísico onde projeto no outro o que vejo de mim ou o que me falta e assim alcançar uma completude. Quando observamos o amor materno, definimos neste um amor infinito, onde a mãe projeta no seu filho um pouco de si, sua história, o nome, o desejo e não importa o que esse sujeito faça, seu amor de mãe é capaz de suportar. Essa mãe é ligada por um vínculo e um gozo deliberado ao filho.
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