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A Escola da Ponte

Por:   •  6/9/2015  •  Trabalho acadêmico  •  3.549 Palavras (15 Páginas)  •  475 Visualizações

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UNIP - UNIVERSIDADE PAULISTA  / CAMPUS NORTE

                       Angela de Jesus Andrade - RA: T13529-0

                          Claudomiro Lopes – RA: C0475G-0

                    Handerson Jayme Cardoso – RA: C34ACA-5

                       Rose Anjos de Carvalho – RA: C32909-6

RESUMO: A escola que sempre sonhei sem imaginar que que pudesse existir - Quero uma escola retrógrada.

Professora: Diva Ferro

SÃO PAULO

2014.

A Escola da Ponte

a Escola da Ponte é uma escola pública, no subúrbio do Porto em Portugal, é uma escola sem turmas, que não segue o sistema padrão de seriação ou ciclos como em qualquer outra instituição de ensino, ela não tem paredes internas para separar os alunos. As crianças e adolescentes compartilham do mesmo espaço físico, que é um grande galpão bem estruturado para pesquisa e de fácil acesso aos alunos. Os alunos se agrupam de acordo com seu interesse de pesquisa, independente da faixa etária.

A aprendizagem acontece no embasamento da autonomia do aluno e do professor, tendo como base o "aprender" a liberdade responsável e a solidariedade, que são os principais valores ensinados e cultivados na escola da Ponte.

Portadores de necessidades especiais também dividem o mesmo espaço com os outros alunos. a biblioteca é o local centralda escola, e cada aluno e a maioria dos educadores são responsáveis por algumas funcionalidades da escola. Os educadores acompanham e trabalham a autonomia do aluno para que este compreenda o porquê e para quê estudar. O estudo é dinâmico e em grupos, também individual e em duplas, onde os critérios para formação é o interesse em comum. O educador se responsabiliza por orientar a pesquisa, que é feita por livros e internet.

A escola da Ponte, compreende que o percurso educativo de cada estudante supõe um conhecimento cada vez mais aprofundado de si próprio e um relacionamento solidário com o próximo.

QUERO UMA ESCOLA RETRÓGRADA

A Escola da Ponte

Rubem Azevedo Alves nos faz, por meio deste texto, um sutil convite a uma viagem, nos conduz ao conhecimento de uma escola, a escola dos sonhos, com uma forma de ensinar única, que um dia achara que não fosse possível existir.

Porém, antes de nos conduzir, Rubem Alves nos coloca diante de uma linha tênue entre os parâmetros de ensino e a escolaridade atual, com as linhas de produções, ou montagens tecnológicas que nos cercam com seus inúmeros modelos de “inovação e praticidade” para todas as ocasiões, situações e/ou lugares. Fazendo uma análise sobre as linhas de produções, ele nos diz que este processo limita-se a criar todas as coisas seguindo um padrão previamente descrito e que sempre chegarão no mesmo resultado. Seguido de exemplos como liquidificadores, ventiladores e etc, que são colocados em uma esteira, partindo de um motor (tecnologia), e conforme vai seguindo aos próximos setores, são acrescentados outros materiais que definiriam o resultado dos aparelhos como ( processo produtivo), que foi instalado com o advento do capitalismo o que deveria ser instrumento de produção de cultura, valorização do homem, na qual deveria trazer realização pessoal, integração etc, se tornou na mais pura alienação . A produção a qual deveria ser destinada ao homem como algo "positivo", tornou o homem escravo da mesma, alheio ao que produz, sem em momento algum, durante o processo e mesmo no seu final, sem conhecer o que foi produzido, um escravo livre e remunerado, subjugado por uma minoria na qual detem os meios de produção e controlam toda economia global pela posse desses mesmos meios. O homem adoece buscando no material a sua felicidade, acorrentado por ideologias que o mantem em um estado de embriaguês, na qual não se sdá conta do estado de dominação imposta pela classe dominante. E para não só manter, mas para consolidar tal estado de domínio, o lugar aonde deveria acontecer todo o processo de esclarecimento sobre todo o contexto das diversas formas e métodos de aprendizagem, são usados para dominar um povo feito de fé cega, também é o mesmo para reafirmar e programar, sendo através da metodologia de ensino e dos programas já formulados com o objetivo de simplismente preparar as novas peças que suprirão o mercado, sendo condicionados a não questionar, atendendo assim o sistema já vigente. Sendo um automático cumpridor de ordens e aceitando as regras existentes, fazendo desse povo, um povo não pensante, onde não são capazes de formular conceitos e de avaliar os sistemas que os acorrentam.

Levantando assim sua crítica, as atuais formas de ensino e métodos escolares, onde os alunos estão limitados a um programa que foi definido por pessoas que não têm mais tanto convívio com jovens e crianças. Sendo assim, criou - se um sistema (programa/cronograma) que deve ser seguido e também certificado, de que os alunos sairão das respectivas etapas munidos do que foi programado. Também, Rubem Alves nos remete a grande dificuldade de muitos adolescentes se interessarem pela aprendizagem, uma vez que, só há interesse em aprender algo, se forem pressionados a cerca de vestibulares e exames afins.

Todavia, Rubem Alves também nos apresenta a ideia de uma escola retrógrada. Explica-se lembrando das grandes e antigas obras, no qual elas nada mais eram do que espelhos de seus artistas ou criadores, por exemplo, alguém que numa exposição apaixona-se por uma obra de Santos Lopes e compra uma para sua casa e se, por acaso, ele o visitasse, imediatamente diria: “Nossa! Você tem uma Santos Lopes”. Pois todas as suas esculturas tem a cara dele. Quanto aos liquidificadores, maquinas e etc, por mais que tenha, em alguma etapa, passado por mãos humanas, não têm essa marca. São objetos todos iguais, pois foram produzidos em linhas de motagem. Ao envelhecerem, são jogados fora e substituídos por outros. Porém, ele acredita na ideia da escola retrógrada, artesanal.

A viagem a este sonho inicia, por acidente, numa cidade de Portugal, Vila Nova de Famalicão, onde vivera o grande romancista Camilo Castelo Branco de “Amor de Perdição”. Após sua morte, criou-se o “Centro de Formação Camilo Castelo Branco”, dirigido pelo professor Ademar Santos, que logo sentiu que eram conspiradores de ideias e passou a procurar o que Rubem Alves escrevia, e descobriu-o em suas crônicas. Após trocas constantes de corresponderem por e-mail, surge o convite para Alves passar uma semana em nome de “Centro de Formação Camilo Castelo Branco”, onde foi uma viagem muito especial e cheia de aprendizagem. Foi aí que conheceu a “Escola da Ponte”, dirigida por José Pacheco. Não demorou muito até que começou a demonstrar tamanho espanto e se maravilhar com o método de ensinamento que a escola abordava, enquanto era guiado pela escola por uma aluna de 10 anos.

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